Todo o tipo de violência

Entendam: Violência não se limita a utilização de força física!

Os atos de violência podem utilizar um ou mais tipos de violência e podem acontecer tanto em espaços públicos como privados. E engloba qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção que lhe cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Conheçam os tipos:

Física: Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal.

Sexual: Conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

Além disso, é importante lembrar que o não é não, beleza? Tava legal mandou parar e continuou? É violência sexual.

Patrimonial: É a conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

Moral: Conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Mas a mais comum, e que muitas vezes acontece sem percerbermos, inclusive também é bem comum que surdos ou pessoas sofram, é a tal da Violência Psicológica: Que é o tipo de conduta que causa dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento , vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

Reprodução

Formação profissional em TI para pessoas com deficiência

São Paulo, dezembro de 2021 – A CI&T, multinacional brasileira especialista digital para grandes marcas globais, acaba de lançar, em parceria com o Instituto de Gestão em Tecnologia da Informação (IGTI), um programa gratuito de formação em TI exclusivo para pessoas com deficiência. 

São 500 bolsas de estudo para o curso 100% online, com aulas ao vivo e gravadas, voltadas a alunos de todo o Brasil. Além da qualificação, o projeto oferece oportunidades de trabalho remoto ao final do bootcamp. Podem participar pessoas acima de 18 anos que tenham completado o ensino médio e não é necessário conhecimento prévio na área de tecnologia. As inscrições podem ser realizadas até o mês de janeiro de 2022 no site http://www.igti.com.br/bootcamp/desenvolvedor-ciandt.

O Bootcamp CI&T ensinará conceitos e práticas para iniciantes em Desenvolvimento de Software por meio da utilização das principais ferramentas do mercado: Java, SpringBoot no Back End e Angular no Front End.

Os participantes também terão a chance de aprender a respeito de interface de navegação e ferramentas de interação com o usuário, bem como sobre realizar planejamento, criação, implementação e manutenção da estrutura que forma a base de um site. Ao fim do curso intensivo, o aluno estará habilitado para construir páginas na web e atuar com desenvolvimento de software.

“Com o curso gratuito para pessoas com deficiência, queremos oferecer oportunidades de trabalho equitativas para todos. Nosso objetivo é a formação qualificada na área para que os profissionais estejam aptos a atuar imediatamente no mercado de TI, que é um dos mais promissores da atualidade”, afirma Ana Paula Fraga, gestora de Diversidade, Inclusão e Responsabilidade Social da CI&T. “O bootcamp foi desenvolvido para oferecer todo o suporte necessário para que eles foquem exclusivamente no aprendizado.”

Oportunidade de trabalhar na CI&T

“O propósito do IGTI é oferecer a melhor educação em TI para todos. Para nós é um grande orgulho criar este curso em parceria com a CI&T, que visa desenvolver pessoas com deficiência para atuar em nível profissional ao final de 10 semanas e ainda com possibilidades de oferta de trabalho remoto”, diz Vinícius Bozzi, CEO do IGTI. “Tudo isso com professores altamente competentes, que vão acompanhá-los ao longo da trajetória.”

O curso, que começa no dia 27 de janeiro, terá duração de dois meses. Com 148 horas de conteúdo e aulas semanais por videoconferência para aprofundamento dos temas, o bootcamp será um curso imersivo, com ênfase na prática, por meio da experimentação e aplicação de soluções originais em tecnologia. Além do aprendizado e do certificado de formação, os melhores alunos terão a oportunidade de conquistar uma vaga de emprego na CI&T.

Já fiz minha inscrição e estou aguardando resultado. Será que é o início de uma nova profissão para mim?

SERVIÇO:

Bootcamp CI&T Next Gen Desenvolvimento de Software
Curso online e gratuito para pessoas com deficiência

500 vagas
Inscrições até 24 de janeiro de 2022
Início das aulas em 27 de janeiro de 2022
Duração de 2 meses

O regulamento completo e mais informações sobre as inscrições e o processo de seleção estão disponíveis em: http://www.igti.com.br/bootcamp/desenvolvedor-ciandt

Sobre a CI&T

CI&T é uma digital specialist, parceira na transformação digital de ponta a ponta. Nativos digitais, temos um histórico de mais de 25 anos acelerando o impacto de negócios por meio de soluções digitais completas e escaláveis. Com a presença global de mais de 5.200 profissionais em estratégia, pesquisa, ciência de dados, design e engenharia, desbloqueamos o crescimento de receita, impulsionamos a experiência do cliente e aumentamos a eficiência operacional.

