Com um
movimento crescente em direção a acessibilidade e a sensibilidade às
necessidades especiais dos hóspedes, várias empresas estão adotando
medidas proativas para garantir que todos os seus visitantes desfrutem
de uma experiência
acolhedora e inclusiva.
A
hotelaria tem se esforçado para atender às diversas necessidades dos
hóspedes, mas a inclusão de crianças autistas e PcD representa um
desafio específico que requer abordagens adaptativas e estratégias
especializadas. No entanto, muitos hotéis
no Brasil estão não apenas reconhecendo essa urgência , mas também
investindo recursos significativos para garantir que todos se sintam
atendidos durante sua estadia.
Como por
exemplo, o desenvolvimento de atividades especificamente projetadas
para crianças autistas. Essas iniciativas incluem espaços tranquilos e
seguros, livres de estímulos excessivos, onde as crianças podem se
sentir confortáveis e relaxadas.
Além disso, treinamento de equipe para entender melhor as necessidades
específicas das crianças autistas, promovendo um ambiente acolhedor e
compreensivo.
A
sensibilidade da equipe é fundamental para o sucesso da inclusão.
Muitos hotéis estão implementando programas de treinamento que educam
funcionários sobre como interagir e atender às necessidades específicas
de crianças autistas e pessoas
com deficiência.
De
acordo com dados sobre o Ministério do Turismo em todo o país, 77% dos
turistas com deficiência consideram a acessibilidade na escolha de
destinos e atrativos turísticos. Isso é um ponto positivo para
estabelecimentos que estão reformando suas
instalações para garantir que todas as áreas sejam acessíveis, desde
quartos adaptados até espaços comuns e áreas de lazer. Rampas,
elevadores adequados, banheiros acessíveis e sinalização clara são
apenas algumas das medidas adotadas para
melhorar a acessibilidade e a conveniência para hóspedes com
deficiência.
Alguns
estabelecimentos também oferecem espaços voltados 100% para crianças
com essa condição, como por exemplo: crachás e pulseiras, equipes
treinadas para lidar com várias situações, identificar possíveis
comportamento de crise,
abafadores de som, a comunicação correta com a família e com as
crianças, entre outros. Essa evolução não apenas enriquece a experiência
de viagem deles, mas também fortalece a reputação da hotelaria
brasileira como um setor inclusivo e
progressista.
Em
resumo, a inclusão na hotelaria não é apenas uma questão de
conformidade, mas uma oportunidade para criar um ambiente acolhedor e
acessível para todos os hóspedes, independentemente de suas necessidades
especiais. Com o compromisso contínuo das
empresas e a conscientização crescente, o futuro promissor da inclusão
na hotelaria brasileira está cada vez mais próximo da realidade.
*Veronicah Sella é cofundadora da Criamigos, empresa de experiências interativas, emocionais e encantadoras.
Empresa preparou equipamento inédito para atender os mais de 6,5 milhões deficientes visuais no país
A Valid, maior integradora de soluções em identificação segura do Brasil, acaba de lançar o primeiro cartão bancário totalmente em braille do país, trazendo maior independência financeira e melhor experiência de compra para brasileiros com deficiência visual.
Esse é um diferencial importante
especialmente na usabilidade para compras online e demais situações em
que se faz necessário informar todos os dados do cartão. Até então, as
alternativas que já existem no mercado ofereciam apenas trechos em
braille, como o primeiro nome e os últimos dígitos do cartão, ou
etiquetas em relevo coladas sobre um cartão convencional.
Para viabilizar o cartão 100% braille, a
Valid adquiriu um módulo que é acoplado ao maquinário já existente, que
permite a produção em escala e facilita o desenvolvimento do mercado de
cartões em relevo.
“Nosso objetivo foi criar uma alternativa
mais completa para as necessidades da população com algum grau de
deficiência visual, e acreditamos que esse é mais um passo importante
rumo à inclusão e à independência financeira dessas pessoas”, afirmou
Cristina Bonafé, diretora de Banking e Meios de Pagamentos da Valid.
Os cartões já estão disponíveis para os
clientes do Banco do Brasil (BB), que trabalhou em conjunto com a Valid
para o desenvolvimento da novidade. Segundo Bonafé, a expectativa para
esse mercado é positiva e a companhia já trabalha para que outras
instituições passem a oferecer essa opção.
Outros tipos de cartão
A Valid já tem também em seu portfólio
cartões com design sensorial, que traz bordas com diferentes recortes
para facilitar a identificação por pessoas com deficiência visual.
Assim, esse público consegue rapidamente diferenciar cartões de crédito,
débito e pré-pagos antes de retirá-los da carteira.
“Essas soluções podem ser combinadas,
oferecendo cartões com bordas recortadas e impressão 100% em braille.
Além disso, também temos opções para confecção de cartões em metal ou
com plástico reciclado, feito com as aparas da produção de outros
cartões”, comentou Bonafé.
