Governo Federal lança o Canal Educação e o Canal Libras

Na terça-feira (28/04), entraram no ar dois novos produtos de comunicação do Governo Federal que vão contribuir para a melhoria da qualidade da educação e a inclusão da comunidade surda: o Canal Educação e o Canal de Libras. Participaram da solenidade de lançamento, em Brasília (DF), o presidente da República, Jair Bolsonaro, os ministros da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), Cristiane Britto, e da Educação, Victor Godoy, e a primeira-dama da República, Michele Bolsonaro.

Os canais são resultado da parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e o Ministério da Educação (MEC). O Canal Educação será transmitido em televisão aberta digital em multiprogramação nas capitais onde a TV Brasil possui transmissoras (2.3 no Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Luís; e 1.3 em São Paulo). A programação também estará disponível na TV por assinatura e por meio de satélite para escolas com antena parabólica.

Já o Canal Libras será transmitido pela internet, mas parte de sua programação será exibida no Canal Educação. Os conteúdos serão voltados para a rede nacional de educação, desde a educação infantil até o ensino superior, disseminando conhecimento e informação por meio de uma grade especialmente dedicada à comunidade surda.

Além de programas educacionais, serão exibidos, tanto no Canal Educação quanto no Canal Libras, programas de jornalismo. Serão veiculados, também, programas de variedades, como culinária, entrevistas, documentários históricos e contemporâneos, atualidades, perspectivas de futuro, entre outros, tendo uma grade voltada para educar, conscientizar e esclarecer o cidadão.

Inclusão

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro destacou a importância da iniciativa. “Todos somos iguais e temos que dar meios para que todos possam desenvolver a sua capacidade. Isso vem através do conhecimento, da educação. Esses dois canais, em especial o Libras, visa incluí-los em uma política que dê esperança a cada um de vocês”, declarou ao se dirigir aos alunos surdos que estavam presentes.

As políticas de inclusão têm sido uma das pautas prioritárias do Governo e, principalmente, do MMFDH, conforme informou a ministra Cristiane Britto. “Dentre as ações para promover a acessibilidade destacam-se os canais de denúncia Disque 100, Ligue 180 e o aplicativo Direitos Humanos Brasil — que dispõe de um chat em Libras. Além disso, todos os nossos eventos contam com a presença de intérpretes. O ministério também disponibilizou uma cartilha que trata dos direitos da pessoa surda”, enumerou.

Outro avanço do Governo Federal para promover a inserção dos surdos é a Lei nº. 10.436/2002, que instituiu a Língua Brasileira de Sinais (Libras). No último dia 24, a norma completou 20 anos, data relembrada pela presidente do Conselho do Programa Pátria Voluntária, Michele Bolsonaro. “A utilização da Libras é uma forma de garantir a identidade das pessoas surdas e contribuir para valorização e reconhecimento da cultura”, destacou.

Com informações do Ministério da Educação e da EBC

Para dúvidas e mais informações:
agenda.gab@mdh.gov.br

Mulheres surdas também são Mães

Hoje fui convidado a trazer para vocês uma matéria feita pela equipe do Hand Talk. Estes que conversaram com duas mulheres surdas, que dividiram com os mesmos um pouco de suas experiências como mães. Afinal, mãe tem de todo jeito, não é mesmo? Acompanhem abaixo na íntegra:

É importante saber que dentro da própria comunidade surda há uma grande diversidade. Desde CODAs (pessoas filhas de pais surdos), até pessoas que se comunicam principalmente por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais), e pessoas oralizadas, que podem contar com implantes cocleares e se apoiam na leitura labial e na fala para se comunicarem. Com isso em mente, trazemos os depoimentos de Fátima Ducati, mulher surda que usa Libras, e Beatriz Sales, mulher surda oralizada. Ambas representam diferentes espectros dentro da comunidade surda, e nos contam de vivências distintas na maternidade.

