Ninguém sabe o que você ouve, mas todo mundo ouve muito bem o que você fala.
Millor Fernandes
De maio pra cá, recebi dois convites maravilhosos de dois veículos de imprensa, que me enviaram perguntas num bate papo super divertido e emocionante, onde puder compartilhar fatos marcantes sobre minha surdez e criação do Blog. Ainda não tinha dito aqui, e hoje é dia de registrar e divulgar para todos vocês.
Com o objetivo de tentar combater s obstáculos para a acessibilidade e ao mesmo tempo denunciar que a dupla discriminação que sofrem, em 2018, foi criado o grupo “Movimento de Surdas Feministas da Argentina” – Mosfa.
“Qual é nossa grande dificuldade? Bom, a acessibilidade. O empoderamento é impossível sem acessibilidade”, afirmou Tamara Cordovani, uma das fundadoras do movimento.
“Há opressão na rua, nas instituições, nos hospitais… e por sermos mulheres e surdas é ainda mais complexo”.
Longe de se vitimizar e com uma expressão determinada, a fundadora do movimento atacou os preconceitos com a língua de sinais: “Muitos pensam que uma pessoa surda, que tem como sua própria língua a língua de sinais, é inferior. É uma língua que faz com que as pessoas digam ‘ai, coitadinha’ e não lhe deem valor”, opinou.
A violência de gênero pode afetar especialmente as mulheres surdas na hora de denunciarem seus agressores. “Há um grande sentimento de solidão, sofrimento, violência, quando uma pessoa surda quer fazer uma denúncia, ir a um hospital, ou à Justiça, a uma delegacia, não há um serviço de interpretação”.
María Victoria Perales, uma das intérpretes do Mosfa e também professora de crianças surdas, comentou a superação que a língua de sinais vem mostrando ao longo da sua história. “Durante muito tempo, a comunidade de surdos sofreu uma grande opressão linguística que fazia com que a língua de sinais não chegasse aos espaços acadêmicos, aos espaços de poder, aos espaços políticos, aos espaços de divulgação de conhecimentos”, concluiu a docente.
O dia 20/03 é o Dia do Contador de Histórias. É contando/lendo história para uma criança que se cria nos pequenos o hábito e o gosto pela literatura. É o meu caso, já que desde criança, eu sempre tive a oportunidade e incentivo em casa de sempre ler.
Mas até mesmo os adultos, quem não gosta de ouvir uma boa história? As pessoas que têm o dom de interpretar os enredos, criar vozes, brincar com os sons da história, geralmente sempre conquistam uma plateia para os escutarem. Mais do que isso, é possível fazer um paralelo da época quando nosso ancestrais contavam as histórias da tribo em volta da fogueira (fato que foi responsável pela construção histórica da sociedade, afinal, antes dos livros e da escrita, era por meio da narração que a humanidade preservou sua memória) até os smartphones e streaming; gerando uma nova profissão nos dias atuais: o narrador de audiolivro
O talento de narrar não apenas sobreviveu ao tempo, mas se adaptou às novas tecnologias. Como é gostoso ouvir uma boa história, ainda mais daquela pessoa que “mergulha” no enredo, brinca com a sonoplastia, cria uma voz para cada personagem. Há quem tenha tanta habilidade neste dom que parece transportar o ouvinte para “um outro lugar”, “um novo mundo”, ou melhor dizendo, para “dentro da história”. Aos que transformaram esta aptidão em profissão denominamos Contadores de História, e é justamente este profissional que tem sua arte celebrada no dia 20 de março.
A data – que marca o início da primavera no hemisfério norte, e do outono no hemisfério sul – passou a ser comemorada em 1991, na Suécia, com o objetivo de reunir os Contadores de todo o mundo, divulgar a profissão, promover a prática e fazer um dia cheio de histórias e surpresas. Com o passar dos anos sua celebração perdeu um pouco de força, mas, em 1997, um grupo de contadores de histórias da Austrália resolveu organizar um festejo que durou uma semana inteira. Na mesma época, no México e em outros países da América do Sul, o dia 20 de março foi declarado o Dia Nacional dos Narradores. Em 2003 o Canadá e outros países também adotaram a idéia. Quando a França aderiu à celebração em 2004, o número de países aumentou para 25 espalhados pelos cinco continentes, transformando, assim, o 20 de março no Dia Internacional do Contador de Histórias.
Todavia, não é de hoje que a prática de contar histórias existe, muito pelo contrário, pode-se dizer que a evolução da humanidade está diretamente ligada a arte de contar histórias. Afinal, desde os primórdios o ser humano tem narrado suas histórias no intuito de preservar sua memória, transmitir conhecimentos e se divertir. Antes da escrita e dos livros lá estavam os contadores para salvar do esquecimento as tradições da família, a cultura de um povo, o legado de uma nação.
Através dos tempos, a arte de contar histórias, não só marcou presença no imaginário das pessoas, como contribuiu para elevar as oportunidades de trabalho para estes profissionais. Atualmente, com a difusão dos audiolivros, os especialistas nesta arte podem atuar também como narradores. No Ubook, por exemplo, são mais de 40 narradores que emprestam suas vozes para as histórias contadas. “Possuímos quatro estúdios próprios e temos parcerias com outras dezenas de estúdios espalhados pelo Brasil. Nosso objetivo com isso é poder proporcionar aos nossos ouvintes uma gama variada de vozes, interpretações e sotaques das mais diferentes regiões do País. Afinal, é esta mistura de sotaques, gírias, expressões locais e variadas entonações que torna o Brasil tão rico e culturalmente diversificado”, diz Marta Ramalhete, gerente de produção do Ubook, maior plataforma de audiolivros por streaming da América Latina.
A importância do contador de história não está somente associada à construção da história, mas na edificação de estímulos em relação à leitura e ao imaginário. Esta arte não apenas sobreviveu ao tempo, mas se adaptou às novas tecnologias. “O contador de história é importante porque, com suas técnicas e habilidades, transforma a experiência em algo muito maior do que uma simples leitura, auxiliando seus ouvintes no desenvolvimento da criatividade. Na mesma linha, um narrador de audiolivro precisa utilizar sua voz, sua arte em narrar uma história para conquistar os ouvidos e os corações de quem escuta uma obra”, comenta Marta.
Ouvir uma boa história é se permitir vivenciar a mágica de transporta-se para outros lugares, vivenciar novas experiências, adquirir cultura, entretenimento e informação. Por isso, da criança ao adulto, a leitura contribui para estimular o ser humano.
Sobre o Ubook: Lançado no início de outubro de 2014, o Ubook é o primeiro serviço de assinatura de audiolivros por streaming do Brasil. Ele funciona como o Netflix para vídeos ou o Spotify para música: por um valor mensal, ou semanal, é possível ter acesso ilimitado a todo o catálogo através do aplicativo. A plataforma, que já conta com mais de 1,5 milhão de usuários cadastrados e possui mais de 10 mil títulos em seu catálogo, está disponível para Web, iOs, Android e Windows Phone. Para saber mais acesse: www.ubook.com.