Sobre o IGTI

Fundado em 2006 e recém adquirido pela XP Inc, o Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação (IGTI) passa a integrar a XP Educação, braço educacional da XP. O IGTI é uma instituição de ensino a distância que tem como propósito oferecer a melhor educação em TI para todos. Oferece um portfólio com mais de 80 cursos, entre bootcamps, Imersões Internacionais e cursos de Pós-graduação em diversas áreas, como Agile, Cyber Security, Cloud Computing, Data Science, Development, Gestão em TI, Inteligência Artificial, Transformação Digital e UX, adotando um modelo educacional que oferece ampla interatividade entre alunos e professores e uma nova dimensão de qualidade aos cursos online. O IGTI é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) e foi eleito pela terceira vez consecutiva TOP3 no ranking de empresas mais inovadoras do país no uso de TI, categoria Educação.

Dakota e o Dia de Luta da Pessoa com Deficiência

Encontrar um sapato adequado: algo tão simples para a maioria pode ser um grande desafio para pessoas com deficiência. Foi a essa conclusão que a Agência Bistrô chegou ao observar alguns feedbacks da campanha realizada para a Dakota em 2020 nas redes sociais da marca, com as influenciadoras PCDs Mariana Torquato, Cacai Bauer, Robertinha Oliveira e Ana Clara Moniz. O objetivo da ação era normalizar as pessoas com deficiência em campanhas de moda, calçados e trazer essa representatividade. “O que percebemos é que algumas pessoas aproveitaram o canal aberto de diálogo nas redes para falar sobre a necessidade de um produto também mais inclusivo, especialmente por conta da numeração padrão da marca, que começa no 34”, lembra Gabriel Besnos, sócio-fundador e VP de Criação da Bistrô. Foi então que a Agência Bistrô, a Dakota e a influenciadora Isabella Savaget se uniram. “Durante um ano de consultoria da Bella, fizemos protótipos, avaliações e chegamos a um modelo de calçado revolucionário, mais inclusivo, com melhor adaptação para uso de órtese ortopédica, que foi lançado essa semana, mais especificadamente no dia 21/09, o dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência”, conta Besnos.

Segundo Barbara Carrion, diretora de planejamento e conexões da Agência Bistrô esse projeto foi muito além de criar uma campanha. “Toda a demanda partiu da nossa escuta e análises dos feedbacks que recebemos da campanha de 2020. Levamos até a Dakota as reivindicações dos clientes e desde então construímos a muitas mãos essa nova linha mais inclusiva e que atende as necessidades de um maior número de pessoas. Para a Bistrô, a ação reforça o esforço da agência de ser inclusiva e trabalhar para que todos tenham espaço e lugar de fala na sociedade e na publicidade”, diz. Nessa busca permanente, a agência acabou de implementar em seu site um plugin que torna o site acessível, com libras, áudio dentre outros recursos, algo ainda raro nos portfólios de agências do país.

A divulgação da ação para a Dakota contará não só com a co-criadora Isabella Savaget, que foi idealizadora do projeto junto a marca, mas também com a atleta paralímpica Raissa Machado, a influenciadora de moda e beleza Lorrayne Carolyne, a influenciadora e palestrante Ana Clara Moniz e a influenciadora Diva sobre Rodas. O slogan da campanha não poderia ser outro: “Ser Linda é Poder”! Afinal, como diz Bella Savaget: “nós queremos estar no mundo porque pertencemos ao mundo – e as marcas devem olhar para gente. Não é porque eu sou uma pessoa com deficiência que eu não posso estar na moda. Eu quero estar na moda. Eu tenho esse direito. ”, afirma.

Disponíveis do número 26 ao 40 e nas cores branco, azul e preto, a linha tem um solado flat com maior estabilidade, palmilha removível e zíper lateral com velcro para tornar o calce mais fácil e assim dar mais autonomia às pessoas com deficiência.

Para assistir o vídeo da campanha clique aqui.