As duas mães começaram nos falando um pouco das dificuldades e barreiras que enfrentaram por causa de suas deficiências. A falta de acessibilidade na comunicação já é um problema conhecido há tempos, e a falta de autonomia que isso causa no momento de participar ativamente das vidas dos filhos é frustrante. “Nas consultas pediátricas, sempre precisei pedir apoio de outras pessoas, ou até mesmo da minha filha, para entender o que o médico explicava”, diz Fátima.

Já Beatriz conta ter vivido adversidades diferentes, ao ser uma mulher oralizada. A leitura labial definitivamente se tornava uma aliada no momento de se comunicar, mas não deve ser a única solução para poder participar da criação dos filhos. A pandemia, por exemplo, se apresentou como um grande obstáculo nessas situações. “Uma grande dificuldade que sinto é a da comunicação com máscaras atualmente. Por eu depender da leitura labial, ela se torna um grande obstáculo”, explica.

Apesar das perspectivas diferentes, Fátima e Beatriz concordam que deveria haver mais acessibilidade e inclusão na comunicação com pessoas surdas, principalmente nas áreas médicas e escolas. Fátima comenta que “temos muitas informações e tecnologia, mas nada adianta se não contarmos com a boa vontade e empatia das pessoas em colocar isso em prática”. Beatriz reforça “mais inclusão em hospitais, e comunicação com os profissionais da saúde!”.

Mesmo com diversos desafios externos, a vida dentro do núcleo familiar sempre correu muito bem para ambas, se comunicando por Libras, leitura labial, ou até uma mescla de ambos. “Eu amo ser mãe, e ser surda não foi nenhum impedimento para isso”, fala Fátima. 

Já Beatriz, conta mais a fundo como foi a sua experiência como mulher surda oralizada, enquanto o pai de suas filhas é surdo usuário da Libras. “Minhas filhas são fluentes em Libras, e sempre trabalhei também a prática da leitura labial. A Libras é muito com o pai delas, e comigo mesclamos a leitura labial. Essa experiência das duas formas foi muito importante!”.

Todas as mães têm dificuldades na maternidade, e com as mulheres surdas não é diferente. No entanto, ainda possuímos um longo caminho como sociedade para garantir que elas tenham autonomia e recursos de acessibilidade disponíveis para conseguirem exercer seus papéis como mãe como desejarem, da melhor forma possível, e sem barreiras causadas pela falta de inclusão.

Sobre a Hand Talk

Fundada em 2012, a startup brasileira Hand Talk foca em fazer bom uso da tecnologia trazendo mais acessibilidade para o mundo. A empresa oferece dois produtos diferentes, o Hand Talk App, que realiza traduções digitais e automáticas para Libras e ASL (Língua Americana de Sinais), e o Hand Talk Plugin, que torna sites acessíveis para a comunidade surda com traduções para Libras. Ambas as soluções contam com a ajuda de seus tradutores virtuais, o Hugo e a Maya. Esses dois vão além de apenas traduzir conteúdo, mas também estão aproximando pessoas através do uso da tecnologia e comunicação, aplicada em diversos ambientes, como salas de aula e famílias. Com sua ajuda, a Hand Talk busca quebrar barreiras de comunicação, contribuindo para um mundo mais justo e inclusivo.

Discriminação no ambiente do trabalho é crime

A Constituição da República Federativa do Brasil é clara em seu artigo 5º ao dizer que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Desta forma, todas as pessoas, mesmo diferentes em alguns aspectos, possuem as mesmas garantias. No entanto, mesmo sendo um benefício fundamental e garantido na legislação nacional, ainda existem casos de discriminação no ambiente de trabalho, como aponta André Leonardo Couto, da ALC Advogados. Para o especialista, que tem mais de 25 anos de atuação no direito do trabalho, as distinções relacionadas a gênero, religião, raça e orientação sexual ainda são muito comuns.

Reprodução

De acordo com a Lei 9.029/1995, que veda “qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção…”, atos discriminatórios podem causar demissão por justa causa, como também, ensejar ‘prisão mais multa’ conforme aponta o especialista André Leonardo Couto.