Com 66 anos de história, a Valid está
entre as dez maiores fabricantes de cartões bancários do mundo e, no
Brasil, atende as principais instituições financeiras do país. A empresa
trabalha ainda na digitalização de serviços públicos e produção de SIM
Cards (chips telefônicos), sendo responsável pela emissão de 60% dos RGs
e 80% das CNHs no país.
Sobre a Valid (B³: VLID3 ON)
A Valid é a maior integradora de soluções
de identificação segura do Brasil, atuando em ecossistemas de ID, mobile
e meios de pagamento. A empresa alia soluções que auxiliam a
transformação digital na vida das pessoas, apoiando em diferentes
jornadas, como autenticações, autorizações, monetização, transações e
autorizações, nos setores público e privado.
Capaz de entregar soluções complexas
graças à sua expertise de 66 anos no mercado, com alta volumetria e
envolvendo dados sensíveis, o mindset da empresa é de promover a própria
disrupção ao integrar as melhores tecnologias disponíveis, aliando
inovações a produtos e serviços existentes para facilitar e melhorar a
vida dos clientes. Atualmente, conta com mais de três mil colaboradores
em 15 países trabalhando para oferecer um mundo mais fluído, conectado,
confiável e seguro.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos,
referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, tem
desempenhado um papel fundamental na promoção da inclusão e
acessibilidade para pessoas com deficiência visual. A Fundação, que
possui uma das maiores gráficas braille em capacidade produtiva da
América Latina, teve a implementação, em novembro de 2023, de uma
plataforma que tem como principal objetivo potencializar a editoração
dos materiais em braille.
A Plataforma Braille foi implementada para resolver, de maneira eficaz, o desafio de integrar as habilidades de transcrição em braille com as de diagramação, utilizando ferramentas intuitivas, similares a softwares populares de processamento de texto. O projeto tem como meta principal aumentar a eficiência da equipe editorial, resultando na ampliação do potencial de acessibilidade por meio da produção mais ágil e do acesso a uma variedade crescente de títulos.
O Ecossistema Braille já contribuiu
com a transcrição de mais de 120 títulos didáticos, na etapa de
linearização, fase inicial do processo de produção. Com o uso da
plataforma, a expectativa é elevar a capacidade de produção editorial de
20 mil para 60 mil páginas por mês, em média.
“O interesse na alfabetização em
braille, que cresce a cada dia, destaca a importância desse sistema para
a autonomia e inclusão social das pessoas cegas, além de impulsionar a
inclusão educacional e cultural. O projeto da Fundação desempenha um
papel significativo nesse avanço, facilitando o acesso a materiais
capazes de promover o desenvolvimento da leitura tátil”, comenta Bárbara
Carvalho, Coordenadora de Produção Acessível da Fundação Dorina.
Comprometida com a educação inclusiva, a Fundação Dorina Nowill para Cegos concentra seus esforços na produção e disponibilização de livros didáticos em braille, visando atender às necessidades específicas desse público. A Fundação tem como meta que, até 2025, todos os estudantes cegos e com baixa visão tenham acesso imediato aos seus livros no primeiro dia de aula. A projeção de produção na gráfica para 2024, considerando vendas comerciais, PNLD e Projetos internos, está em cerca de 11 milhões de páginas impressas. Contudo, com os avanços da plataforma, a Fundação já considera atingir cerca de 14 milhões. Essa iniciativa reforça o compromisso contínuo da Fundação em proporcionar igualdade de oportunidades educacionais para todos.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é
uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 77
anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos
cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e
especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e
mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão
educacional e profissional.
Responsável por um dos maiores
parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a
Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e
distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio,
impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio
gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações
de todo o Brasil.
A instituição também oferece uma gama
de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas,
audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade
arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores,
conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina
Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um
trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia
e dignidade às pessoas com deficiência visual.
Sessenta e três sinais formados pela combinação de seis pontos dispostos em duas colunas. Para alguns, é uma gravação em relevo em superfícies que representam palavras, para outros, é a possibilidade de oferecer liberdade e protagonismo para que pessoas com deficiência visual possam compreender, interpretar e se comunicar com o mundo ao seu redor. O braile vai além dos pontinhos, e forma dezenas de símbolos diferentes, com os quais é possível representar letras, números, sinais de pontuação, acentos, símbolos matemáticos, notação musical, entre outros sinais – e sua existência e implementação, ainda tímida, não são o suficiente.
A inclusão deve ser tema central na evolução de qualquer sociedade, e a tecnologia emergiu como uma ferramenta poderosa para quebrar barreiras e criar oportunidades para todos. Em uma era em que a inovação desempenha papel crucial na criação de novos produtos, soluções e experiências, a mesma deve entender essa responsabilidade como inclusiva.
Segundo pesquisa do Grupo de Especialistas em Perda de Visão (VLEG) publicada em 2021, a população com cegueira e deficiência visual deve dobrar até 2050. Diante desse cenário, nós temos que trabalhar para que a comunicação chegue a todos, de maneira efetiva, o mais rápido possível. E como qualquer inovação, o desafio da inclusão requer criatividade, saída da zona de conforto, adaptação de espaços, estruturas, produtos, hábitos e culturas.