Mais sobre Agência Bistrô

Nascida há quase 14 anos, em Porto Alegre (RS), a Bistrô se tornou uma agência 360º e original. O seu portfólio inclui clientes nacionais, como a construtora Tegra, JTI (Camel e Winston), Intercity Hotéis, Carrefour, Dakota e Kolosh, além de diversos clientes em vários segmentos no sul do país. Fundada por Fernanda Aldabe e Gabriel Besnos, uma mulher e um homem gay, hoje a Bistrô conta com mais de 60 funcionários e um braço em São Paulo, onde pretende conquistar mais clientes. A agência é reconhecida por sua diversidade e inclusão e trabalha para que suas campanhas e seus clientes também o sejam.  https://www.agenciabistro.com.br

Dia Nacional de Luta da PCD: Home Office abre caminho para maior inclusão de PCDs no mercado de trabalho

Pesquisa da Catho mostra que áreas administrativas, financeira e industrial foram as que mais abriram oportunidades para pessoas com deficiência

Ampliar o mercado de trabalho para pessoas com deficiência no Brasil é um grande desafio. Muitas empresas esbarram nas dificuldades de inseri-los no dia a dia por conta da falta de preparo para receber esses funcionários em condições adequadas e até às adversidades no deslocamento desse colaborador até o local de trabalho. Mas esse cenário tende a mudar, cada vez mais, com a adesão do home office.

De acordo com a última pesquisa sobre o tema realizada pela Catho, 44% dos profissionais com deficiência alegaram já terem deixado de ir a uma entrevista de emprego por dificuldades de deslocamento. Dentre os principais obstáculos citados, estavam: calçadas  inapropriadas (63%); falta de infraestrutura acessível, como rampas e faróis inteligentes (26%) e transporte ineficiente ou não adaptado (22%). 

Esse é um problema que afeta milhões de profissionais com deficiência no país, mas que pode ser mudado com a adesão das empresas pelo modelo de trabalho de home office ou híbrido. Muito se fala dos benefícios do home office na qualidade de vida da população, como menos trânsito, mais  tempo para ficar com a família, estudar, praticar atividade física, etc. Mas, esse “novo” formato tende a impactá-los positivamente tanto na vida profissional quanto na pessoal.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 24% dos brasileiros (45 milhões de cidadãos) apresentam alguma deficiência. Ainda assim, desse total, 403.255 estão empregados, o que corresponde a apenas 1% das pessoas com deficiência no Brasil. “Acreditamos que a falta de acessibilidade é um dos aspectos que dificultam a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Com o aumento da oferta de empregos na modalidade home office e/ou híbrida, a barreira do deslocamento é minimizada, possibilitando maior acesso a essa população a oportunidades de emprego”, explica Patricia Suzuki, CHRO da Catho.

Ainda de acordo com a Catho, um levantamento feito em julho, mostra que com mais de 51% a área administrativa é a que possui o maior número de oportunidades para pessoas com deficiência, seguida de suprimentos (9%), comercial e vendas (8%), telemarketing (7%), informática (6%) e financeira (5%). 

Minha vaga por direito

Apesar do processo de retomada econômica, diversas áreas seguem contratando e para estimular a inclusão desse público nos processos seletivos, a Catho criou um programa chamado Minha Vaga Por Direito. Nele os interessados podem efetuar o cadastro de um perfil de usuário acompanhado do envio de um laudo ou certificado de reabilitação do INSS, que após validado, concede acesso gratuito à assinatura para anúncio de currículo. 

“Além da conscientização, queremos facilitar o caminho para que  esses profissionais se candidatem às vagas de emprego, consigam demonstrar suas competências nas etapas do processo seletivo e alcançar a contratação e a tão esperada inclusão”, finaliza Suzuki.

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência reforça a importância da inclusão no mercado de trabalho

Conscientizar a população sobre a importância de inserir as pessoas com deficiência em diferentes aspectos da vida social, seja econômica, política e cultural. Esses são alguns dos objetivos do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, criada no dia 21 de setembro do ano de 2005 pela Lei Nº 11.133, entretanto, já é celebrada desde 1982 e lembrada por órgãos e instituições importantes, como o Instituto Ester Assumpção, instituição sem fins lucrativos e nenhum tipo de apoio governamental que trabalha pela inclusão das pessoas com deficiência na educação e no mercado de trabalho.