Ele destaca que as empresas devem participar do cotidiano de trabalho de seus funcionários, ajudando sempre a identificar casos de discriminação, mesmo que isolados. “Nem sempre essas situações passam na mesma hora pelo crivo da chefia. No entanto, se as empresas se portam, até midiaticamente, como comprometidas com os seus empregados, não podem permitir que parte de seus colaboradores sofram qualquer tipo de discriminação. Quando algum tipo de distinção é identificada, é necessário que a organização tenha um posicionamento de repúdio a esses comportamentos, fazendo valer o que diz o Artigo 5º da Constituição”, adiciona.

André Leonardo, da ALC Advogados

Segundo André Leonardo Couto, a situação é séria, por isso, ele lembra que nos casos explícitos de discriminação, o agressor pode sofrer consequências conforme lei. “Conforme o Art. 1º da Lei nº 7.716, podem ser punidos os crimes resultantes de discriminação ou preconceito.

Além disso, no Art. 20º, caso ele venha a praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de quaisquer gêneros, poderá ter pena de reclusão de um a três anos e multa determinada pela justiça. Se não for por essa via, pode existir a dispensa por justa causa, já que o TRT de Belo Horizonte confirmou a dispensa de uma empregada em 2017 que dirigiu palavras ofensivas a uma colega de trabalho em razão da cor de sua pele. Para a julgadora do caso, a atitude caracterizou em ‘mau procedimento’, autorizando a dispensa nos termos do Artigo 482 da CLT. Mesmo que seja em casos velados, aqueles onde colaborador é constantemente excluído das conversas do time ou sua opinião é desprezada e alvo de deboche em reuniões, a punição é a mesma”, completa.

Prevenção

O especialista afirma as empresas podem evitar a discriminação no ambiente de trabalho com ações simples e eficazes. “A primeira dica é construir cultura de respeito às diferenças e o melhor caminho para evitar a discriminação no ambiente é transformar o respeito às diferenças em uma prioridade na cultura organizacional. A segunda dica é promover sempre um tratamento igualitário e inclusivo a todos os colaboradores, seja qual for o cargo, a cor, a orientação sexual, o gênero, as escolhas pessoais de cada um. Reforço que a empatia e o senso de colaboração devem existir sempre em todos os momentos da organização, a fim de reforçar e institucionalizar esse comportamento. Mas para criar essa cultura, é bom contratar pessoas que já estejam alinhadas a esse pensamento. É bom ter também profissionais de diversas origens e formas de pensar, para que a diversidade não fique só no discurso. Seguindo isso, tudo caminha da melhor maneira e justa para todos”, conclui o advogado.

ALC Advogados

No mercado há mais de 10 anos, o escritório ALC Advogados é sediado na cidade de Pedro Leopoldo, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com atuação e vários cases de sucesso, o negócio, que tem à frente o advogado André Leonardo Couto, trabalha principalmente nas áreas do Direito do Trabalho, Cível e Imobiliária, com clientes em diversos Estados. Em 2020, o negócio passou a integrar o grupo empresarial ALC Group.

Siga no Instagram @alcescritorio: www.instagram.com/alcescritorio  

Site: https://andrecoutoadv.com.br/ 

Assessoria de imprensa:

Grupo Balo – https://www.grupobalo.com  

Formação profissional em TI para pessoas com deficiência

São Paulo, dezembro de 2021 – A CI&T, multinacional brasileira especialista digital para grandes marcas globais, acaba de lançar, em parceria com o Instituto de Gestão em Tecnologia da Informação (IGTI), um programa gratuito de formação em TI exclusivo para pessoas com deficiência. 

São 500 bolsas de estudo para o curso 100% online, com aulas ao vivo e gravadas, voltadas a alunos de todo o Brasil. Além da qualificação, o projeto oferece oportunidades de trabalho remoto ao final do bootcamp. Podem participar pessoas acima de 18 anos que tenham completado o ensino médio e não é necessário conhecimento prévio na área de tecnologia. As inscrições podem ser realizadas até o mês de janeiro de 2022 no site http://www.igti.com.br/bootcamp/desenvolvedor-ciandt.

O Bootcamp CI&T ensinará conceitos e práticas para iniciantes em Desenvolvimento de Software por meio da utilização das principais ferramentas do mercado: Java, SpringBoot no Back End e Angular no Front End.

