Respeito às diferenças e o desenvolvimento de uma cultura de diversidade e inclusão na empresa

Toda empresa que tiver a pretensão de demonstrar um modelo moderno de gestão, com toda certeza deve partir da demonstração da inclusão da diversidade aos seus clientes internos e externos. A diversidade tem revolucionado o mercado, uma vez que, quando a empresa garante equipes com pessoas de diferentes orientações ideológicas e histórias de vida, além de condições sociais, de gênero e físicas, ela abre uma porta importante para um universo de possibilidades de desenvolvimento de novos conhecimentos e diferenciais.

Para que tenhamos inovação, é preciso ter a cultura da diversidade como parte estratégica de uma organização, na qual deve estar presente a cultura organizacional da empresa.

Pensar diferente e trocar experiências em um ambiente de trabalho é muito saudável e motivador. Pode ressignificar e transformar seu negócio! Contudo, esta nova cultura deve ser construída de forma gradativa. É preciso fazer com que todos se engajem e, principalmente, mantenham o diálogo aberto, pois, somente assim é possível garantir a execução das ações necessárias e o atingimento positivo dos resultados.

A cultura da diversidade deve ser abraçada por todos os setores e processos da empresa. Quanto mais líderes envolvidos e engajados existirem, melhores serão os resultados. Como toda ação dentro de uma empresa, o desenvolvimento da cultura da diversidade deve ser alicerçado nos valores universais e com definição de resultados, afinal, deve se manter um monitoramento, visando à manutenção constante desta nova atitude/cultura.

Desenvolver um projeto de cultura organizacional engajado na diversidade é um desafio, mas tudo começa com o planejamento e é preciso que os valores determinados sejam praticados por todos. Sempre deve ser considerada a questão inclusive do layout do ambiente de trabalho, gestão justa de cargos e salários, promover oportunidades e muito mais.

Uma grande porta de entrada seria a formação de um Comitê de Diversidade e Inclusão. Quanto mais profissionais estratégicos forem envolvidos, maior será o respeito à integridade humana e a justiça social. Este comitê seria responsável desde o planejamento até a previsão e monitoramento de atingimento de metas que sejam compreensíveis e relevantes.

Portanto, incentivar o respeito às diferenças e desenvolver uma cultura de diversidade e inclusão na empresa perpassa pela definição de perfis funcionais baseados na diversidade, na promoção de processos seletivos mais justos, no desenvolvimento de grupos de apoio à diversidade, no desenvolvimento de ações contínuas que promovam a educação e o diálogo, no desenvolvimento de critérios de validação dos resultados, no reforço do trabalho junto às lideranças, na criação de uma estrutura de comunicação interna, na otimização do ambiente de trabalho com foco na diversidade e, acima de tudo, na constante promoção de capacitações em prol da diversidade.

  • Variar perspectivas
  • Ter maior criatividade
  • Ter maior inovação
  • Ter uma resolução mais rápida de problemas
  • Ter uma posição melhor para tomada de decisões

Esses com certeza são benefícios em um ambiente de trabalho com diversidade!

*Cris Baluta é CEO Roadimex Ambiental, co-Founder Instituto SER Ser (Sustentabilidade, Engajamento e Realização) e conselheira e coordenadora do GIEMA + SG – Grupo de Intercâmbio de Experiências em Meio Ambiente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

A beleza da diversidade, do talento e do respeito

Em 2004, a Unilever lançou a campanha “Real Beleza” da Dove e conquistou a todas (os), até aquelas mulheres consideradas gordas, magras, baixas e altas, de todas classes sociais. Entre elas, estavam as loiras, as morenas, as ruivas, e até as negras.

A campanha foi tão boa que rendeu mais de 2,5 bilhões de dolares de lucro à empresa. Mas, em geral, a sociedade ainda rotula essas mulheres, devido ao padronização da beleza.

Em 2006, a atriz com Síndrome de Down, Joana Morcazel, viveu a Clara, filha de Helena, personagem de Regina Duarte na novela Viver a Vida, da Rede Globo.

Joana Morcazel e Regina Duarte. Imagem: Rede Globo/ Reprodução

Mãe e filha em cena mostraram ao Brasil os desafios de vida e preconceitos que as pessoas com deficiência sofriam e a importância do amor e respeito que devemos ter por todas pessoas independente de deficiência ou não. Mas, apesar da boa aceitação do tema na mídia, o preconceito ainda existe.

Segundo a revista Carta Capital (2016), o trabalho escravo ainda existe no mundo. E, no Brasil, 95% desses trabalhadores são homens.

A realidade no mundo mostra que a ganância massacra o amor. — Infelizmente o trabalho escravo ainda existe. Imagem: Reprodução.

De 1995 até 2016, mais de 50 mil foram libertos de situações análogas a de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. A notícia é boa, mas infelizmente ainda é cedo pra comemorar.

É triste e até revoltante que, em pleno 2017, ainda existam pessoas tão burras que se acham no direito de diminuir outros por estarem fora dos padrões  de beleza imposto por eles mesmos. E, ainda mais, tão preconceituosas e desinformadas que insistem em não perceber que todas as pessoas com ou sem deficiência são iguais, e tem as mesmas capacidades e necessidades físicas, mentais e emocionais.
E tão cegas para não enxergarem que não é preciso diminuir pessoas com trabalhos humilhantes.

A modelo brasileira Brenda Costa, já rodou o mundo com sua beleza e talento. Detalhe: ela é surda e não permitiu que a deficiência a impedisse de ser uma das tops models mais influentes do mundo. Imagem: Reprodução

 

Leonardo Migiorin e Otávio Mesquita com os talentosos e inteligentíssimos atores com síndrome de Down. Juntos atuaram no filme “Colegas”, e consquistaram a crítica. Com bastante talento, os atores mostraram que uma pessoa com deficiência também pode e deve levar uma vida feliz. — O filme ganhou vários prêmios e até foi cogitado para representar o Brasil no Oscar. – Imagem: Reprodução

 

Gabourey Sindibe é atriz obesa e negra, está fora do padrão da beleza imposto pela sociedade, ainda assim com muito talento deu vida à personagem “Preciosa”, filme que emocionou o mundo e papou vários prêmios incluindo o Oscar e Globo de Ouro de melhor atriz para M’onique, que fez sua mãe, e também de melhor roteiro original. Imagem: Reprodução

Sim. Homens e mulheres, crianças ou idosos podem e devem ser mais amados independente das condições em que se encontram. Não é o status na sociedade, a deficiência ou a falta dela, o desemprego, a cor da pele, o cabelo ou o tamanho do quadril que fará essas pessoas inferiores a outras.

Pense grande, veja além do seu quadrado, que oportunidades existem para todos e somos todos iguais. Quem faz o seu sucesso ou o seu padrão de beleza é você. #DigaNãoAoPreconceito

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