Two Happy Businessmen Sitting On Wheelchair And Chair Shaking Hands In Front Of Computer

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos tem algum tipo de deficiência, o que corresponde a 17,3 milhões de pessoas. As informações fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 e divulgado em agosto deste ano.

Os dados  levantados pelo IBGE apontam que a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho ainda tem muito o que avançar, já que apenas 28,3% dos indivíduos com 14 anos ou mais de idade estão ativos. Para efeito de comparação, entre as pessoas sem deficiência, 66,3% estavam atuando no mercado durante o estudo. E no nível de escolaridade, quase 68% da população com deficiência não tem instrução ou possui o ensino fundamental incompleto. Para pessoas sem deficiência, o índice é de 30,9%.

Ação para a inclusão no mercado de trabalho

Fomentar a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Este é um dos desafios do Instituto Ester Assumpção, fundado em 1987, sem fins lucrativos e nenhum apoio governamental. Para facilitar o processo de busca de vagas e contratações pelas organizações, a instituição lançou recentemente uma plataforma 100% on-line e acessível para facilitar as vidas dos candidatos e gestores de recursos humanos. Os profissionais com deficiência já podem se cadastrar pelo site www.ester.org.br.

Pessoas com deficiência são amparadas pela Lei 8213/91, conhecida como Lei de Cotas, que determina a contratação de 2% a 5% de trabalhadores com deficiência em organizações com 100 ou mais funcionários. De um lado, há profissionais capacitados, mas que não conseguem ter acesso às informações sobre vagas. E do outro, gestores de Recursos Humanos que tentam encontrar perfis adequados para as demandas das empresas.

Para otimizar o processo de contratação de pessoas com deficiência, o Instituto Ester Assumpção, que atua há 34 anos promover a cultura de inclusão nas organizações, utiliza a plataforma “Banco de Talentos” totalmente acessível, como aliada no elo entre vagas e candidatos. De acordo com a psicóloga e coordenadora de projetos da instituição, Cíntia Santos, o Banco de Talentos chega para suprir uma carência do mercado. “O nosso desafio diário é conscientizar os gestores das empresas sobre a importância de enxergar as potencialidades do profissional com deficiência e, ao mesmo tempo, ser uma ponte entre candidatos e oportunidades de trabalho. Com a nossa nova plataforma, vagas são facilmente divulgadas e as pessoas podem concorrer às oportunidades. Ao mesmo tempo, os responsáveis pelas contratações podem avaliar os perfis e buscarem os profissionais ideais para a demanda que precisa ser suprida, explica.

Para a psicóloga, o lançamento da plataforma é um marco para a inclusão no mercado de trabalho brasileiro. “Cada dia mais cresce a necessidade de otimizar a vida das pessoas. Os sites que existem hoje voltados as oportunidades de trabalho acabam oferecendo pouquíssimas vagas para esse público e nem sempre contam com acessibilidade para as pessoas com deficiência. O nosso intuito é mostrar que as empresas não precisam ser meras cumpridoras da Lei de Cotas, mas que podem aumentar a sua produtividade e serem socialmente responsáveis”, comenta.

E para as empresas que ainda não têm a cultura de inclusão implementada, Cíntia Santos ressalta que um dos objetivos do Instituto Ester Assumpção é ajudar as empresas, por meio de consultorias, a se adequarem. “Às vezes as organizações não atuam de forma inclusiva por falta de conhecimento e capacitação dos seus gestores. O nosso trabalho visa, além e criar a cultura organizacional inclusiva, mostrar que algumas adequações são necessárias, tanto estrutural quanto de conduta. Com o nosso trabalho, esperamos tornar o mercado de trabalho mais inclusivo e com a nossa nova plataforma, a união entre candidatos e vagas será facilitada”, conclui.

Educação inclusiva

O Instituto Ester Assumpção a atua em parceria com o Criança Esperança pela segunda vez. A equipe da instituição se prepara para potencializar ainda mais o trabalho realizado há mais de 30 anos em prol da inclusão da pessoa com deficiência. O próximo grande passo da iniciativa é a implementação do Paideia – Programa de Assessoria e Intervenção voltado para o Desenvolvimento Educacional Inclusão e Acessibilidade, que vai promover a educação inclusiva em 10 escolas públicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que foi contemplado com recursos da campanha realizada pela Rede Globo em parceria com a UNESCO.  