Os participantes também terão a chance de aprender a respeito de interface de navegação e ferramentas de interação com o usuário, bem como sobre realizar planejamento, criação, implementação e manutenção da estrutura que forma a base de um site. Ao fim do curso intensivo, o aluno estará habilitado para construir páginas na web e atuar com desenvolvimento de software.

“Com o curso gratuito para pessoas com deficiência, queremos oferecer oportunidades de trabalho equitativas para todos. Nosso objetivo é a formação qualificada na área para que os profissionais estejam aptos a atuar imediatamente no mercado de TI, que é um dos mais promissores da atualidade”, afirma Ana Paula Fraga, gestora de Diversidade, Inclusão e Responsabilidade Social da CI&T. “O bootcamp foi desenvolvido para oferecer todo o suporte necessário para que eles foquem exclusivamente no aprendizado.”

Oportunidade de trabalhar na CI&T

“O propósito do IGTI é oferecer a melhor educação em TI para todos. Para nós é um grande orgulho criar este curso em parceria com a CI&T, que visa desenvolver pessoas com deficiência para atuar em nível profissional ao final de 10 semanas e ainda com possibilidades de oferta de trabalho remoto”, diz Vinícius Bozzi, CEO do IGTI. “Tudo isso com professores altamente competentes, que vão acompanhá-los ao longo da trajetória.”

O curso, que começa no dia 27 de janeiro, terá duração de dois meses. Com 148 horas de conteúdo e aulas semanais por videoconferência para aprofundamento dos temas, o bootcamp será um curso imersivo, com ênfase na prática, por meio da experimentação e aplicação de soluções originais em tecnologia. Além do aprendizado e do certificado de formação, os melhores alunos terão a oportunidade de conquistar uma vaga de emprego na CI&T.

Já fiz minha inscrição e estou aguardando resultado. Será que é o início de uma nova profissão para mim?

SERVIÇO:

Bootcamp CI&T Next Gen Desenvolvimento de Software
Curso online e gratuito para pessoas com deficiência

500 vagas
Inscrições até 24 de janeiro de 2022
Início das aulas em 27 de janeiro de 2022
Duração de 2 meses

O regulamento completo e mais informações sobre as inscrições e o processo de seleção estão disponíveis em: http://www.igti.com.br/bootcamp/desenvolvedor-ciandt

Sobre a CI&T

CI&T é uma digital specialist, parceira na transformação digital de ponta a ponta. Nativos digitais, temos um histórico de mais de 25 anos acelerando o impacto de negócios por meio de soluções digitais completas e escaláveis. Com a presença global de mais de 5.200 profissionais em estratégia, pesquisa, ciência de dados, design e engenharia, desbloqueamos o crescimento de receita, impulsionamos a experiência do cliente e aumentamos a eficiência operacional.

Sobre o IGTI

Fundado em 2006 e recém adquirido pela XP Inc, o Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação (IGTI) passa a integrar a XP Educação, braço educacional da XP. O IGTI é uma instituição de ensino a distância que tem como propósito oferecer a melhor educação em TI para todos. Oferece um portfólio com mais de 80 cursos, entre bootcamps, Imersões Internacionais e cursos de Pós-graduação em diversas áreas, como Agile, Cyber Security, Cloud Computing, Data Science, Development, Gestão em TI, Inteligência Artificial, Transformação Digital e UX, adotando um modelo educacional que oferece ampla interatividade entre alunos e professores e uma nova dimensão de qualidade aos cursos online. O IGTI é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) e foi eleito pela terceira vez consecutiva TOP3 no ranking de empresas mais inovadoras do país no uso de TI, categoria Educação.

Tecnologia Assistiva: proporcionando independência para as pessoas com deficiência


O dia 03 de dezembro, é conhecido como o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e tem se destacado no campo da inovação da Tecnologia Assistiva. Os recursos de Tecnologia Assistiva proporcionam e ampliam as habilidades funcionais das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida

Tarefas do dia a dia como usar os talheres para comer, sentar-se em uma cadeira, escovar os dentes, segurar o celular, digitar no computador são muitas vezes desafios para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e afetam a sua qualidade de vida e independência. Empresas que vem atuando na área da saúde e educação, e que estão preocupadas com essa questão, tem se dedicado a desenvolver e ampliar suas linhas de recursos de Tecnologia Assistiva, buscando apoiar as pessoas para realizarem tarefas cotidianas de um jeito melhor.

