Como tornar sua empresa mais inclusiva

Quantos negros, LGBTQIAPN+ ou pessoas com deficiência têm na sua empresa? Pode parecer uma pergunta inusitada, já que muito se fala sobre Diversidade, Equidade e Inclusão nas empresas. Mas, o que tem sido colocado em prática?

Leizer Pereira, CEO da Empodera

Não é de hoje que falo por aqui da grande dificuldade que percebo e passo simplesmente por que empresas diversas apenas dão a vaga para cumprir a lei, mas não fornecem ferramentas para que todos se sintam iguais e nada fazem para que não aja discriminação e capacitismo. E mesmo que ainda algumas empresas tenham dificuldades em contratar profissionais diversos, pesquisas apontam que ter uma empresa inclusiva traz diversos benefícios desde o bem-estar dos funcionários até o faturamento da empresa.

Por exemplo, em recente relatório feito pela consultoria global GPTW (Great Place to Work) sobre as Tendências de Gestão de Pessoas 2022, os mais de dois mil entrevistados, tanto da área de recursos humanos quanto em cargos de liderança, afirmaram que apenas 17,9% das empresas têm diversidade e inclusão como aspecto prioritário a ser trabalhado. Este número ficou muito aquém do ano passado, que bateu 37% de empresas engajadas em D&I, isso porque, quando perguntado mais a fundo, os entrevistados citam a falta de know-how das empresas para desenvolver este trabalho. Por isso, a importância de consultorias especializadas como a Empodera é fundamental para virar este jogo.

“O benefício de investir em Diversidade e Inclusão está em atrair e reter os melhores talentos. Antes as empresas buscavam em um pool de talentos restrito: pessoas brancas, de classe média e que estudavam nas melhores universidades. Hoje, a diversidade amplia esse leque. Com ações afirmativas de D&I, é possível inserir nas organizações, talentos diversos com habilidades que antes seriam ignoradas. Uma pessoa com deficiência pode ser o programador de alguma empresa de tecnologia, uma mulher trans pode ocupar um cargo de alta gerência, um jovem negro pode ser advogado de alguma multinacional. A ideia da promoção da diversidade é não deixar nenhum talento para trás”, diz Leizer Pereira, CEO da Empodera – uma plataforma pioneira na construção e aceleração de negócios inclusivos, preparação de carreira e conexão de talentos de grupos minorizados com organizações que valorizam a diversidade.

“Claro que uma das maneiras de reverter o quadro atual é aumentando o número de vagas destinadas a esta minoria. Contudo, abrir processos seletivos inclusivos não é a única medida necessária. A empresa e os funcionários precisam estar aptos a receber toda essa diversidade”, explica.

Pensando nisso, Leizer selecionou algumas etapas que as empresas ou equipe de RH podem adotar no processo seletivo para tornar a empresa mais inclusiva.

Readequação dos requisitos da vaga

Algumas vezes, em determinada vaga, há pré-requisitos que nem sempre são essenciais. Por exemplo, quantas vezes a empresa abriu um processo seletivo onde inglês é um pré-requisito para a vaga? E, quantas vezes realmente este conhecimento se mostrou de fato necessário para que o profissional desenvolvesse a sua função? Este é apenas um dos inúmeros modelos conhecidos de como processos seletivos podem afastar pessoas candidatas e preparadas às vagas. Outros itens muito comuns que existem, e que acabam afastando as pessoas candidatas, são: Instituição de Ensino que estudou, se fez ou não intercâmbio, local que reside, dentre outros. Essas exigências só fazem com que você afaste muita gente competente do seu processo seletivo e, consequentemente do seu quadro de funcionários.

Sensibilize sua equipe

Somos seres humanos repletos de vieses inconscientes que podem levar a um local comum, ou seja, procurar o que achamos ideal na nossa bolha, onde repetimos as mesmas ações e contratamos os mesmos perfis. Por isso, é importante sensibilizar a sua equipe quanto as causas de grupos socialmente minorizados (mulheres, negros, LGBTQIAPN+, indígenas, pessoas com deficiência, pessoas profissionais com +50) para que eles consigam entender a potência por trás desta escolha. É fundamental ainda, que as empresas revejam sua estrutura e ampliem essa consciência e esse engajamento. Mais que conquistar mentes, precisamos conquistar corações, se colocar no lugar do outro e ressignificar crenças e mitos. Precisamos de atitudes antidiscriminatória.

