Governo Federal lança o Canal Educação e o Canal Libras

Na terça-feira (28/04), entraram no ar dois novos produtos de comunicação do Governo Federal que vão contribuir para a melhoria da qualidade da educação e a inclusão da comunidade surda: o Canal Educação e o Canal de Libras. Participaram da solenidade de lançamento, em Brasília (DF), o presidente da República, Jair Bolsonaro, os ministros da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), Cristiane Britto, e da Educação, Victor Godoy, e a primeira-dama da República, Michele Bolsonaro.

Os canais são resultado da parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e o Ministério da Educação (MEC). O Canal Educação será transmitido em televisão aberta digital em multiprogramação nas capitais onde a TV Brasil possui transmissoras (2.3 no Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Luís; e 1.3 em São Paulo). A programação também estará disponível na TV por assinatura e por meio de satélite para escolas com antena parabólica.

Já o Canal Libras será transmitido pela internet, mas parte de sua programação será exibida no Canal Educação. Os conteúdos serão voltados para a rede nacional de educação, desde a educação infantil até o ensino superior, disseminando conhecimento e informação por meio de uma grade especialmente dedicada à comunidade surda.

Além de programas educacionais, serão exibidos, tanto no Canal Educação quanto no Canal Libras, programas de jornalismo. Serão veiculados, também, programas de variedades, como culinária, entrevistas, documentários históricos e contemporâneos, atualidades, perspectivas de futuro, entre outros, tendo uma grade voltada para educar, conscientizar e esclarecer o cidadão.

Inclusão

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro destacou a importância da iniciativa. “Todos somos iguais e temos que dar meios para que todos possam desenvolver a sua capacidade. Isso vem através do conhecimento, da educação. Esses dois canais, em especial o Libras, visa incluí-los em uma política que dê esperança a cada um de vocês”, declarou ao se dirigir aos alunos surdos que estavam presentes.

As políticas de inclusão têm sido uma das pautas prioritárias do Governo e, principalmente, do MMFDH, conforme informou a ministra Cristiane Britto. “Dentre as ações para promover a acessibilidade destacam-se os canais de denúncia Disque 100, Ligue 180 e o aplicativo Direitos Humanos Brasil — que dispõe de um chat em Libras. Além disso, todos os nossos eventos contam com a presença de intérpretes. O ministério também disponibilizou uma cartilha que trata dos direitos da pessoa surda”, enumerou.

Outro avanço do Governo Federal para promover a inserção dos surdos é a Lei nº. 10.436/2002, que instituiu a Língua Brasileira de Sinais (Libras). No último dia 24, a norma completou 20 anos, data relembrada pela presidente do Conselho do Programa Pátria Voluntária, Michele Bolsonaro. “A utilização da Libras é uma forma de garantir a identidade das pessoas surdas e contribuir para valorização e reconhecimento da cultura”, destacou.

Com informações do Ministério da Educação e da EBC

Para dúvidas e mais informações:
agenda.gab@mdh.gov.br

Mulheres surdas também são Mães

Hoje fui convidado a trazer para vocês uma matéria feita pela equipe do Hand Talk. Estes que conversaram com duas mulheres surdas, que dividiram com os mesmos um pouco de suas experiências como mães. Afinal, mãe tem de todo jeito, não é mesmo? Acompanhem abaixo na íntegra:

É importante saber que dentro da própria comunidade surda há uma grande diversidade. Desde CODAs (pessoas filhas de pais surdos), até pessoas que se comunicam principalmente por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais), e pessoas oralizadas, que podem contar com implantes cocleares e se apoiam na leitura labial e na fala para se comunicarem. Com isso em mente, trazemos os depoimentos de Fátima Ducati, mulher surda que usa Libras, e Beatriz Sales, mulher surda oralizada. Ambas representam diferentes espectros dentro da comunidade surda, e nos contam de vivências distintas na maternidade.

As duas mães começaram nos falando um pouco das dificuldades e barreiras que enfrentaram por causa de suas deficiências. A falta de acessibilidade na comunicação já é um problema conhecido há tempos, e a falta de autonomia que isso causa no momento de participar ativamente das vidas dos filhos é frustrante. “Nas consultas pediátricas, sempre precisei pedir apoio de outras pessoas, ou até mesmo da minha filha, para entender o que o médico explicava”, diz Fátima.

Já Beatriz conta ter vivido adversidades diferentes, ao ser uma mulher oralizada. A leitura labial definitivamente se tornava uma aliada no momento de se comunicar, mas não deve ser a única solução para poder participar da criação dos filhos. A pandemia, por exemplo, se apresentou como um grande obstáculo nessas situações. “Uma grande dificuldade que sinto é a da comunicação com máscaras atualmente. Por eu depender da leitura labial, ela se torna um grande obstáculo”, explica.