Neste Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 03 de dezembro, é importante lembrar que os facilitadores de atividades de vida diária pertencem a uma das categorias da Tecnologia Assistiva. Esta é uma área do conhecimento de característica interdisciplinar, que engloba estratégias, práticas, recursos e serviços a fim de proporcionar ou ampliar as habilidades funcionais das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Fomenta e promove a autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. O processo de desenvolvimento desses produtos parte da relação com as pessoas, colocando-as no centro, para a elaboração e diálogo de co-criação na busca de soluções promovendo a participação em todas as etapas até a legitimação dos recursos.

Em 2021, a Mercur lançou três diferentes kits direcionados aos profissionais de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Educação por entender que suas experiências junto às pessoas e suas reais necessidades possibilitam a indicação dos recursos de Tecnologia Assistiva que melhor atendem a cada uma delas. Os kits são compostos por diversas opções de fixadores, engrossadores, recursos associados à reabilitação, cintas e materiais escolares inclusivos.

Para conhecer os kits, a empresa disponibiliza uma aula on-line gratuita. A partir disso, a Mercur disponibiliza uma formação completa on-line que apresenta cada produto e as potencialidades de uso. Também garante um espaço de troca de ideias, conhecimento e partilha de experiência através de um grupo fechado no Facebook com profissionais da Mercur das áreas de saúde e educação e com outros profissionais que usam as tecnologias assistivas nos seus atendimentos. 

Outra forma de ampliar o acesso aos recursos de Tecnologia Assistiva foi a distribuição de Caixas de Experimentação, gratuitamente, com todos os dispositivos produzidos pela Mercur às instituições que trabalham com pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em 20 municípios do RS. Os profissionais das áreas de educação e saúde que quiserem conhecer e experimentar os recursos precisam entrar em contato com as instituições previamente para verificar a disponibilidade e agendar a retirada da caixa de experimentação. Nenhum valor é cobrado pelo uso, as únicas exigências são a comprovação da atividade profissional e o compromisso da devolução de todos os itens do kit em perfeito estado. 

As Tecnologias Assistivas e a contribuição para a qualidade de vida

Chayene Calmiski Bernardes, 22 anos, casada, que tem paralisia cerebral e tremores nos braços é usuária de alguns desses recursos. Uma mulher alfabetizada, que ao conseguir escrever sua primeira frase, passou a sonhar em escrever um livro. Até participar da oficina de legitimação e ter acesso à Pulseira de Peso da Mercur não conseguia escrever, devido aos tremores. Tinha dificuldade de realizar atividades que necessitassem movimentos mais precisos das mãos. “Eu não conseguia escrever, fazer uma chapinha, uma escova, tudo eu tinha que pedir. Era dependente para tudo isso. Quando me maquiava, por exemplo, ficava sempre borrado. Esse recurso me permite não depender das pessoas e isso é a melhor coisa do mundo”, conta.

Alison Geller, tetraplégico há 11 anos, é membro da Associação de Inclusão de Pessoas com Deficiência Física e junto com outras organizações da sociedade civil tem possibilitado às pessoas cadeirantes recursos necessários para o seu dia a dia. Uma das atividades que o Alison retomou nos últimos anos foi a prática esportiva e tem incentivado que outras pessoas também possam fazer o mesmo por meio do basquete adaptado. A relação com a Mercur se deu no processo de cocriação e legitimação das Cintas de Posicionamento para cadeirantes: “A minha relação com a Mercur vem numa evolução tanto no dia a dia, quanto nas práticas esportivas. As Cintas de Posicionamento nos possibilitam ficarmos amarrados nas cadeiras. Com os treinamentos e os recursos foi possível disputar o primeiro e o segundo lugar no Campeonato Gaúcho de Basquete. Em 2019 fomos campeões gaúchos”, comenta.