Foi a partir do reconhecimento da urgência desses avanços, que surgiu a primeira lata de bebida com braile impresso do Brasil. A água na lata da Minalba, que por si só já é uma inovação, e representa um progresso e uma solução sustentável para o consumo de um bem essencial, possui uma tampa desenvolvida pela Ball Corporation com consultoria da Fundação Dorina Nowill para Cegos, e representa um salto significativo na acessibilidade para as pessoas cegas e com baixa visão. Essa iniciativa não é apenas um avanço técnico, mas um passo essencial na direção de uma sociedade mais equitativa, e reflete o poder da inovação e seu impacto direto na promoção da inclusão social. Com o braile impresso na tampa da lata, o protagonismo do consumo se expande para pessoas com deficiência, que passa a ter autonomia para escolher sozinha o que quer beber.
A acessibilidade não é apenas uma questão de conveniência, mas um direito fundamental. A tecnologia desempenha um papel fundamental ao tornar os produtos e serviços acessíveis a todos, independentemente de suas habilidades físicas ou sensoriais. A água em lata com braile na tampa não é apenas uma inovação na indústria de embalagens, mas uma declaração ousada de que a inclusão não deve ser uma reflexão tardia, mas uma consideração primordial em todos os aspectos do desenvolvimento.
Além disso, essa colaboração exemplar ressalta como as parcerias entre empresas, organizações sem fins lucrativos e fundações podem gerar mudanças positivas e duradouras na sociedade. Quando o setor privado se alinha com organizações comprometidas com a inclusão, o resultado não é apenas produtos mais acessíveis, mas também um impulso à conscientização sobre a importância da diversidade.
A inovação, portanto, não deve ser vista apenas como um meio para aumentar a eficiência ou reduzir custos. Deve ser encarada como uma ferramenta transformadora capaz de quebrar barreiras e construir pontes entre as pessoas. A água em lata com braile na tampa é um exemplo tangível de como a tecnologia pode ser empregada de maneira criativa e positiva para atender às necessidades de todos os membros da sociedade. À medida que celebramos conquistas como essa, é imperativo que continuemos a incentivar a inovação orientada para a inclusão em todos os setores. Esse é só um passo para uma mudança cultural que encare a acessibilidade como intrínseca a todas as formas de progresso.
Nesse cenário, a lata com braile impresso na tampa é mais do que uma embalagem inovadora. É um lembrete inspirador de que, por meio da inovação e da tecnologia, podemos criar um mundo onde cada indivíduo, independentemente de suas habilidades, tenha a oportunidade de participar plenamente na sociedade. É dar a liberdade de escolha para a pessoa com deficiência do que consumir, sem mediações. Essa é uma jornada na qual todos devemos embarcar, trabalhando juntos para construir um futuro verdadeiramente inclusivo e acessível para todos.
Sobre a Ball Corporation
A Ball fornece soluções inovadoras e sustentáveis de embalagens de alumínio para clientes de bebidas, cuidados pessoais e produtos domésticos, bem como aeroespacial e outras tecnologias e serviços. A companhia e suas subsidiárias empregam 21.000 pessoas em todo o mundo e registraram vendas líquidas de US$ 15,35 bilhões em 2022. Na América do Sul, a empresa conta com 13 unidades de produção, distribuídas entre Brasil, Chile, Argentina e Paraguai. Para mais informações, acesse www.ball.com e siga o VADELATA – movimento em prol da lata de alumínio, a embalagem mais amiga do meio ambiente – no Instagram e no Facebook.
Apesar de importantes avanços legais, com adoção de leis e normas técnicas, assegurar que os 18,6 milhões de brasileiros que têm alguma severa dificuldade motora, visual ou de cognição tenham sua mobilidade respeitada, ainda é uma tarefa desafiadora. Especialista no assunto, engenheiro traz orientações em projetos que fazem toda diferença
Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Em números gerais, isso significa que 18,6 milhões de brasileiros apresentam severas limitações de locomoção, de visão e de cognição. É fato que as pessoas com deficiência (PcD) no país conseguiram, nas últimas duas décadas, vários e importantes avanços legais com a promulgação de leis e normas técnicas que buscam promover o bem-estar e segurança dessa significativa parcela da população. No ano 2000, foi promulgada a Lei de Acessibilidade (10.098/2000) que estabeleceu, em todas as esferas do poder público, diretrizes gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Mais recentemente foi promulgada a Lei Brasileira de Inclusão, (13146/15), ampliando o tema.
Apesar dos avanços legais, segundo informa o engenheiro civil Augusto Cardoso Fernandes, que foi coordenador de acessibilidade do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e co-autor do livro “Acessibilidade: 14 profissionais e 1 propósito”, garantir na prática a acessibilidade a todos ainda é tarefa difícil. “Em termos de legislação estamos bem servidos, o desafio fica por conta da implementação”, diz.
