Os 9 passos do Perdão

Se o perdão é tão bom e positivo para o ser humano, por que poucos optam por perdoar quando as pessoas as machucam? 

A resposta pode estar na cultura atual que valoriza mais a expressão da raiva e do ressentimento do que a paz do perdão. Além disso, a maioria das pessoas está confusa sobre o que é e o que não é perdão. As tradições religiosas, geralmente, reforçam a importância do perdão, mas não oferecem as etapas práticas de como fazer.

Liberte-se de si mesmo, e perdoe.
Imagem: Reprodução da Internet

Em seu livro ‘O Poder do Perdão’, o Ph.D Frederick Luskin, um dos maiores estudiosos sobre o perdão e diretor do Forgiveness Projects, da Universidade de Stanford, apresenta um processo, desenvolvido por ele, composto por nove passos que ajudam a pessoa a transformar o ato de perdoar em uma prática habitual e recuperar o controle de sua vida. São eles:

  1. Entenda exatamente como você se sente a respeito do que aconteceu e seja capaz de articular isso, falando a respeito com pessoas de sua confiança.
  2. Assuma com você o compromisso de superar. O perdão é para você, e mais ninguém.
  3. Perceba que perdão não significa, necessariamente, reconciliação.
  4. Adote a perspectiva certa: a principal fonte de sua mágoa é o sofrimento emocional e físico que você está passando agora e não a pessoa ou evento que a causou.
  5. Pratique técnicas de controle de estresse sempre que começar a se sentir irritado ou zangado.
  6. Não espere de outras pessoas aquilo que elas não têm para dar a você.
  7. Estabeleça objetivos positivos e descubra outras maneiras de atingi-los que não seja por meio da experiência que feriu você.
  8. Lembre-se de que uma vida bem vivida é a melhor vingança. Ao focar em suas feridas, você está dando poder à pessoa que o feriu. Aprecie o que se tem ao invés de concentrar-se naquilo que não tem.
  9. Dê um novo significado ao seu passado e inspire-se sempre em sua escolha de perdoar.

Veja também: O poder do Perdão

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O poder do perdão

O mundo vive tempos de forte intolerância, sentimento que tem encontrado terreno fértil nas redes sociais e onde junto com discursos de ódio conquista cada vez mais adeptos. A sociedade está cada dia mais intransigente com as causas diferentes do comum. Já é tempo de repensar os posicionamentos agressivos e apostar na serenidade, empatia, afeto, e no perdão como antídotos para essa hostilidade.

É hora de aprender a perdoar. Um número cada vez maior de pesquisas indica que o perdão proporciona uma série de benefícios à saúde. Qualquer pessoa pode se tornar mais tolerante quando desenvolve hábitos como a empatia, passando a focar no lado bom das coisas.

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O perdão é Liberdade
Foto: Reprodução da Internet

De acordo com Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia, quando não perdoamos os outros, nos colocamos em uma escravidão mental, física e emocional. “E quando permitimos que isso ocorra, a pessoa que nos feriu pode nos colocar em uma gaiola, sendo que somos os únicos que podemos nos libertar dela”, reforça Flora.

Para a especialista, a habilidade de perdoar prevê uma saúde positiva tanto mental quanto física. O ato do perdão protege contra os efeitos negativos do estresse e faz bem tanto à saúde de quem é perdoado como, principalmente, de quem perdoa.

O Ph.D Frederick Luskin, um dos maiores estudiosos sobre o perdão e diretor do Forgiveness Projects, da Universidade de Stanford, concluiu uma extensa pesquisa sobre o treinamento e a medição da terapia do perdão. Sua pesquisa demonstra que esse ato tão importante leva a um aumento da vitalidade física, esperança, otimismo e habilidades de resolução de conflitos.

“Minha pesquisa mostrou que aprender a perdoar ajuda as pessoas a magoar menos. As pessoas que aprendem a perdoar relatam menos sintomas de estresse, como dores nas costas, tensão muscular, tonturas, dores de cabeça e dores de estômago. Além disso, descrevem melhorias no apetite, no padrão de sono, na energia e no bem-estar geral”, afirma Luskin.

Porém, ele adverte que perdoar não é fácil, mas é uma competência que pode e deve ser treinada pelas pessoas que desejam ser feliz. “Perdão não significa que você precisa se reconciliar com alguém que o tratou mal. Se você foi vítima de abuso, agressão ou está em um relacionamento difícil, pode perdoar o ofensor e, como parte dessa escolha, tomar a decisão de encerrar ou limitar o contato com ele. O perdão é principalmente para a sua paz de espírito”, esclarece Frederick Luskin.

Flora Victoria é mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela University of Pennsylvania. Foi considerada a Embaixadora da Felicidade no Brasil por Martin Seligman. É autora de importantes obras como Semeando Felicidade (2017) e Florescimento na Prática (2019) e prepara o seu mais novo livro, editado pela Harper Collins, que será lançado no início de 2020. Possui graduações acadêmicas e especializações nas áreas de Governança Corporativa, pela Harvard Business School; MBA, pela FGV; Marketing, pela ESPM e Tecnologia, pela USCS.

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2019 e a empatia

Em época de ânimos exaltados e que eu fortemente sinto em que a moda é odiar o próximo apenas por suas opniões, ideologias, sentimentos ou ações, a empatia fica em segundo plano.

Não que seja impossível a tolerância, o amor ou apenas  empatia ao próximo, mas se torna um grande desafio conseguir criar empatia e simpatia as pessoas com as quais você não necessariamente se identifica, concorda, ama  – e nem mesmo conhece direito.

Pesquisando sobre o assunto, encontrei na internet uma citação do livro, “ O PODER DA EMPATIA”, que diz:

– “Claro, a ideia não é que você se torne íntimo de todos a sua volta. Além de exaustivo, isso seria impossível. Mas para conseguir desenvolver uma compreensão empática, é necessário estar aberto e disposto a compreender o outro sem colocar suas próprias ideias e opiniões por cima da interação. Isso exige muita sensibilidade, mas também muita inteligência. Até porque, mesmo que você não sinta aquilo que a pessoa sente, pode entender o que se passa”.

A empatia em off, o ranço em On em 2019.
Imagem: CVV.

O amor está extinto, é verdadeiramente me sinto chocado, triste e me repulsa ler postagens nas redes sociais em que aquele que se diz correto e tolerante prega o ódio e até a violência. O ano mal começou, mas famoso “ranço” ainda está na moda!