Legal né pessoal? Essas duas histórias materializam as referências de trabalho da empresa Mercur, que tem o posicionamento de fazer o mundo de um jeito bom para todo mundo. A decisão é de fazer com as pessoas e estar conectada com aquilo que elas precisam para viver bem.

Me coloco a disposição da Mercur para parcerias caso tenham interesse, de modo que poderia eu mostrar produtos e especificações para vocês.

Dia de Combate à Surdez: Cuidados podem evitar a surdez precoce

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgados em 2020, mais de 10 milhões de pessoas têm algum problema relacionado à surdez, ou seja, 5% da população é surda.


Neste Dia de Prevenção à Surdez, especialista alerta para perigos que levam à perda precoce da audição – Foto:Creative Commons

Entre elas, 2,7 milhões não ouvem nada. Por sua vez, o primeiro Relatório Mundial sobre Audição, lançado em março, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que um quarto da população global, ou o equivalente a cerca de 2,5 bilhões de pessoas, terá algum grau de perda auditiva em 2050. O estudo destaca, entretanto, que cerca de 60% das perdas podem ser evitadas com investimentos em prevenção e tratamento de doenças ligadas à surdez. O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez é neste 10 de novembro e a otorrinolaringologista Alda Linhares de Freitas Borges (CRM 19205), que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, destaca algumas questões sobre o que pode levar as pessoas a uma surdez precoce. Ao contrário do que muitos pensam, o fone de ouvido não é, necessariamente, o personagem malvado da questão. “Ele não é um vilão, mas pode se tornar um. Na verdade, ele vira um problema quando a pessoa faz uso muito prolongado com volume alto”, salienta.

A pandemia fez com que as pessoas se adaptassem ao home office com várias reuniões remotas e ao ensino à distância, aumentando o uso dos fones de ouvido. “Isso torna-se uma preocupação, porque cada vez mais as pessoas estão usando o fone por um período maior e muitas vezes com um volume muito elevado. O ideal é tentar manter o uso por poucas horas no período de um dia, fazendo intervalos de uso, com uma intensidade menor que 50% da potência do aparelho, claro que isso irá depender da potência de cada aparelho, sendo o ideal manter em um volume menor ou igual a 50dB. Para intensidades de som maiores que 70dB, a OMS recomenda o uso do fone por no máximo uma hora ao dia”, detalha a médica.

Outros fatores
Contudo, os fones de ouvido não são os únicos que podem afetar a audição, levando a uma surdez precoce. Alda Linhares explica com o que se deve ter cuidado. “Evitar a exposição a sons muito altos, intensos e súbitos. Fazer proteção auditiva com os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados para aquelas pessoas que estão expostas diariamente, em especial em ambiente de trabalho, a ruídos contínuos e de volume elevado”, afirma.

É preciso se atentar aos sintomas que indicam uma perda de audição. “Sinais comuns são isolamento social, tanto em pacientes jovens quanto nos idosos, mas especialmente nos idosos. Isso decorre da dificuldade de compreensão da fala e distinção de sons, levando a constrangimentos. Outro sinal precoce de perda auditiva é o zumbido. Sensação de abafamento ou pressão nos ouvidos também podem servir de alerta”, pontua a especialista.

Alda Linhares destaca que o ideal é procurar um médico antes dos sintomas começarem. “O certo é sempre fazer uma rotina de prevenção com o seu otorrinolaringologista. É muito melhor a gente prevenir do que remediar essa perda auditiva. A prevenção é ter os cuidados auditivos corretos e manter acompanhamento com um otorrino que possa te orientar”, reforça a especialista que atende na clínica Audilife, no Ório

Release:COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS
Raquel Pinho e equipe

Palavras registradas

Amo trazer histórias, e vocês sabem né?

Quem me acompanha por aqui entende a minha necessidade de trazer fatos, acontecimentos e desabafos. Em 9 anos de registrei bastante palavras de dor, de alegria, de fé e esperança.