Indo além das calçadas acessíveis, que já são obrigatórias nas cidades brasileiras, a acessibilidade precisa acontecer também dentro dos prédios e apartamentos. Para que isso aconteça, conforme explica Augusto, a construtora deve disponibilizar ao consumidor uma planta adaptada para o apartamento, caso ele necessite de medidas acessíveis. “Hoje nós recomendamos que os projetos sejam desenvolvidos com o desenho universal, ou seja, que já atenda o quesito básico da acessibilidade”, afirma.
Justamente para aprimorar as medidas acessíveis dentro de seus empreendimentos, a GPL Incorporadora convidou o engenheiro para dar uma consultoria nos canteiros de obras acerca das normas técnicas de acessibilidade. “O objetivo é ajudar a equipe de engenharia a desenvolver o olhar mais apurado para os pequenos detalhes que precisam ser observados para que a acessibilidade se concretize”, informa Augusto, que vem acompanhando a execução dos projetos da construtora.
Além do extenso Know how técnico como engenheiro civil há mais de 22 anos, Augusto Cardoso traz também o ponto de vista de quem sente na pele os desafios de se locomover livremente e com segurança. O engenheiro é cadeirante desde 1992, em virtude de um acidente enquanto praticava judô. “Um pequeno desnível, um grau de inclinação a mais na rampa, a falta de um corrimão ou uma porta mais estreita fazem diferença no dia a dia de quem precisa da acessibilidade”, expõe.
Com base no conhecimento técnico e na sua vivência, o engenheiro Augusto Cardoso lista, a seguir, dez medidas relativamente simples, mas que tornam realmente eficaz a acessibilidade dentro dos prédios residenciais e comerciais. Confira:
1 – Rampas
Com o objetivo de permitir a entrada de moradores e passantes a um prédio, as rampas são de extrema importância. Levando em consideração que a sua utilização é essencial para pessoas em cadeira de rodas e com mobilidade reduzida, se faz necessário uma inclinação e largura adequadas. Segundo observa Augusto Cardoso, o ideal é que as rampas tenham uma inclinação entre 5% a 8,33%.
2 – Corrimãos
As barras laterais de apoio para as mãos são imprescindíveis nas rampas e escadas. O ideal é que haja duas barras, uma a 70 centímetros de altura, que irá atender pessoas com baixa estatura, crianças, cadeirantes; e a outra com altura de 92 centímetros, para atender pessoas mais altas.
3 – Piso tátil
Também conhecido como placas com relevos fixadas ao chão, o piso tátil tem por finalidade alertar ou guiar o percurso de pessoas com deficiência visual. Dentro de um condomínio, o piso tátil de alerta é o mais utilizado e esse meio de sinalização deve estar instalado em todas as áreas onde há algum desnível entre pisos, como no início e no final de escadas e rampas e em frente à porta de elevadores.
Nas calçadas, são utilizados tanto o piso tátil de alerta quanto o direcional, que servem para mostrar um caminho seguro sem obstáculos. Vale ressaltar que, apesar de ser voltado para pessoas com deficiência visual, as cores dos elementos importam. “A maior parte das pessoas com deficiência visual tem um percentual baixo de visão. A existência de sinalização tátil com cores contrastantes com o piso existente ajuda a identificá-los e inibe acidentes, enquanto quem tem a perda total da visão, utilizam as faixas em alto-relevo como guia promovendo mais autonomia”, salienta o engenheiro.
4 – Largura dos corredores
Seja nos espaços internos ou externos de um edifício, os corredores devem ser projetados para atender, de forma confortável, o fluxo de pessoas que ali residem ou frequentam. Para corredores com extensão de até quatro metros, onde passa apenas uma pessoa por vez, as dimensões devem ser de 90 centímetros de largura. Já para permitir a passagem de uma pessoa e uma cadeira de rodas juntos, os corredores devem ter dimensões de 1,20 metros de largura, porém, neste caso, a cadeira de rodas não conseguirá fazer um giro para retornar no mesmo corredor.
O ideal é um corredor com largura de 1,50 metros, que além de permitir a passagem de duas cadeiras de rodas ou dois carrinhos de bebê, garante que a pessoa consiga fazer o retorno no mesmo corredor. “Isso permite um fluxo de pessoas e uma facilidade maior de circulação para todos, em especial aquelas com deficiência ou com mobilidade reduzida, o que inclui idosos, gestantes, obesos e mães com crianças de colo”, pontua Augusto.
5 – Medidas das portas
Para assegurar uma passagem segura para cadeirantes, segundo o engenheiro, as portas devem ter, ao menos, 80 centímetros de largura. Vale lembrar também que na lateral da porta deverá existir um espaço adicional de parede com 60 centímetros caso a abertura seja para dentro (puxando), e 30 centímetros quando ela é aberta para fora (empurrando). “Se não há este espaço, a cadeira de rodas ficará em frente ao vão livre da porta, sem espaço para puxá-la ou empurrá-la, dificultando muito a abertura”, explica Augusto.
6 – Desníveis entre ambientes
Um dos grandes desafios da acessibilidade é conseguir garantir um desnível máximo de 5 milímetros entre os ambientes. Você não leu errado, eu disse mesmo meio centímetro. Esse ai é o valor que pode ser deixado entre os ambientes sem que se faça nenhum tratamento. Mas aí vem outras duas variáveis que devem ser levadas em consideração e que também impactam muito na edificação.