Tenha uma marca que dialogue com a causa

Estamos vivendo “a febre do ESG”, mas não adianta fazer um processo exclusivo para negros se no restante do ano não existem ações desenvolvidas de forma interna e externa pela causa. Desta forma, o profissional contratado não consegue se enxergar dentro daquele ambiente que à primeira vista pode parecer “hostil” e de não-pertencimento.

Faça com que a pessoa se sinta parte da equipe

É importante que a pessoa tenha espaço para ser ela mesma. Que possa colaborar com a empresa, tenha voz ativa, mantenha uma relação de confiança com a empresa, que se veja pertencente ao espaço e cargo, e que ela também observe outras pessoas diversas fazendo parte da empresa que ela faz parte. Um processo exclusivo para negros deve apresentar todas as ações que a empresa desenvolve a favor da causa, além de contar com pessoas na equipe de recrutamento que se autodeclaram negras.

Ações simples como estas podem ajudar a sua empresa a dar o primeiro grande passo em prol da Diversidade, Equidade e Inclusão.

Sobre a Empodera:A Empodera é uma das maiores plataformas do Brasil na construção e aceleração de negócios inclusivos, tendo uma metodologia de hackeamento de cultura (3S Empodera: Sensibilizar, Sistematizar e Sustentar), conectando talentos diversos com organizações engajadas na mudança do ambiente corporativo. Criada em 2016 por Leizer Pereira, o projeto hoje conta com cerca de 70 mil pessoas cadastradas, 10 mil acessos mensais e soma mais de 2000 pessoas contratadas em grandes empresas, como Google, B.A.T., White Martins, Pepsico, Ambev, Bayer, Santander, YDUQS, Anbima, Twitter, TechnipFMC, Enel, Ipiranga, Itaú e JP Morgan. www.comunidadeempodera.com.br

imprensa: Silvana Inácio – silvana@sicomunicacao.com.br e Malu Bonetto – atendimento@sicomunicacao.com.br. Contato: (11) 3042-5641/ (11) 99191-5116/(11) 97688-3624

Respeito às diferenças e o desenvolvimento de uma cultura de diversidade e inclusão na empresa

Toda empresa que tiver a pretensão de demonstrar um modelo moderno de gestão, com toda certeza deve partir da demonstração da inclusão da diversidade aos seus clientes internos e externos. A diversidade tem revolucionado o mercado, uma vez que, quando a empresa garante equipes com pessoas de diferentes orientações ideológicas e histórias de vida, além de condições sociais, de gênero e físicas, ela abre uma porta importante para um universo de possibilidades de desenvolvimento de novos conhecimentos e diferenciais.

Para que tenhamos inovação, é preciso ter a cultura da diversidade como parte estratégica de uma organização, na qual deve estar presente a cultura organizacional da empresa.

Pensar diferente e trocar experiências em um ambiente de trabalho é muito saudável e motivador. Pode ressignificar e transformar seu negócio! Contudo, esta nova cultura deve ser construída de forma gradativa. É preciso fazer com que todos se engajem e, principalmente, mantenham o diálogo aberto, pois, somente assim é possível garantir a execução das ações necessárias e o atingimento positivo dos resultados.

A cultura da diversidade deve ser abraçada por todos os setores e processos da empresa. Quanto mais líderes envolvidos e engajados existirem, melhores serão os resultados. Como toda ação dentro de uma empresa, o desenvolvimento da cultura da diversidade deve ser alicerçado nos valores universais e com definição de resultados, afinal, deve se manter um monitoramento, visando à manutenção constante desta nova atitude/cultura.

Desenvolver um projeto de cultura organizacional engajado na diversidade é um desafio, mas tudo começa com o planejamento e é preciso que os valores determinados sejam praticados por todos. Sempre deve ser considerada a questão inclusive do layout do ambiente de trabalho, gestão justa de cargos e salários, promover oportunidades e muito mais.