O intuito do Paideia é oferecer capacitação em educação inclusiva aos profissionais das escolas, principalmente professores e gestores, além da capacitação na metodologia ‘Treinamento de Pais’, conforme aponta a psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção, Cíntia Santos. “Nosso projeto baseia-se na Lei Brasileira de Inclusão que diz ‘A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurando sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem’. Sendo assim, tem como objetivo assessorar escolas públicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG na implantação práticas pedagógicas que respeitem as diferenças individuais dos alunos com deficiência. Ou seja, seguindo todos os trâmites legais para o melhor atendimento e assessoramento aos alunos e suas escolas”, comenta a especialista.

Segundo Cíntia Santos, o Instituto Ester Assumpção vai atuar no sentido de instrumentalizar a comunidade escolar para a adaptação de materiais pedagógicos. “Vamos criar um comitê gestor das ações inclusivas composto por professores, gestores e representantes dos alunos com deficiência, oferecer atividades de intervenções psicopedagógicas para as crianças com deficiência e realizar palestras sobre educação inclusiva. Além disso, teremos oficinas para adaptação de materiais pedagógicos e cursos sobre educação inclusiva, em especial para educadores e gestores, para ampliar o alcance do projeto”, complementa.

A equipe do Instituto Ester Assumpção elaborou um planejamento de intervenções que seguirá três fases. “A primeira é o diagnóstico de atitudes inclusivas, em seguida a intervenção junto ao público, como pais, crianças com deficiência e professores e depois, a mais importante, que é a manutenção das ações inclusivas. Dessa forma, pretendemos criar um ambiente favorável para que os professores, gestores e demais atores envolvidos no processo educacional absorvam os conhecimentos trazidos pelo instituto e sejam capazes de replicá-los com autonomia na prática escolar”, conclui Cíntia Santos.

Instituto Ester Assumpção

Fundado no ano de 1987, o Instituto Ester Assumpção é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada por Ester Assumpção, educadora nacionalmente conhecida pelo caráter pioneiro e inovador no campo da educação. A instituição atua no campo da inclusão da pessoa com deficiência e tem como foco contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade seja aceita e respeitada na sua integralidade. As principais frentes de atuação são a qualificação e inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e a consultoria para que as organizações se adequem e cumpram o papel social de promover a inclusão.

Site para cadastro de vagas e currículos: https://www.ester.org.br

Assessoria de imprensa:
Grupo Balo – www.grupobalo.com
Heberton Lopes – hlopes@grupobalo.com

Diário do Perné – 002: A Falta de acessibilidade em Libras no trabalho

Hoje é mais um dia de relatar experiências tristes que tive no dia a dia recentemente. Mas antes do relato, quero convida-los a ler o primeiro desabafo:

Pois bem, a palhaçada e inconsequência com os direitos de acessibilidade não tem fim, tanto é que recentemente quando fui convidado para comparecer numa reunião presencial no meu trabalho, informei que não consigo tirar proveito/ participar caso não haja interprete de Libras, o que no caso é um direito previsto por lei. Me foi respondido que era para comparecer e que eu teria a ajuda.

Chegando lá, havia uma pessoa da gerencia que tinha algum conhecimento em Libras, é verdade. Ele tirou a máscara alegando que seria bom para me ajudar a fazer a leitura labial introduziu a reunião oralmente e a cada 10 palavras e fazia um sinal em Libras. Concluiu e saiu em seguida. O restante da reunião foi com outra pessoa, que ficava praticamente sentada de costas para mim, mexendo no computador e apresentando os slides, aí eu me perguntei: Qual foi a ajuda que eu recebi?

No TJMT os surdos recebem apoio com o projeto INCLUSÃO NO JUDICIÁRIO. Foto: TJMT

É muito importante registrar o quanto magoa, restringe e discrimina o surdo este tipo de ajuda. Tratar a acessibilidade, mesmo que “meia boca” como um favor é questionável. Mais uma vez me pergunto: Até quando?

Está na hora da empresa agir de forma diferente, e agir de modo que a discriminação velada seja coisa do passado.