A primeira variável é a água. Isso porque, 5mm não é o suficiente para impedir que a água circule de uma ambiente para outro, principalmente naqueles locais que recebem a chuva diretamente nas portas. Sendo assim, a solução antes apresentada era elevar os trilhos das portas que, em contrapartida, inviabilizam a acessibilidade.
A outra variável é o vento, ou melhor o barulho que o vento provoca ao passar pelos frisos das portas. Para atender ambas as variáveis, a GPL Incorporadora optou pelo uso das soleiras inclinadas. Elas são soleiras comuns instaladas com uma inclinação que pode, inclusive, ter meio centímetro na borda no ambiente mais baixo.
7 – Alcance visual
Uma das principais frustrações de um cadeirante e pessoas com baixa estatura é não poder apreciar a vista estando em frente a uma janela. Contudo, de uns tempos para cá esta frustração tem diminuído gradativamente, pois as janelas estão sendo especificadas com tamanhos maiores e que contemplam também uma parte mais baixa, o que permite uma melhor visualização de ruas, parques, enfim, as mesmas coisas que uma pessoa em pé consegue observar.
8- Sinalização
Em todos os ambientes de uso comuns é importante que a sinalização não apenas identifique o ambiente tais como salão de festas, sanitários, brinquedoteca, sauna, mas também tenha uma atenção na escolha das cores, tamanho de letras, que existam pictogramas associados e também tenham o braile. Vale lembrar que estas placas têm que estar instaladas mantendo uma padronização de altura e posição para que seja facilmente identificada pelas pessoas, inclusive as com baixa visão ou cegas.
9 – Brinquedotecas
De acordo com o engenheiro, ainda é muito recorrente a aplicação de mobiliário com quinas, tomadas baixas e pendentes que a criança consegue alcançar a lâmpada. “Eu tenho orientado as construtoras a mudarem estas práticas porque colocam a criança em risco. A acessibilidade também se preocupa com estas medidas de segurança”, diz Augusto.
10 – Banheiro acessível
Espaços mais largos para a manobra da cadeira de rodas, instalação de barras de apoio e posicionamento adequado do vaso, lavatório, acessórios e descarga, são intervenções essenciais em banheiros. Augusto explica as normas de acessibilidade: a altura da descarga deverá estar a um metro do chão. Já a respeito do lavatório, o espaçamento entre a parte inferior ao piso, deve ser de, no mínimo, 65 centímetros sendo que o ideal seria de 73 centímetros, para que cadeirante consiga encaixar sua cadeira embaixo, na hora de usá-lo.
Além disso, é imprescindível ter um botão ou campainha de emergência, para ser acionado em caso de acidentes. É necessário ainda ter um porta-objetos e um cabide fixados entre 80 a 120 centímetros para servir como apoio para as bolsas, mochilas e acessórios usados pelas pessoas.
Apenas 28,3% do total de pessoas com deficiência no país atua ativamente no mercado de trabalho
O século XXI expôs com maior força os diversos problemas estruturais que a sociedade contemporânea possui. Desigualdades, desemprego e os preconceitos são apenas alguns exemplos dos problemas existentes nos tempos atuais.
Mesmo com a busca das empresas em incluir mais pessoas com deficiência no mercado de trabalho, apenas 28,3% deste total atua ativamente em empresas, de acordo com dados do IBGE.
“As dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência ao ingressarem no mercado de trabalho permanecem, dentre as quais se destacam o uso inadequado dos recursos disponíveis para desenvolvimento de programas de emprego, elaboração de avaliações por meio de critérios inadequados, além espaços físico e logístico do ambiente de trabalho organizados de maneira excludente”, explica Ágatha Otero, advogada no Aparecido Inácio e Pereira.
O amparo à pessoa com deficiência na esfera trabalhista está previsto na Constituição Federal de 1988, na Consolidação de Leis do Trabalho (CLT) e foi assegurado de forma mais específica com a entrada em vigor do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Isso porque, a pessoa com deficiência é detentora de todos os direitos trabalhistas assegurados pela CLT.
Nos últimos anos, a atuação mais próxima do Ministério do Trabalho junto às empresas tem feito com que a legislação seja cumprida e consequentemente ajudado na inclusão de mais pessoas com deficiência no quadro de colaboradores das empresas.
“Contudo, apesar do artigo 93 da Lei nº 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social) estabelecer que toda empresa com 100 funcionários ou mais é obrigada por lei a ter de 2% a 5% dos seus cargos preenchidos por pessoas com deficiência, tais objetivos ainda não são plenamente cumpridos”, comenta Ágatha.
A jornada especial de trabalho é um dos direitos do trabalhador PcD, de forma que nenhuma empresa pode deixar de cumprir, já que a obrigatoriedade dessa disposição é prevista em lei.
Na prática, isso significa que qualquer trabalhador PcD contratado que precise de flexibilização do seu horário de trabalho deve ser atendido, sendo obrigação da empresa providenciar uma jornada que respeite as necessidades de saúde. A necessidade da jornada especial deve ser comprovada mediante laudo médico. Além disso, o benefício vale para qualquer tipo de deficiência, seja física, cognitiva ou mental.