Uma grande porta de entrada seria a formação de um Comitê de Diversidade e Inclusão. Quanto mais profissionais estratégicos forem envolvidos, maior será o respeito à integridade humana e a justiça social. Este comitê seria responsável desde o planejamento até a previsão e monitoramento de atingimento de metas que sejam compreensíveis e relevantes.

Portanto, incentivar o respeito às diferenças e desenvolver uma cultura de diversidade e inclusão na empresa perpassa pela definição de perfis funcionais baseados na diversidade, na promoção de processos seletivos mais justos, no desenvolvimento de grupos de apoio à diversidade, no desenvolvimento de ações contínuas que promovam a educação e o diálogo, no desenvolvimento de critérios de validação dos resultados, no reforço do trabalho junto às lideranças, na criação de uma estrutura de comunicação interna, na otimização do ambiente de trabalho com foco na diversidade e, acima de tudo, na constante promoção de capacitações em prol da diversidade.

  • Variar perspectivas
  • Ter maior criatividade
  • Ter maior inovação
  • Ter uma resolução mais rápida de problemas
  • Ter uma posição melhor para tomada de decisões

Esses com certeza são benefícios em um ambiente de trabalho com diversidade!

*Cris Baluta é CEO Roadimex Ambiental, co-Founder Instituto SER Ser (Sustentabilidade, Engajamento e Realização) e conselheira e coordenadora do GIEMA + SG – Grupo de Intercâmbio de Experiências em Meio Ambiente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Todo o tipo de violência

Entendam: Violência não se limita a utilização de força física!

Os atos de violência podem utilizar um ou mais tipos de violência e podem acontecer tanto em espaços públicos como privados. E engloba qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção que lhe cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Conheçam os tipos:

Física: Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal.

Sexual: Conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

Além disso, é importante lembrar que o não é não, beleza? Tava legal mandou parar e continuou? É violência sexual.

Patrimonial: É a conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

Moral: Conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Mas a mais comum, e que muitas vezes acontece sem percerbermos, inclusive também é bem comum que surdos ou pessoas sofram, é a tal da Violência Psicológica: Que é o tipo de conduta que causa dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento , vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

Reprodução

Acessibilidade para pessoas com deficiências

É fundamental uma sociedade justa, consciente, inclusive é acessível para todas as pessoas. Pensando nisso, gostaria que fosse frisado que é previsto na lei que:

– Todas entradas do prédio sejam acessíveis;

– Toda edificação e estabelecimento tenham sanitários acessíveis às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, possuindo 5% do total de cada peça (quando houver divisão por sexo), obedecendo ao mínimo de uma peça;

–  Tenha a obrigatoriedade da reserva de vagas em estacionamento de uso público para pessoas com deficiência próximas aos acessos de circulação de pedestres;

– O caminho entre o estacionamento e o acesso principal deve estar desbloqueado para portadores de deficiência.

É importante salientar que a adequação a estas normas depende do tipo de estabelecimento. Lojas no térreo não podem estar localizadas em um nível acima da calçada ou devem contar com rampas. Centros comerciais de mais de um andar devem ter elevadores.

Sinalização

Também é essencial que as edificações e estabelecimentos contem com sinalização adequada, não só para indicar banheiros e vagas especiais de garagem, mas também para proteção, orientação e mobilidade, o que ajuda, especialmente, pessoas com deficiência visual.

Para esses casos, é preciso instalar a sinalização tátil de piso, que consiste em: ser antiderrapante; ter textura contrastante em relação ao piso adjacente; ter cor contrastante para ser percebido por pessoas com baixa visão; atender as características de desenho, relevo e dimensões de acordo com a norma ABNT NBR 9050/04.

Alem disso que tal um funcionário específico para recepcionar, informar e até acompanhar pessoas cegas quando nos estabelecimentos? E que tal que este seja fluente na Língua de Sinais para também apoiar os surdos?

Um mundo ideal para todos é possível e só depende de nós!

Das Séries que Amamos: “Anne com E”

No fim do século 19 viveu uma menina linda, doce, inteligente, leve, faladeira e otimista chamada Anne.