Pessoas surdas podem denunciar em Libras violações de direitos humanos

A função está disponível nos canais Disque 100 e Ligue 180, da Ouvidoria Nacional de Direitos HumanosPara levar os serviços dos canais de denúncias a todos os cidadãos, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) dispõe de atendimento humanizado em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde a disponibilização da versão acessível do Disque 100 e Ligue 180, mais de 1,7 mil pessoas surdas utilizaram a função, disponível no portal da ONDH e no aplicativo Direitos Humanos Brasil.

O atendimento com acessibilidade assegura às pessoas surdas ou com deficiência auditiva igualdade de condições ao acesso à informação e à compreensão, sem barreiras na comunicação, como prevê a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI). A titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), do Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Priscilla Gaspar, destaca que este tipo de atendimento é único no mundo.

“Uma ouvidoria de denúncias de direitos humanos que oferece videochamada para que pessoas surdas possam denunciar em sua própria língua, é um serviço único em todo o mundo, já que conta com intérpretes humanos. Além disso, coloca a pessoa surda como parte da sociedade. A pessoa surda é um cidadão igual a todo mundo e, por isso, a gente precisa divulgar o trabalho da Ouvidoria para que todos saibam que ela é acessível”, afirma a secretária.

O ouvidor nacional, Fernando César Ferreira, explica que a adaptação para acessibilidade nos canais de denúncia já estava prevista para ser implementada, mas teve o processo acelerado devido à pandemia. “Realizamos esse esforço para garantir o atendimento diante de tempos tão difíceis para cidadãos que encontraram maior dificuldade em denunciar”, diz.

Todos os intérpretes de Libras que realizam os atendimentos nos canais receberam treinamento por meio de uma oficina, oferecida pela SNDPD. Os profissionais foram capacitados para saber lidar com situações de violação de direitos humanos.

Números de violações

Os registros de violação de direitos humanos contra pessoas com deficiência, até agosto de 2021, somam mais de 27,7 mil casos. Segundo os dados do painel da ONDH, são casos de desrespeito contra a liberdade, a segurança, o patrimônio e a integridade das vítimas. Muitos deles envolvendo maus tratos, chantagem, manipulação e invasão de privacidade. No mesmo período do ano passado, foram 26.510 violações.

Para dúvidas e mais informações:
pessoacomdeficiencia@mdh.gov.br

Atendimento exclusivo à imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
(61) 2027-3525

Sono Quality tem o primeiro garoto propaganda PCD

Recebi um release que achei super legal!

E quem enviou é a assessoria da Sono Quality, empresa de colchões tecnológicos, e que agora segmento a ter um cadeirante como garoto propaganda.

Quem protagoniza as peças da campanha é o ator, comunicador e locutor PCD, Rodolfo Ferrim (51), com segundo a assessoria, tem mais de 20 anos de carreira. Ele também é reconhecido por suas participações em grandes eventos do setor como a Mobility & Show, uma das maiores feiras do mundo para pessoas com deficiência e familiares.

A campanha teve início neste segunda-feira (23), com duração inicial de 3 meses, contemplando um plano de comunicação integrada que inclui anúncios de revista, podcasts, comerciais de TV, ações de merchandising televisivo, Social Ads, ações mobile e até Websérie. As próprias ações de merchandising serão realizadas pelo Rodolfo.

“É nosso dever como marca, empresa ou formadores de opinião explorar temas que tornem a sociedade melhor e menos desigual. Mais do que pregar a questão da acessibilidade e da inclusão, é necessário praticar estes valores diariamente. É um exercício e um aprendizado contínuo’, destaca o diretor de marketing da Sono Quality, Eduardo Honrado.

A segunda edição do estudo Oldiversity®, desenvolvido pelo Grupo Croma, revelou que o preconceito é sentido pela pessoa com deficiência, principalmente no mercado de trabalho. Apesar dos esforços atuais realizados por diversas empresas, ainda há um longo caminho para se adequar e se educar para a total inclusão da PCD. No Brasil, são mais de 46 milhões de pessoas com deficiência.

71% acreditam que as empresas têm preconceito em contratar pessoas com deficiência. 32% sofreram preconceito por apresentar alguma deficiência.

Outro dado que merece destaque revela que os entrevistados sentem falta de estrutura nas lojas, além de produtos e serviços voltados a pessoas com deficiência. Há um gap no mercado, uma grande oportunidade que não está sendo considerada pelas marcas.