É importante que o colaborador PcD possua um ambiente de trabalho adaptado às suas necessidades, o que inclui um banheiro para cadeirantes, rampas e outras modificações físicas que forem necessárias no seu espaço de trabalho. Em algumas ocasiões, a empresa pode optar pelo home office, caso o colaborador necessite de cuidados e assistência.
Empresas brasileiras estão preparadas para ter profissionais com deficiência?
Apesar do avanço estrutural e mais busca na inclusão destes profissionais, parte das empresas ainda não estão preparadas para receber e incluir profissionais PcDs em suas equipes.
“As empresas buscam ter em seu quadro funcional pessoas com deficiência. Porém, grande parte delas não sabe como agir quando esses colaboradores passam a fazer parte da rotina da corporação”, finaliza a especialista.
Sobre a Dra. Ágatha Flávia Machado Otero
Bacharela em Direito pela Universidade Santo Amaro e pós-graduanda em Direito e Processo do Trabalho pela Escola Paulista de Direito.
Para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e acessível para todos seus funcionários em sua sede na capital paulista, a Sanofi iniciou em 2022 uma reformulação robusta em seu escritório, e recebeu no dia 21 de setembro de 2023, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a Certificação Guiaderodas, reforçando seu compromisso com a diversidade e em promover mais oportunidades para grupos minorizados. A meta da empresa é ter pelo menos 7% do quadro total de funcionários no Brasil formado por pessoas com deficiência (PcD) até 2025, e, para isso, vem trabalhando continuamente com contratações afirmativas.
Para Neila Lopes, head de Diversidade e Cultura da Sanofi no Brasil, o investimento em acessibilidade tem relação direta com a forma como a empresa enxerga a sua agenda de diversidade, equidade e inclusão: “Nós trabalhamos ativamente para criar um ambiente de trabalho em que as pessoas se sintam acolhidas para serem elas mesmas, com uma cultura inclusiva e colaborativa. Isso significa estarmos abertos à diversidade, que é fundamental para termos diferentes pontos de vista e melhorar a nossa maneira de trabalhar”, comenta.
O escritório da Sanofi passou por mudanças como ajustes de altura no balcão de atendimento da recepção e em todas as mesas das salas de reunião e refeitório, que agora estão adequadas para cadeirantes; retirada do excesso de mobiliário em áreas de circulação de pessoas, favorecendo o acesso a pessoas com mobilidade reduzida; inclusão de impressoras em módulos rebaixados, para facilitar o uso de cadeirantes e pessoas com baixa estatura; uso de fechaduras acessíveis com abertura via cartão e placas de identificação em braile nos armários de uso pessoal; instalação de banheiros adaptados para pessoas com deficiência; e diversas outras adaptações em áreas como ambulatório, palco para eventos e lactário.
A Certificação Guiaderodas é concedida a empresas que atendem a critérios rigorosos de acessibilidade e inclusão, dentro de 4 eixos: ambiente e instalações físicas; engajamento dos colaboradores; governança; e comunidade. Arquitetos e pessoas com deficiência do Guiaderodas realizaram uma avaliação técnica nas instalações da Sanofi, com o objetivo de verificar a conformidade com as normas e as leis referentes a acessibilidade. Além da conquista da certificação, a Sanofi aderiu à Rede Empresarial de Inclusão Social – Pacto Pela Inclusão de Pessoas com Deficiência.
Um dia inteiro de brincadeiras, leitura, contação de história e espetáculos infantis. A primeira edição do Festival Teatro na Praça chega a Goiás com uma programação em praça pública, com momentos de literatura, recreação e muita cultura e educação para as crianças. Tudo gratuito.
Idealizado pela WB Produções e patrocinado pela Bayer, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o evento vai passar por Jataí, Goiatuba, Goiânia e Posse, nos dias 4, 8, 13 e 18 de agosto, respectivamente. Em seguida, a estrutura será levada para o Tocantins, em Palmas e Araguaína.
Em Jataí, Goiatuba e Goiânia, a programação prevista engloba a Tenda da História Cora Coralina, um espaço com leituras originalmente brasileiras para as crianças, trazendo a importância da leitura e de contos de autores brasileiros, com assuntos pertinentes ao desenvolvimento infantil, com intérprete de libras em todos os momentos; o Espaço da Aventura, onde haverá recreadores e personagens brasileiros fazendo a diversão da criançada com o objetivo de recuperar e resgatar o universo infantil, trazendo brincadeiras que estimulam a integração social, o sistema cognitivo e promovem bem-estar; e o Palco da Diversão, com apresentações do espetáculo teatral “Corinha no Cerrado das Maravilhas”, da Cia de Teatro Flor do Cerrado, com sessões acessíveis com intérprete de libras. Em Posse, o espetáculo teatral será o “Adivinha Adivinhão”, da Cia Voar Teatro de Bonecos.