Anne começa a série na expectativa ser amada e feliz. – Imagem: Netflix/Divulgação

Anne é personagem da nova série da Netflix: “Anne with an E” da obra “Anne of Green Gables”, no qual contamos nossa impressão agora, e já avisamos para que não esqueça, que ao ler Anne, você deve pronunciar ” E”, no final. Recado dado, vamos nos apaixonar?

Tudo começa quando a orfã Anne Shirley, chega a Ilha de Príncipe Eduardo, no Canadá, onde viverá com sua nova família adotiva.

Mas não pense que é uma família comum de marido e mulher. Na verdade trata-se de um casal de irmãos Matthew e Marilla, que estão já idosos e que nunca tiveram filhos. E com a idade, resolvem adotar um menino para ajuda-los nas tarefas da propriedade rural onde vivem.

Imaginem a surpresa e a decepção ao descobrirem que na verdade não veio um menino e sim a doce e sorridente menina Anne (com E), que mal pode acreditar que terá uma família, um lar eque  se belisca o tempo todo para ter certeza que é a realidade. Mas na estação, Matthew encontra a menina e não tem coragem de desfazer o mal-entendido.

A família unida – Imagem: Netflix/Divulgação

Chegando na casa, Marilla é resistente à presença de Anne. Mas, com o passar dos dias, ela se encanta com a menina, que faz de tudo para ser aceita como membro da família.

A inteligência e a grande imaginação de Anne são os pontos altos da série, e vão além da relação de afeto entre ela e os novos “pais”. Ainda assim nem tudo são flores, até porque Anne detesta seu cabelo ruivo, suas sardas e sofre bullying de todos, inclusive na escola, e pelo próprio padre da cidade por ser órfã, pobre ou os cabelos vermelhos demais.

Aos poucos, a menina ganha a confiança do povo da cidade, e consegue evitar que um incêndio tome proporções assustadoras, salva uma criança doente e ajuda a impedir a falência da propriedade da família. Mostrando que o otimismo sempre é necessário para lidar com as dificuldades da vida. Anne é Show, e é um exemplo de como devemos levar a vida: Com alegria, esperanças e muito amor e imaginação: Viva Anne!

Anne, 2017 – Canadá

Elenco: Amybeth McNulty, Geraldine James, R.H. Tomson, Dalila Bela, Corrine Koslo, Aymeric Jett Montaz, Helen Johns, Lucas Jade Zumann, Christian Martyn & Kyla Matthews

Direção: Niki Caro, David Evans, Paul Fox, Sandra Goldbacher, Patricia Rozema, Helen Shaver & Amanda Tapping

Roteiro: Moira Walley-Beckett

Fotografia: Bobby Shore

Agradecimentos: Ao meu amigo Wemerson Cláudio que me indicou a série, obrigado!

Veja também: 

Das séries que amamos (?) – 13 Reasons Why

 

Maio

Maio,

Pode ter sido para muitos o mês das mães e das noivas.

Pode ter sido também um mês amarelo para a conscientização de boas práticas no trânsito ou um mês que a cada dia tivesse um pensamento positivo uma forma de continuar a luta diária, independente de tudo. Maio é tão especial que até Kid Abelha já cantou. Por isso com vocês:

Maio, de George Israel e Paula Toller.

Maio já está no final
O que somos nós, afinal
Se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
Longe demais

Maio já está no final
É hora de se mover
Pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses
Esqueça os seus finais
Esqueça os finais

Eu preciso de alguém
Sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém

Maio já está no final
O que somos nós, afinal
Se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
Longe demais

Maio já está no final
É hora de se mover
Pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses
Esqueça os seus finais
Esqueça os finais

Eu preciso de alguém
Sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém

Para o Blog dos Pernés, foi um mês especial, cheio de posts incríveis, dicas surpreendentes e talvez nem tanto, mas que você pode ter gostado, pode ler e reler quantas vezes desejar, só basta clicar aqui. Também foram dias que o Facebook nos lembrou de momentos incríveis que passei durante maio nos dois últimos anos. Teve até viagens: México, Nordeste e etc.