63% dos entrevistados acreditam que as marcas deveriam investir em lojas planejadas para PcDs, 61% declaram que as marcas deveriam investir em lançamento de produtos e serviços para PcDs, 54% dizem que as marcas deveriam investir em propagandas feitas para PcDs e 40% acreditam que marcas e empresas estão se adequando para atender as PcDs.

O estudo compreendeu 2032 entrevistas on-line com a população de todo o Brasil, realizadas entre 23 e 31 de julho de 2020, com metodologia aplicada utilizando cotas de idade, gênero, região geográfica, classe socioeconômica, e cotas específicas de raça, orientação sexual e PcDs. A margem de erro é de 2 p.p. para amostra total, considerando nível de confiança de 95%. Os resultados foram ponderados para representar a população brasileira das classes ABC.

Legal a oportunidade que o Rodolfo teve né? Também quero chegar lá! 🙂

Diário do Perné – 001: O preconceito ao Surdo no trabalho

Hoje vou iniciar essa série. Um diário em que falo o que der na telha, o que sinto e o que penso, e realmente o que precisa ser dito.

E querem saber? Estou realmente cansado, frustrado e mais uma série de palavras relacionadas.

A falta de acessibilidade no Brasil não é pra amadores, e o preconceito e a desinformação reina absolutamente com sua grandeza, orgulho e incompetência. Digo isso, principalmente de pessoas ligadas ao setor de recursos humanos no meu trabalho, que tem uma cabeça tão pequena, e uma vontade menor ainda de me ajudar a crescer na empresa como ser humano e profissional surdo.

Muitas vezes parece que muitos escolhem a segunda opção: SER INCOMPETENTE.
Imagem: Reprodução da Internet

Estou lá a 15 anos, entrei como surdo, na vaga determinada pela lei para pessoas com deficiência. Mas na época minha perda auditiva não era tão ruim como agora, mas eles não são capazes de compreender isso.

Quando na convocação ficamos por quase 3 meses em curso preparatório exigido para o cargo em Belo Horizonte, e já iniciei minha jornada inclusiva na empresa discriminado, a justificativa era que não podia ter interprete pois ainda não éramos funcionários (havia outro surdo na turma).

E agora, 15 anos depois, o vexame prevalece, e o preconceito velado na empresa ainda existe, e hoje tenho que provar que sou surdo e realmente preciso de interprete para reuniões e cursos.

Me sinto explorado, e descartado, como se anos de trabalho duro não valesse a pena, e viro piada para os profissionais de Rh e para colegas de trabalho quando peço mais compreensão e acessibilidade.

Veja também:

Etiqueta corporativa inclusiva e o ambiente de trabalho mais produtivo

Profissionais com deficiência devem receber as mesmas condições de inserção, permanência e progresso funcional que os demais colaboradores

Hoje quero compartilhar com vocês este artigo que recebi do Heberton do Grupo Halo, que fala sobre a igualdade e respeito as pessoas com deficiência – pcd, quando no local de trabalho. Afinal, não basta dar a vaga e deixar as pcd fazendo que “dá”, ajudando-as “quando podem”. Não é assim.

Tanto é que no meu local de trabalho, muitas vezes me senti discriminado por falta de desconhecimento dos colegas de como lidar melhor com uma pessoa surda. Vamos ao artigo?

Ser uma organização inclusiva vai muito além de apenas contratar profissionais com deficiência para o quadro funcional com o intuito de apenas cumprir as determinações da Lei de Cotas. E é com essa ideia que o Instituto Ester Assumpção, entidade sem fins lucrativos e sem apoio governamental, que tem o objetivo de promover a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, atua para conscientizar gestores e promover estratégias que fomentem a percepção do potencial produtivo destes indivíduos. E a etiqueta corporativa inclusiva faz parte das ações para promover uma cultura organizacional sem preconceitos e, consequentemente, mais que gere mais resultados.

Reprodução

A psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção, Cíntia Santos, afirma que a inclusão é uma via de mão dupla. “Tanto os profissionais com deficiência quanto as empresas têm direitos e deveres. Os colaboradores devem se esforçar ao máximo para desempenhar suas funções e as organizações têm como obrigação zelar por um ambiente favorável, tanto nas estruturas físicas, quanto no clima interno. E isso é possível conscientizando os funcionários e gestores em um trabalho de quebra de preconceitos”, destaca a especialista.

