O mundo vive tempos de forte intolerância, sentimento que tem encontrado terreno fértil nas redes sociais e onde junto com discursos de ódio conquista cada vez mais adeptos. A sociedade está cada dia mais intransigente com as causas diferentes do comum. Já é tempo de repensar os posicionamentos agressivos e apostar na serenidade, empatia, afeto, e no perdão como antídotos para essa hostilidade.
É hora de aprender a perdoar. Um número cada vez maior de pesquisas indica que o perdão proporciona uma série de benefícios à saúde. Qualquer pessoa pode se tornar mais tolerante quando desenvolve hábitos como a empatia, passando a focar no lado bom das coisas.
De acordo com Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia, quando não perdoamos os outros, nos colocamos em uma escravidão mental, física e emocional. “E quando permitimos que isso ocorra, a pessoa que nos feriu pode nos colocar em uma gaiola, sendo que somos os únicos que podemos nos libertar dela”, reforça Flora.
Para a especialista, a habilidade de perdoar prevê uma saúde positiva tanto mental quanto física. O ato do perdão protege contra os efeitos negativos do estresse e faz bem tanto à saúde de quem é perdoado como, principalmente, de quem perdoa.
O Ph.D Frederick Luskin, um dos maiores estudiosos sobre o perdão e diretor do Forgiveness Projects, da Universidade de Stanford, concluiu uma extensa pesquisa sobre o treinamento e a medição da terapia do perdão. Sua pesquisa demonstra que esse ato tão importante leva a um aumento da vitalidade física, esperança, otimismo e habilidades de resolução de conflitos.
“Minha pesquisa mostrou que aprender a perdoar ajuda as pessoas a magoar menos. As pessoas que aprendem a perdoar relatam menos sintomas de estresse, como dores nas costas, tensão muscular, tonturas, dores de cabeça e dores de estômago. Além disso, descrevem melhorias no apetite, no padrão de sono, na energia e no bem-estar geral”, afirma Luskin.
Porém, ele adverte que perdoar não é fácil, mas é uma competência que pode e deve ser treinada pelas pessoas que desejam ser feliz. “Perdão não significa que você precisa se reconciliar com alguém que o tratou mal. Se você foi vítima de abuso, agressão ou está em um relacionamento difícil, pode perdoar o ofensor e, como parte dessa escolha, tomar a decisão de encerrar ou limitar o contato com ele. O perdão é principalmente para a sua paz de espírito”, esclarece Frederick Luskin.
Flora Victoria é mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela University of Pennsylvania. Foi considerada a Embaixadora da Felicidade no Brasil por Martin Seligman. É autora de importantes obras como Semeando Felicidade (2017) e Florescimento na Prática (2019) e prepara o seu mais novo livro, editado pela Harper Collins, que será lançado no início de 2020. Possui graduações acadêmicas e especializações nas áreas de Governança Corporativa, pela Harvard Business School; MBA, pela FGV; Marketing, pela ESPM e Tecnologia, pela USCS.
Release: Engaje! Comunicação Inteligente