Em Maio de 2015, subi na pirâmide do sol, em Teotihuacan no México, e apreciei a pirâmide do Sol. Imagem: Blog dos Pernés/ Thiago Perné Santos

Mas para você, como foi seu Maio? Que o seu junho sirva para nos mover, para fazer mais, para aprender dos erros, para amar e para querer o bem. Fazer novas amizades, para recomeçar!

Das séries que amamos (?) – 13 Reasons Why

A vida de Hannah Baker chega ao fim na série 13 Reasons Why, depois de passar por uma série de agressões emocionais, física e sexual.

Qual sua parcela de culpa? — Imagem: Reprodução/ Netflix

A série é baseada no livro “Os 13 porquês”, lançado no Brasil pela Editora Ática e contam com 13 episódios/ 13 motivos/ 13 pessoas/ 13 fitas cassetes que foram gravadas pela jovem que relata a dor e o sofrimento nos seus plenos 17 anos. E ela é branca, magra, bonita, olhos claros e heterossexual, e aparentemente não tem nenhum motivo para sofrer bullying.

Adianto que a série “pode” ser vista por todos, mas é necessário um “estômago forte”. Pois trata-se de bullying e até mesmo suicido (no episódio 13, a jovem corta os pulsos e morre).

E confesso que não acho que me enquadro neste grupo, até porque tenho depressão, mas fui até o fim pois de algum modo queria contar para vocês. Além de parte dos assuntos serem discutidos aqui no blog.  Mas de fato não indico para pessoas que podem ter algum transtorno emocional.

Hannah (Katherine Langford) — 13 reasons. Imagem: Reprodução/ Netflix

Com todo este drama, a série levanta a questão: será que ao abordar o suicidio, dessa forma,  não estaria incentivando jovens com depressão a se suicidar?

O site O Globo conversou com especialistas sobre o assunto:

— Não é uma opinião pessoal, e sim um fato: a veiculação ou divulgação de um suicídio pode inspirar pessoas que pensam no assunto — diz Carmita Abdo, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). — Se, por um lado, estamos nos solidarizando pela Hannah e mostrando os riscos que ela pode sofrer dentro de situações cotidianas, por outro estamos, talvez sem saber, dando munição para muitos indivíduos que sofrem de desequilíbrio mental. Uma saída para a ficção é falar sobre o suicídio como algo que se pode combater, em vez de se afirmar somente que é um evento horrível.

O site também traz o relato da Gerente de comunicação da Netflix no Brasil, Amanda Vidigal: No fim do 13º e último episódio, a Netflix exibe um documentário de 30 minutos com atores, produtores e psiquiatras alertando sobre os perigos e impactos psicológicos dos temas retratados na série. Também traz um link (13reasonswhy.info) no qual jovens que enfrentam problemas semelhantes podem buscar ajuda — no Brasil, os contatos do Centro de Valorização da Vida, o CVV, estão disponíveis. Além disso, no começo dos episódios com conteúdo de violência ou abuso sexual, uma mensagem é exibida recomendando a discrição do espectador.

Clay (Dylan Minette protagonista de 13 Reasons) — Imagem: Reprodução/ Netflix

— ‘Trata-se de uma ficção, um produto de entretenimento, mas que aborda temas sensíveis e que necessitam de um certo cuidado. Esse cuidado existiu, a produção contou com a consultoria de profissionais de saúde durante todo o processo’.

Independente da minha opinião, desde a sua estreia subiu em 445% o número de e-mails com pedidos de ajuda recebidos pelo Centro de Valorização da Vida (CVV). Houve alta ainda de 170% na média diária de visitantes únicos no site.

Enfim, cenas torturantes e tristes que somente uma pessoa que já sofreu e sofre com o bullying e depressão vai entender. E que talvez esse seja o motivo de tamanho sucesso nas redes sociais. Uma coisa é certa, o tema deve ser discutido, e as práticas evitadas. Ressalto que série agora tem a responsabilidade de mostrar que o suicidio não é o fim, que sempre há uma saída. E não resolve os nossos “fantasmas”, apenas passa a dor adiante para familiares, amigos e para a comunidade.

O bullying deve ser discutido e afeta a vida de quem sofre. Também a depressão deve ser tratada. E os pais e educadores podem contribuir, portanto fiquem de olho. Termino este post, com 3 motivos para não desistir da vida, publicado na íntegra no site Jw.org. 