Para a disseminação da etiqueta corporativa inclusiva, Cíntia Santos revela que existe uma série de desafios. “O processo de inclusão de profissionais com deficiência no ambiente de trabalho deve levar em conta as dificuldades que os indivíduos com e sem deficiência enfrentam nessa convivência. É fundamental que, ao incorporar em seu quadro de empregados profissionais com deficiência, a empresa prepare seu público interno e a equipe do Instituto Ester Assumpção coleciona casos de sucesso conquistados através das consultorias realizadas com organizações que precisavam de ajuda para se tornarem mais inclusivas”, conta.

Dicas da especialista

É comum ler e ouvir o termo ‘pessoa deficiente’, mas a psicóloga Cíntia Santos diz que essa não é a melhor forma ao se referir aos indivíduos com a condição. “O correto é dizer ‘pessoa com deficiência’, seguido pelo grupo à qual pertence, como a pessoa com deficiência física e pessoa com deficiência intelectual. No ambiente de trabalho, é mais adequado utilizar a nomenclatura ‘profissional com deficiência’, cuja sigla é PCD. Mas é importante dizer que, ao se dirigir ou se referir à pessoa, deve ser usado seu nome, evitando usar a sua deficiência como uma referência”, diz.

Muitas vezes, é normal que surjam curiosidades sobre a forma como a pessoa com deficiência lida com algumas situações do cotidiano. Porém, Cíntia Santos alerta que o bom senso deve ser um norteador das ações. “Fazer perguntas sobre a deficiência muito pessoais ou íntimas pode ser deselegante, constrangedor e invasivo. Há casos em que é necessário levantar algumas questões, como numa entrevista de emprego, em que as perguntas sobre a deficiência são essenciais para verificar a adequação à vaga oferecida e avaliar a necessidade de adaptações na empresa para receber o profissional contratado”, destaca a psicóloga.

Os colegas do profissional com deficiência podem não saber como ligar nas situações em que a pessoa tiver dificuldades para realizar alguma atividade. A psicóloga destaca que não é preciso ter receio em ajudar. “Se não souber como fazer, peça a ela orientação e respeite seus limites. Não faça nem mais nem menos do que for solicitado. Em situações embaraçosas, saiba que o respeito, aliado à delicadeza, sinceridade e bom humor, sempre ajudam a resolver. Outro ponto importante, principalmente aos gestores, é que o profissional com deficiência deve ser tratado como qualquer outro colega de trabalho. Mas, para isso, é necessário lembrar que as condições de trabalho e tratamento devem ser igualitárias em relação aos empregados com e sem deficiência. Para isso, a organização deve fazer todas as adaptações que o profissional com deficiência necessite para realizar suas atividades, desde rampas de acesso até cursos de formação e aperfeiçoamento, tanto dele quanto da equipe” salienta Cíntia Santos.

E a cultura de inclusão não termina com nas dependências físicas da organização. Cíntia Santos reforça que as atividades envolvendo os empregados não são apenas as realizadas no ambiente de trabalho. “Os compromissos externos, sejam de trabalho ou sociais, que envolvam profissionais com deficiência, como, treinamentos, cursos e confraternizações, devem ser planejados com base na especificidade da deficiência. Os locais e meios de transporte devem possuir condições de acessibilidade, garantindo o deslocamento e a participação em condições de igualdade. Outra situação bem comum é que muitas vezes os profissionais com deficiência precisam de equipamentos e acessórios para suprir suas limitações, como cadeiras de rodas, muletas, bengalas, próteses e guias. Esses objetos são pessoais, e só devem ser tocados e manejados quando solicitado, e claro, com o respeito como norteador de qualquer conduta, E se surgir alguma dúvida no relacionamento com o colega com deficiência no ambiente de trabalho, basta agir com respeito, empatia e bom senso”, completa a especialista.

Instituto Ester Assumpção

Fundado no ano de 1987, o Instituto Ester Assumpção é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada por Ester Assumpção, educadora nacionalmente conhecida pelo caráter pioneiro e inovador no campo da educação. A instituição atua no campo da inclusão da pessoa com deficiência e tem como foco contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade seja aceita e respeitada na sua integralidade. As principais frentes de atuação são a qualificação e inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e a consultoria para que as organizações se adequem e cumpram o papel social de promover a inclusão.

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