Além disso, durante todo o dia de festival em todas as cidades estarão disponíveis carrinhos de pipoca com distribuição gratuita, banheiro químico e toda estrutura para garantir um dia seguro e saudável para todas as pessoas presentes. O objetivo é democratizar o acesso ao teatro, com uma programação que visa integrar a comunidade escolar e o público em geral.
Ao todo, grupos de teatro de três estados diferentes se apresentarão neste circuito, que promove um intercâmbio artístico-cultural, difundindo valores da cultura originalmente brasileira em cada lugar. “O Teatro na Praça preza em todo o seu alcance pela inclusão da diversidade social e pela valorização da cultura brasileira, em abordagens socialmente responsáveis a partir de experiências transformadoras em arte para as crianças”, avalia a produtora executiva da WB Produções, Aline Gabetto.
Oficinas movimentam dia anterior ao festival Como ação de contrapartida social do projeto, o Festival Teatro na Praça promove no dia anterior às ações ao ar livre oficinas gratuitas para professores, pedagogos e público em geral. Em Goiânia e Goiatuba, o tema é Contação de Histórias. Já em Jataí e Posse, Jogos Teatrais envolverão os participantes. As oficinas contam com intérprete de libras e as vagas são limitadas. Para participar, os interessados devem se inscrever pelo site www.sympla.com.br.
O Teatro na Praça é apresentado e patrocinado pela Bayer, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura / Governo Federal, Pronac 193664. Apoio Institucional: Prefeituras Municipais de Jataí, Goiatuba, Goiânia e Posse.
Acessibilidade – O Festival Teatro na Praça conta com medidas de acesso a pessoas com deficiência motora, cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Haverá banheiro químico acessível para pessoas com deficiência e espaço reservado na plateia, na praça. Além disso, o evento conta com acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva: intérpretes de libras estarão presentes nas sessões do espetáculo no Palco da Diversão e na Tenda da História durante as leituras.
Sobre a WB Produções Fundada por Bruna Dornellas e Wesley Telles, a WB Produções é uma empresa realizadora de projetos culturais, que tem em seu DNA a missão de produzir experiências transformadoras ao público através da cultura brasileira. Há 16 anos no mercado, a WB realiza projetos originais, e também é responsável por grandes obras premiadas internacionais no Brasil. As atividades de cada projeto realizado estão unidas e ligadas a ODS’s, fortalecendo o legado social da empresa.
Sobre a Bayer A Bayer é uma empresa global com competências essenciais nas áreas de ciências da vida de saúde e nutrição. Seus produtos e serviços são projetados para ajudar as pessoas e o planeta a prosperar, apoiando os esforços para superar os principais desafios apresentados por uma população global em crescimento e envelhecimento. O Brasil é a segunda maior operação da companhia no mundo.
SERVIÇO FESTIVAL TEATRO NA PRAÇA
JATAÍ: 4 de agosto (sexta-feira), das 9h às 16h Onde: Praça Tenente Diomar Menezes (Av. Goiás, 1156-1222, Centro)
GOIATUBA: 8 de agosto (terça-feira), das 9h às 16h Onde: Centro Municipal de Abastecimento e Lazer – Feira Coberta (Rua Rio Branco, 1253)
GOIÂNIA: 13 de agosto (domingo), das 9h às 16h Onde: Praça do Ipê (St. Bueno S/N)POSSE: 18 de agosto (sexta-feira), das 9h às 16h Onde: Praça da Liberdade (Rua Mãe Naninha, 374-458 – Setor Augusto José Valente I)
Classificação: Livre Informações: (27) 2142-5350
Programação Geral: Espaço da Aventura 9h às 10h | 11h às 12h | 13h às 15h Recreação e brincadeiras originalmente brasileiras
Tenda da História Cora Coralina 9h às 10h | 11h às 12h | 13h às 15h Contação de histórias
Palco da Diversão – Jataí, Goiatuba e Goiânia 10h às 11h e 15h às 16h: Peça “Corinha no Cerrado das Maravilhas”Palco da Diversão – Posse 10h às 11h e 15h às 16h: Peça “Adivinha Adivinhão”SERVIÇO – OFICINAS
Jogos Teatrais – Posse (GO) Quando: 17 de agosto (quinta-feira), das 14h às 18h Onde: Teatro Municipal José Antonino da Silva (Rua Robson Ricardo Rodrigues Barbosa, Quadra 8, St. dos Funcionários) Inscrições gratuitas: www.sympla.com.br/evento/oficina-de-jogos-teatrais-em-posse-go/2089730
Vagas: 50 Classificação: Livre Informações: (27) 2142-5350 Acessibilidade: os espaços são acessíveis para pessoas com necessidades específicas e mobilidade reduzida. Também haverá intérprete de libras.
Escrito em letra ampliada, braile e Libras, lançamento infantil dialoga com crianças sobre pluralidade social e união familiar
“A” de Alice, de afeto e também de alfabetização. Em uma brincadeira com as letras unida ao universo lúdico, o escritor Elias Sperandio espera deixar o processo de aprendizagem mais divertido e acessível, para crianças com e sem deficiência visual ou auditiva. Inclusivo, o lançamento infantil As letras de Alice imprime o abecedário em três formatos: com fonte ampliada, em braile e Libras (Língua Brasileira de Sinais) – um QR Code direciona para a história contada em sinais.