Se você está passando por uma fase ruim, nao se desespere, leia os artigos acima, clicando em cada um deles, procure ajuda de seus pais, professores ou outro adulto maduro, quem sabe o CVV?

Formas disponíveis para pedir ajuda no CVV.

 

E não esqueça Deus, ore a ele e peça forças, compreensão e sabedoria.

Lembre não é o fim do túnel, estamos com você.

Serviço:

13 reasons Why

Com Dylan Minnette como Clay Jensen, Katherine Langford como Hannah Baker, Christian Navarro como Tony Padilla, Alisha Boe como Jessica Davis, Brandon Flynn como Justin Foley, Justin Prentice como Bryce Walker, Miles Heizer como Alex Standall, Ross Butler como Zach Dempsey, Devin Druid como Tyler Down, Amy Hargreaves como Lainie Jensen, Derek Luke como Kevin Porter e Kate Walsh como Olivia Baker.

Direção Executiva: Selena Gomez.

Exibição: Netflix

Leia também: 

Impressões trazidas pelo vento!

A beleza da diversidade, do talento e do respeito

Vamos combater o Bullying entre Nós!

 

 

Vamos combater o Bullying entre Nós!

O termo bullying refere-se  qualquer atitudes agressivas, físicas ou verbais, repetitivas e intencionais, exercidas por uma ou mais pessoas e que tenham o objetivo de intimidar ou agredir um indivíduo, causando nele dor e angústia. E Você sabia que segundo a UNICEF, uma em cada três crianças do mundo, entre os 13 e os 15 anos, é regularmente vítima de bullying na escola? E crianças abaixo dessa faixa etária e até adultos também passam por isso?

Por isso é necessário consciencializar a população para esta forma de violência e encontrar formas de preveni-las. E hoje, 7 de abril é o dia proposto para combater o bullying e a violência na escola, mas ninguém pode ficar de fora.

Dias atrás apresentei a vocês a leitura de um livro chamado “Entre silêncios e gestos”., que fala bastante sobre o assunto. Não viu? Veja aqui:

Dica de Leitura: “Entre silêncios e gestos” de Marcos Arthur.

Eu já tenho o meu exemplar, e iniciei a leitura na última semana. Mas ainda não havia publicado a conversa que tive com o Marcos, autor do livro, que também já sofreu muito bullying. vamos ao papo?

Qual a deficiência de Marcel? Já que teve “poliomielite”, assim como o autor, seria física?
Marcel Dantas Mascarenhas — o Tabó —, assim como eu, autor do livro, teve paralisia infantil (poliomielite), que atingiu sua perna direita. Eu falo um pouco sobre essa doença na página 38 e também sobre suas consequências.

Então, podemos dizer que o personagem foi inspirado na sua vida?
Muito do que aconteceu com Tabó aconteceu também comigo. Então sim, posso dizer que 60, 70% do livro é realidade que passei e o resto, ficção. 

Como a poliomielite o afetou, e como se inspirou para escrever a obra?
O vírus da poliomielite  me atingiu de uma forma menos agressiva, já que poupou outras partes de meu corpo. Há casos bem mais complexos e delicados, mas acredito que uma das coisas ruins, além de certas limitações físicas, era ter de enfrentar brincadeiras de mau gosto. Isso mexia demais comigo, nenhuma criança gosta de se sentir excluída. O que me inspirou essa história foi exatamente a história vivida por mim, com um final feliz de superação.

Foi difícil de se “aceitar” como uma pessoa com deficiência? Havia o muito “coitadinho” por ele ser “assim”?
Acredito que sempre me aceitei com minha deficiência. Os problemas maiores proviam da minha intensa timidez (talvez fruto da deficiência, não sei), que também, aos poucos, foram superados. E havia mais gozações e xingamentos do que “coitadinho dele”, o que, confesso, não sei o que seria pior. 

Estudou numa escola inclusiva ou regular? De qualquer modo deve ter sofrido muito Bullying…
Estudei em escolas comuns municipais (muito boas na época, por sinal), mas estaria mentindo se dissesse que não sofri bullying. Sofri, sim, como até hoje sofrem outras crianças.