Apesar das perspectivas diferentes, Fátima e Beatriz concordam que deveria haver mais acessibilidade e inclusão na comunicação com pessoas surdas, principalmente nas áreas médicas e escolas. Fátima comenta que “temos muitas informações e tecnologia, mas nada adianta se não contarmos com a boa vontade e empatia das pessoas em colocar isso em prática”. Beatriz reforça “mais inclusão em hospitais, e comunicação com os profissionais da saúde!”.

Mesmo com diversos desafios externos, a vida dentro do núcleo familiar sempre correu muito bem para ambas, se comunicando por Libras, leitura labial, ou até uma mescla de ambos. “Eu amo ser mãe, e ser surda não foi nenhum impedimento para isso”, fala Fátima. 

Já Beatriz, conta mais a fundo como foi a sua experiência como mulher surda oralizada, enquanto o pai de suas filhas é surdo usuário da Libras. “Minhas filhas são fluentes em Libras, e sempre trabalhei também a prática da leitura labial. A Libras é muito com o pai delas, e comigo mesclamos a leitura labial. Essa experiência das duas formas foi muito importante!”.

Todas as mães têm dificuldades na maternidade, e com as mulheres surdas não é diferente. No entanto, ainda possuímos um longo caminho como sociedade para garantir que elas tenham autonomia e recursos de acessibilidade disponíveis para conseguirem exercer seus papéis como mãe como desejarem, da melhor forma possível, e sem barreiras causadas pela falta de inclusão.

Sobre a Hand Talk

Fundada em 2012, a startup brasileira Hand Talk foca em fazer bom uso da tecnologia trazendo mais acessibilidade para o mundo. A empresa oferece dois produtos diferentes, o Hand Talk App, que realiza traduções digitais e automáticas para Libras e ASL (Língua Americana de Sinais), e o Hand Talk Plugin, que torna sites acessíveis para a comunidade surda com traduções para Libras. Ambas as soluções contam com a ajuda de seus tradutores virtuais, o Hugo e a Maya. Esses dois vão além de apenas traduzir conteúdo, mas também estão aproximando pessoas através do uso da tecnologia e comunicação, aplicada em diversos ambientes, como salas de aula e famílias. Com sua ajuda, a Hand Talk busca quebrar barreiras de comunicação, contribuindo para um mundo mais justo e inclusivo.

A vida amorosa das pessoas com deficiência

Falar sobre questões que envolvem pessoas com deficiência sempre foi um desafio, já que sempre vive esbarrando nas mais diversas áreas, sendo elas científicas, educacionais, éticas e até culturais.

E quando o assunto é amor e relacionamentos infelizmente entramos também no campo da estética e das vaidades humanas. Tanto é que em 2012, a BBC transmitiu um programa que falava do relacionamento das pessoas com deficiência. E foi o constatado que o preconceito existe, já que em determinada pesquisa, ficou constatado pelo jornal britânico The Observer, que 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com uma pessoa com deficiente.

Imagem: Reprodução da Internet

Mas as coisas estão mudando. E de acordo com o site “Sem Barreiras”, a internet tem contribuído para que um grande número de pessoas com deficiências encontrem seus amores e parceiros nos sites de namoro e relacionamentos. Isto porque os primeiros contatos virtuais por e-mails e outras formas de bate-papo via computador eliminam o impacto inicial, o estigma, os preconceitos herdados culturalmente de quem vê uma pessoa com deficiência pela primeira vez.

Imagem: Reprodução da Internet

De modo algum devemos estranhar o namorar de alguém deficiência, desde que esse alguém não seja também “deficiente”. Pois na minha família mesmo tem pessoas com deficiência visual que são casadas com outras pessoas com deficiência visual, e eu conheço pessoas surdas que são casadas com outros surdos. O que não quer dizer que não existam casais em que um possuem alguma deficiência e o outro não. Ou seja não quer dizer uma pessoa com deficiência física, auditiva, visual ou outra vai se interessar apenas por pessoas com a mesma deficiência, como se todos os outros aspectos, como gostos, afinidades, idade fossem nulos ou banais, bastava os dois ter alguma deficiência. 

Deficiência não define caráter e da mesma forma que dinheiro define felicidade. O mais importante é focar na pessoa e não na sua deficiência. Até por que muitas delas são super estudiosos, comunicativos, gostam de festas, cinema, bar e shopping. Ou seja, agem como pessoas comuns sem deficiência. Devemos pensar que o amor e dificuldades nos relacionamentos existem na “saúde e na doença”.