No enredo, a jovem Alice e o irmão Kauê se divertem na casa da avó Dora, juntos de tios em um café da tarde com toda a família. Em meio às aventuras de pirata e sapateado no chão da sala, a protagonista leva mensagens sobre representatividade e valorização da cultura negra, ao apresentar nomes importantes da história brasileira, como a poetisa Carolina Maria de Jesus e o jornalista abolicionista Luiz Gama.
Ela escreve na Folha colorida Grandes Histórias de heróis (As letras de Alice, p. 7)
Especialista em produção, adaptação e transcrição de livros em braile, Elias Sperandio traz uma alternativa aos materiais paradidáticos, ao proporcionar uma experiência literária com histórias, personagens e ritmo na narração. “Os leitores em fase de alfabetização precisam do lado imaginativo nesse processo de aprendizagem. Por isso, crianças com deficiências visuais ou auditivas precisam desfrutar de uma literatura inclusiva, pensada e feita para que suas limitações não as impeçam de adquirir a linguagem”, explica.
Publicado com recursos do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o livro terá 700 exemplares distribuídos gratuitamente em escolas públicas. Para receber a obra nas instituições de ensino, educadores devem preencher um cadastro em formulário on-line.
FICHA TÉCNICA
Título: As letras de Alice Autor: Elias Sperandio Editora: Blitt ISBN: 978-65-980012-0-9 Páginas: 20 Formato: 20 cm x 25 cm Preço: R$ 38,00 Onde comprar:Editora Blitt
Sobre o autor: Elias Sperandio é pós-graduado em Formação de Escritores pela ESDC, bacharel em Letras e técnico em Artes Gráficas. Fundador da Studio Braille, é especialista em produção, adaptação e transcrição de materiais, livros didáticos e literários em braile e em fonte ampliada. Participou de inúmeros projetos de publicação na Fundação Dorina Nowill para Cegos, inclusive do programa “Leia para uma criança”, promovido pelo Itaú Social.
Sobre a ilustradora: Jéssica Góes é carioca e desde criança já rabiscava tudo: paredes, guardanapos e livros de matemática. Bacharel e Licenciada em Artes Visuais pela UERJ, utiliza a aquarela como principal técnica para suas ilustrações. Mulher negra, gosta de ilustrar a pluralidade; suas personagens costumam ser mulheres, pretas e indígenas.
Apesar da lei que reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras como ‘meio legal de comunicação e expressão’ completar 21 anos em 2023, os surdos e outras pessoas com algum tipo de deficiência auditiva ainda enfrentam muitos desafios e obstáculos no país, mesmo na hora de acessar os serviços básicos do dia a dia. Pensando nisso, a Help24 (Plataforma de telemedicina) disponibilizará, de maneira inédita e pioneira no país, teleconsultas para pacientes surdos com a ajuda de um interprete de Libras.
“Teremos o primeiro plano de saúde do Brasil com total acesso aos 10 milhões de usuários que dependem da de libras no país. Será um marco para a comunidade surda e um feito histórico para a medicina no quesito inclusão social”, explica Ronnie Girardi, CEO da RG Holding. A Help24 faz parte do conglomerado de 5 Health Techs da RG Holding, sendo uma das maiores empresas do país em saúde digital, com mais de 1 milhão de consultas realizadas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5% da população brasileira possui algum tipo de deficiência auditiva, e parte dela usa a Libras como auxílio para comunicação. O número representa 10 milhões de pessoas no país, sendo que 2,7 milhões delas não ouvem nada. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez no planeta até 2050.
A falta de acessibilidade e de profissionais capacitados acabam tornando o hábito de cuidar da saúde ainda mais desafiador para essa comunidade. As principais queixas incluem a falta de intérpretes e de informações em formatos acessíveis. Além disso, os deficientes auditivos enfrentam também barreiras físicas ao acessar serviços de saúde, pois muitos hospitais e clínicas não contam com estruturas e sinalizações adequadas.
“Diante dessas dificuldades, é fundamental que os planos de saúde ofereçam soluções e profissionais capacitados para promover a inclusão social de pessoas com deficiência auditiva“, ressalta Girardi.
O empresário destaca, ainda, a importância da telemedicina nos dias de hoje, em especial para as pessoas com dificuldade de locomoção ou que moram em áreas remotas. “A telessaúde é um exemplo de como a tecnologia pode transformar a maneira como cuidamos do nosso bem-estar. Na Help24, uma plataforma de telemedicina que reúne especialistas de diversas áreas, a gente disponibiliza assistência imediata e sem precisar sair de casa, além de ter uma rede conveniada de farmácias, laboratórios e clínicas que oferecem descontos aos nossos clientes. Em resumo, utilizamos a tecnologia para garantir o atendimento de forma rápida, a qualquer momento do dia e em qualquer lugar“, finaliza Girardi.