E hoje, apesar das campanhas contra o bullying, o que você observa, o bullying hoje está maior ou menor que quando criança?
Como você disse, já houve e há campanhas imensas contra o bullying, além de um diálogo mais aberto sobre este tema tão delicado. Houve avanços, sim, não há como negar, mas ainda há muita, muita discriminação.

O que já foi feito, e o que ainda falta para uma sociedade mais justa e inclusiva?
Não sou especialista no assunto, mas sinto que avançamos, pois há um olhar mais atento para as diferenças. Ainda há muito por fazer, há uma lei a ser cumprida e se as pessoas se conscientizarem disso, caminharemos a passos largos, rumo a uma sociedade mais justa e inclusiva. Depende de todos nós.
Continue reading “Vamos combater o Bullying entre Nós!”

A beleza da diversidade, do talento e do respeito

Em 2004, a Unilever lançou a campanha “Real Beleza” da Dove e conquistou a todas (os), até aquelas mulheres consideradas gordas, magras, baixas e altas, de todas classes sociais. Entre elas, estavam as loiras, as morenas, as ruivas, e até as negras.

A campanha foi tão boa que rendeu mais de 2,5 bilhões de dolares de lucro à empresa. Mas, em geral, a sociedade ainda rotula essas mulheres, devido ao padronização da beleza.

Em 2006, a atriz com Síndrome de Down, Joana Morcazel, viveu a Clara, filha de Helena, personagem de Regina Duarte na novela Viver a Vida, da Rede Globo.

Joana Morcazel e Regina Duarte. Imagem: Rede Globo/ Reprodução

Mãe e filha em cena mostraram ao Brasil os desafios de vida e preconceitos que as pessoas com deficiência sofriam e a importância do amor e respeito que devemos ter por todas pessoas independente de deficiência ou não. Mas, apesar da boa aceitação do tema na mídia, o preconceito ainda existe.

Segundo a revista Carta Capital (2016), o trabalho escravo ainda existe no mundo. E, no Brasil, 95% desses trabalhadores são homens.

A realidade no mundo mostra que a ganância massacra o amor. — Infelizmente o trabalho escravo ainda existe. Imagem: Reprodução.

De 1995 até 2016, mais de 50 mil foram libertos de situações análogas a de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. A notícia é boa, mas infelizmente ainda é cedo pra comemorar.

É triste e até revoltante que, em pleno 2017, ainda existam pessoas tão burras que se acham no direito de diminuir outros por estarem fora dos padrões  de beleza imposto por eles mesmos. E, ainda mais, tão preconceituosas e desinformadas que insistem em não perceber que todas as pessoas com ou sem deficiência são iguais, e tem as mesmas capacidades e necessidades físicas, mentais e emocionais.
E tão cegas para não enxergarem que não é preciso diminuir pessoas com trabalhos humilhantes.

A modelo brasileira Brenda Costa, já rodou o mundo com sua beleza e talento. Detalhe: ela é surda e não permitiu que a deficiência a impedisse de ser uma das tops models mais influentes do mundo. Imagem: Reprodução

 

Leonardo Migiorin e Otávio Mesquita com os talentosos e inteligentíssimos atores com síndrome de Down. Juntos atuaram no filme “Colegas”, e consquistaram a crítica. Com bastante talento, os atores mostraram que uma pessoa com deficiência também pode e deve levar uma vida feliz. — O filme ganhou vários prêmios e até foi cogitado para representar o Brasil no Oscar. – Imagem: Reprodução

 

Gabourey Sindibe é atriz obesa e negra, está fora do padrão da beleza imposto pela sociedade, ainda assim com muito talento deu vida à personagem “Preciosa”, filme que emocionou o mundo e papou vários prêmios incluindo o Oscar e Globo de Ouro de melhor atriz para M’onique, que fez sua mãe, e também de melhor roteiro original. Imagem: Reprodução

Sim. Homens e mulheres, crianças ou idosos podem e devem ser mais amados independente das condições em que se encontram. Não é o status na sociedade, a deficiência ou a falta dela, o desemprego, a cor da pele, o cabelo ou o tamanho do quadril que fará essas pessoas inferiores a outras.

