Quando falamos SIM, e queremos falar NÃO.

Você já disse SIM para algo a que preferia dizer NÃO? Ou, você disse NÃO, para algo que gostaria de experimentar? Ou aquele  sonho que você tem, e que provável que não conseguirá realizar,  embora seja interessante tentar?

Pense que aconteceu com você na última semana, ou talvez nos últimos 30 dias ou quem sabe no último ano. Alias, quantas vezes na sua vida isso já aconteceu?

Agora pense: ainda é possível voltar atrás? Ou essa decisão é possível ser mudada? Talvez seja…

Que tal então, fazer valer a pena dessa experiência da próxima vez para dizer SIM?

Mas talvez não seja possível. Então, vamos levar essa experiência e buscar o que podemos aprender com a mesma. E começar agora a estabelecer o que chamamos de limites. E tanto é que já dizia a música, “Dizer não é Dizer sim”, gravada em 1989, pela Banda Kid Abelha e composta por Paula Toller, George Israel:

Dizer não é dizer sim, 

Saber o que é bom para mim

Não é só dar um palpite,

é mostrar o meu limite (…).

Qual é o seu limite? A resposta a esta pergunta, cabe apenas a você. E a reflexão para a mesma é crucial para dar o SIM ou o NÃO.  No final, veja o que é bom para você. Arrisque-se se necessário! Se decidir-se pelo SIM ou pelo NÃO, lembre-se de fazer isso por quem realmente merece, mas não esqueça de você.

Mas ao impor seus limites ao seu SIM ou Não, é necessário também impor limites a como os outros devem se portar com você: Você não precisa aceitar quando alguém se dirige a você de uma maneira que não lhe agrada, ou quando não o trata com gentileza e respeito. E não importa se é o seu chefe, a sua sogra, o papa, o rei ou seu melhor amigo.

Tampouco importa se aceitava a situação que se sempre foi assim. Lembre-se que nunca é tarde para impor limites. Comece hoje a lutar por você, pelo poder do SIM, pela força do seu NÃO.

Texto: Thiago Perné Santos – para o Blog dos Pernés

Where are you from? — By Álvaro Fernando

Todos que já viajaram para fora do Brasil, muito provavelmente, já ouviram a famosa pergunta “Where are you from?”. E também já devem ter percebido que o interlocutor geralmente reage com uma cara boa após ouvir a resposta: Brasil. Depois de viajar para muitos lugares, percebi que isso só ocorre porque todos gostam do nosso país, ao contrário do que dizem muitos brasileiros (da boca pra fora) – por mais incrível que isso possa parecer;

Quanto mais viajo pelo nosso país, me apaixono por ele. Recentemente, fiquei oito dias em uma tribo Huni Kuin, isolada no Acre, mergulhei em seus costumes, conheci a função de cada um e explorei a maneira de como vivem bem. Esse momento foi muito precioso na minha volta, quando passei a ter uma percepção diferente sobre o meio que vivemos, sobre a rotina urbana.

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Resolvi analisar e falar sobre esse assunto em minhas palestras. Como podemos ser melhor para o meio em que estamos inseridos e para a sociedade? O Brasil é um lugar sem guerras, sem acidentes naturais, rico em beleza e natureza, com um povo alegre, sensível e hospitaleiro. Um povo capaz de construir em apenas 200 anos cidades modernas e maiores que as da Europa.

Encaramos com naturalidade o fato de muitas de nossos municípios possuírem 700 mil habitantes ou mais, a mesma população de Oslo, capital da Noruega, e Amsterdam, capital da Holanda. Nossas capitais estaduais, então, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, são muito maiores que a grande parte das mais famosas cidades europeias.

O Brasil é um enorme sucesso! É um “país-bebê”, que cresce nesse mundo conturbado e cheio de disputas, que sofre com a invasão midiática e o constante ataque de desconstrução de nossa cultura em troca de vantagens financeiras e descaso pela diversidade cultural.

Continuaremos seguindo sem perder nossa natureza essencialmente boa e nosso jeito irreverente de enxergar o amanhã com bom humor. Penso que estamos vivendo um momento em que a autoestima é de grande relevância para o alcance individual da felicidade. Este artigo não tem um apelo missionário ou pedido de adesão a qualquer comportamento, mas sim de uma reflexão sobre aquilo que pensamos ser ou significar.

Não tomarei o caminho de exibir estatísticas e pesquisas que mostram o sucesso daquilo que alcançamos, como ser um exemplo ao planeta no combate à Aids, o único país do mundo onde o tratamento é 100% gratuito e acessível a todos, o único país do mundo que anuncia o resultado de suas eleições no mesmo dia, mas gostaria de salientar que todo tipo de pesquisa sem um pingo de credibilidade costuma desvalorizar o Brasil a todo instante. Não caia nessa! Conecte-se com aquilo que temos de maravilhoso.

A percepção positiva sobre o seu país é fonte de grande inspiração e vontade de viver. É um bem que fazemos a nós mesmos dentro de nossa individualidade, na busca de nossos desejos particulares por uma vida que valha a pena. E se você, assim como eu, responde Brasil quando ouve um “Where are you from?”, aproveite! A vida é uma só.


*Alvaro Fernando é especialista em comportamento, habilidades conversacionais e em comunicação e persuasão. Fernando é premiadíssimo compositor de trilha sonora, vencedor de três leões em Cannes, duas medalhas em New York Festival e três estatuetas no London Festival. 


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