Trouxe entrevistas, mas não tinha trazido ainda a história de alguém da minha família, e perdi essa, ou quase.

Gabriel, um conhecido, amigo da nossa família entrou na frente e registrou a entrevista da minha tia Joaninha, no qual vou reproduzir na integra por aqui, e quero convida-los a irem lá no site e estar por dentro de novidades do mundo da Libras. Eu amei cada cantinho.

“Joana Perné, de 53 anos, brasileira, goiana, formada em Letras Libras pela UFSC e atualmente professora de Libras no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento das Pessoas com Surdez, CAS/Goiânia e surda oralizada.

     Joana, você é surda de nascença ou aconteceu algo depois?

  • –  Minha família tem perda auditiva hereditária (avô, pai, irmãos). Nossa perda veio com o passar do tempo. Quando eu tinha mais ou menos 5 anos de idade, minha mãe percebeu que eu não estava ouvindo. Ela me levou ao médico e descobriram que eu perderia a audição à medida que eu fosse ficando mais velha. Eu me lembro de com 12 ou 14 anos de idade falar ao telefone. Então desde pequena aprendi a falar e a fazer leitura labial, graças à incrível ajuda da minha mãe. A ajuda dela foi essencial no meu processo de aprendizagem escolar. Atualmente minha perda auditiva é considerada severa, cerca de 80%.

     Como você aprendeu Libras?

  • –  Depois de um tempo que me tornei Testemunha de Jeová, conheci o trabalho que elas faziam com os surdos. Com o tempo, passei a fazer parte deste grupo e foi lá que aprendi Libras.

     Como você se vê dentro da comunidade surda?

  • –  Como surda oralizada. Aceitei a identidade. Mas isso não foi desde o começo. Aprendi Libras quando já tinha uns 33 anos. Antes eu trabalhava como empregada doméstica, mas essa foi uma fase muito difícil por que não conseguia me comunicar direito com os meus patrões. Por não ouvir, eu fazia muito barulho ao limpar a casa, e isso os incomodava. Também não conseguia ouvir a campainha tocando ou o choro das crianças. Depois de um tempo, eu passei em um concurso como professora mas como não conseguia ouvir os alunos, o grupo gestor me colocou na Biblioteca. Eles eram gentis e amigáveis comigo, mas ainda assim era muito difícil o trabalho. O grande problema era a comunicação. Depois de um tempo, fiquei sabendo de uma escola especial que tinha alunos surdos e que precisava de uma professora. Embora resisti no começo, encarei o desafio e, ao mesmo tempo que lecionava, também aprendia Libras.

     Como é sua comunicação na família, no trabalho e no seu cotidiano?

  • –  Na minha família, nos comunicamos a maior parte do tempo através de leitura labial. Mas é claro que com meus familiares que sabem Libras ou os que são surdos, usamos os sinais. Visto que sou professora de Libras, no trabalho sempre uso a língua de sinais, e no meu cotidiano, na maioria das vezes, utilizo a Libras também.

     Tem algo que você deseja para o futuro da Libras e para o futuro dos surdos?

  • –  Posso dizer que hoje a língua de sinais é muito importante para mim. Meus familiares e meus amigos que sabem Libras me ajudaram muito no meu dia a dia. Por isso, desejo que a Libras seja reconhecida como língua pela sociedade, que todos os surdos possam desenvolver a comunicação através da Língua Brasileira de Sinais (L1) e que seus familiares também aprendam a Língua de Sinais.”

O site é o Libraria. Vamos conhecer?

Site da Smart Fit passam a ser acessíveis em Libras

Depois da Magalu, é a vez da Smart Fit. Isso mesmo, sempre em busca da democratização do acesso ao fitness, a Smart Fit traz mais uma inovação aos seus canais digitais. Para marcar o Setembro Azul, mês da visibilidade da comunidade surda, a partir do dia 20, o site oficial da Smart Fit terá a Maya, uma tradutora virtual da Língua Brasileira de Sinais, contribuindo para acessibilidade de pessoas surdas com deficiência auditiva.