Pense grande, veja além do seu quadrado, que oportunidades existem para todos e somos todos iguais. Quem faz o seu sucesso ou o seu padrão de beleza é você. #DigaNãoAoPreconceito

Veja também:

Artigos sobre Inclusão, Surdez e Língua de Sinais

Crianças com Síndrome de Down encantam a moda goiana

Dica de Leitura: “Entre silêncios e gestos” de Marcos Arthur.

Hoje estamos iniciando um novo tema aqui no blog: Dicas e Resenhas de livros, lançamentos e novidades das editoras. E quero iniciar indicando o livro “Entre silêncios e gestos” do autor Marcos Arthur, lançado pela Editora do Brasil. O mesmo tem tudo a ver com nosso blog, pois estamos sempre nos esforçando em falar sobre acessibilidade, inclusão, bullying e surdez. Vamos a um breve resumo?

Marcel teve Polimielite quando criança, e como tempo apesar das dificuldades da deficiência e sentimentos que ela trazem como medo e solidão, ele descobre uma maneira de reagir a vida, já que tem talento especial para o teatro de pantomima – a arte de expressar sentimentos por meio de gestos e atitudes, em silêncio. É um relato marcante e emocionante de um jovem que vira o jogo e enfrenta seus piores pesadelos sem emitir uma única palavra, valendo-se apenas de seus gestos preciosos.  Um de seus principais expoentes,  o francês Marcel Marceau, inspirou os pais do personagem principal da obra. Uma frase de Marceau resume sua arte: “Um mágico transforma o visível em invisível. O mímico transforma o invisível em visível”.

O livro também discute a questão da inclusão. Antes, o que algumas pessoas tentavam esconder e excluir por ser diferente, hoje ganhou um olhar mais atento e sensível, pois cada vez mais se percebe que as diferenças podem somar. “Discutir essa questão tão séria já demonstra um avanço, mas há também, ainda, muita discriminação. A importância de se abrir oportunidades a todos, independentemente das peculiaridades de cada um, é enorme, e acredito que, mesmo a passos lentos e com inúmeros questionamentos, chegaremos a uma sociedade mais inclusiva”,

Com certeza um grande exemplo e uma grande inspiração para nós hoje. Eu que não sou bobo já quero o meu e quando ler vou contar aqui o que achei.

Sobre o autor:

Marcos Arthur é músico, compositor, escritor, ilustrador e designer gráfico. Estudou música no Instituto Musical de São Paulo e na Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Foi um dos fundadores do premiado Núcleo Zambelê, cuja proposta era a de montar espetáculos essencialmente musicais, dirigidos ao público infanto juvenil. O grupo chegou a receber o prêmio de Revelação, da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Marcos foi indicado também como Melhor Autor em “Vamos Atrás do Raio de Sol” (Prêmio Apetesp) e “Chimbirins e Chimbirons” (Prêmio Mambembe), todas encenadas pelo núcleo. Escreveu e ilustrou seu primeiro livro infantojuvenil “O Avô de Arthurzinho Tocava Moedroca”, em 2014, pela editora Edebê. “Entre silêncios e gestos” é seu primeiro publicado pela Editora do Brasil.

Sobre a Editora do Brasil:

Fundada em 1943, a Editora do Brasil atua há mais de 70 anos com a missão de mudar o Brasil por meio da educação. Como empresa 100% brasileira, foca a oferta de conteúdos didáticos, paradidáticos e literários direcionados ao público infanto-juvenil. Foi fundadora da CBL, SNEL, FNLIJ, IPL e da Abrelivros. Os títulos da Editora do Brasil podem ser adquiridos por meio de seu e-commerce: (http://www.editoradobrasil.com.br/lojavirtual/) ou em livrarias e lojas físicas como, por exemplo, sua loja, em São Paulo (Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos).

Serviço:

Autor: Marcos Arthur

Ilustração: Marcos Arthur

Formato: 14 x 20 cm

Número de páginas: 120

ISBN: 978-85-10-06154-4

Preço sugerido: R$ 41,40

www.editoradobrasil.com.br

Leia também: Rótulos, Discriminação, Fofocas e Mentiras – Não!