Com ajuda da Maya, desenvolvida pela empresa especialista em acessibilidade digital Hand Talk, as pessoas poderão traduzir os textos dos sites da Smart Fit para a Libras. Basta clicar no botão azul com as duas mãozinhas, no canto direito da página. Depois, é só selecionar o texto para que a tradutora virtual sinalize o conteúdo a utomaticamente.

Além do site oficial, com as informações sobre as unidades da Smart Fit, a comunidade surda também terá acessoa ao conteúdo do portal Smart Fit News em Libras. Informações sobre saúde, treino e nutrição poderão ser acessadas por pessoas surdas com deficiência auditiva.

“A chegada da Maya é mais uma conquista na nossa missão de incentivar cada vez mais pessoas a cuidarem da saúde e praticarem atividade física. Queremos que tanto as nossas unidades físicas como nossos serviços digitais sejam espaços acessíveis e inclusivos”, afirma o CMO do Grupo Smart Fit, Leonardo Cirino.

Sobre a Smart Fit

Democratizar o acesso à atividade física de alto padrão sempre foi o propósito da Smart Fit desde a abertura de sua primeira unidade, em 2009. É a terceira maior rede do mundo, presente em 13 países da América Latina, como México, Chile e Argentina. No Brasil, são mais de 500 academias espalhadas por quase 150 cidades, em todos os estados e no Distrito Federal. Conheça mais sobre a Smart Fit em: www.smartfit.com.br

Veja também:

Diário do Perné – 003: A Falta de acessibilidade no Hospital

Dor de garganta, constrangimento e revolta foram alguns dos sintomas que tive recentemente. As dores de gargantas estavam frequentes e muito fortes nos últimos dias, tanto é que precisei ir para o Pronto Socorro.

Necessidade e lei: Profissionais que possam atender os surdos em Libras.
Imagem: Reprodução/ Jorge Viana

Assim que cheguei me identifiquei como surdo e deixei claro que o único sintoma que tinha era a dor de garganta. A médica foi muito gentil a medida do possível, e respeito muito os anos de formação e dedicação pela medicina, mas no final no relatório médico ela colocou que além da dor de garganta eu estava com diarreia e vômitos a 5 dias.

Sim falha na comunicação e falta de empatia e sensibilidade ao atender os surdos. Chato né? Fiquei triste e naquele momento percebi a falta de noção de hospitais que não cuidam nem orientam sua equipe para atender os surdos corretamente. Além disso, as faculdades que não ensinam seus alunos, futuros profissionais da saúde, a compaixão e a necessidade de cuidar de seus pacientes surdos e serem acessíveis.

Até quando?

Diário do Perné – 002: A Falta de acessibilidade em Libras no trabalho

Hoje é mais um dia de relatar experiências tristes que tive no dia a dia recentemente. Mas antes do relato, quero convida-los a ler o primeiro desabafo:

Pois bem, a palhaçada e inconsequência com os direitos de acessibilidade não tem fim, tanto é que recentemente quando fui convidado para comparecer numa reunião presencial no meu trabalho, informei que não consigo tirar proveito/ participar caso não haja interprete de Libras, o que no caso é um direito previsto por lei. Me foi respondido que era para comparecer e que eu teria a ajuda.

Chegando lá, havia uma pessoa da gerencia que tinha algum conhecimento em Libras, é verdade. Ele tirou a máscara alegando que seria bom para me ajudar a fazer a leitura labial introduziu a reunião oralmente e a cada 10 palavras e fazia um sinal em Libras. Concluiu e saiu em seguida. O restante da reunião foi com outra pessoa, que ficava praticamente sentada de costas para mim, mexendo no computador e apresentando os slides, aí eu me perguntei: Qual foi a ajuda que eu recebi?

No TJMT os surdos recebem apoio com o projeto INCLUSÃO NO JUDICIÁRIO. Foto: TJMT

É muito importante registrar o quanto magoa, restringe e discrimina o surdo este tipo de ajuda. Tratar a acessibilidade, mesmo que “meia boca” como um favor é questionável. Mais uma vez me pergunto: Até quando?

Está na hora da empresa agir de forma diferente, e agir de modo que a discriminação velada seja coisa do passado.