E parafraseando Mila Correa do site Lugar de Mulher, eu também tenho a felicidade de conviver com pessoas com deficiência de todos os jeitos e posso ver que elas são perfeitamente capazes de ter qualquer tipo de relacionamento, quando se tem uma chance. Mas, enquanto muitas pessoas ainda nos enxergarem como seres de outro mundo, ficaremos a mercê desses julgamentos sobre nosso lugar e sobre o que nos é permitido.

Não há como diminuir atitudes preconceituosas como essas enquanto cada um não admitir os seus próprios preconceitos para com as pessoas com deficiência e coibi-los. Enquanto as pessoas ainda apresentarem dificuldade para ver além da nossa deficiência, sem também ignora-la, teremos comportamentos absurdos sentidos na pele, já que a opressão estão ao nosso lado, e o preconceito está no nosso dia-dia.

Relaciona-se!

 

A verdade é que estamos tão envolvidos com a tecnologia e redes sociais e todos benefícios que estas nos proporcionam que acaba que nos afastam de quem realmente importa: nossa família e amigos.

É importante lembrar que em um relacionamento seja ele de pai/ mãe e filhos, marido e mulher ou até de amizade que sejam reforçados os sentimentos que envolvem essa relação. Seja como for que tal chegar na pessoa que você ama, ou até no colega de trabalho que está do seu lado e dizer calorosamente: Eu me importo com você?

Quantos “Eu te amo”, você já falou de coração esse mês?

Não vamos permitir, que a frieza, a distância ou o que for afaste de quem nos da ou já deu a mão quando mais precisamos!

Seja Grato – Por Márcia Luz

Todos os dias, é dia de conquistar nossos sonhos, de fortalecer nossas vidas, nossos relacionamentos. Todos os dias, é dia de recomeçar, de compartilhar, e de agradecer.

Por tanto, que bom ter vocês aqui no Blog. Obrigado pelo apoio, comentários, acessos e tanto carinho, que as vezes recebo. Obrigado, obrigado e obrigado. E falando em agradecer, é totalmente oportuno que compartilhar com vocês o texto de Márcia Luz*, psicologa, professora, coach, autora do livro “A gratidão transforma”.

Com vocês: A gratidão fortalece os relacionamentos.

Você já se perguntou por que os relacionamentos fracassam? Em partes, podemos dizer que pelo mesmo motivo que empresas vão à falência: falta de foco e de dedicação. E, quando falo em relacionamentos fracassados, não me refiro apenas a casamentos, mas também à relação entre pais e filhos, irmãos, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho.

Alguns dos motivos que levam os relacionamentos ao fracasso são: não acreditar na própria relação; não fazer do relacionamento algo indispensável; deixar de cumprir o que é prometido; não assumir responsabilidade; e, por vezes, desistir diante de desafios que parecem insuperáveis, mas que, no fim, são os que põem à prova a solidez de um relacionamento.

Todos os dias, ouço histórias de pessoas que sofrem por situações mal resolvidas com alguém significativo em suas vidas. Por exemplo, um executivo, com quem mantive contato recentemente, que não se perdoava por ter recusado dar um abraço em sua mãe pouco antes de ela falecer. Mas não devemos julgá-lo, pois todos cometemos erros ao deixar problemas que começam insignificantes atingirem proporções com as quais não estamos prontos para lidar.

Em vez de permitir que essas situações aconteçam, devemos exercitar diariamente a gratidão – essa simples atitude pode se tornar fundamental para que as relações floresçam e sejam duradouras. Mas o que, exatamente, isso significa? Isso nada mais é que aquela parte do dia em que você toma plena consciência das pessoas que estão à sua volta, aquelas que não poderia perder de maneira alguma. Esse período de reflexão interna nos faz, consciente ou inconscientemente, valorizar as pessoas, pois sabemos que, sem elas, nossas vidas seriam um pouco mais duras.

Pouco importa a que ou a quem é direcionada essa gratidão. Pode ser um agradecimento a Deus, ao cosmos, ao universo, a uma força mística maior que todos nós. O que é realmente importante é a gratidão pelo que nos é dado, exprimir os motivos pelos quais somos gratos por ter a presença daquelas pessoas em nossas vidas. Quando agradecemos, é como se a vida entendesse o recado, visse que gostamos daquilo que ela nos proporcionou e mandasse mais coisas boas.

Imagem: Getty/ Reprodução

Proponho que você comece hoje mesmo. Olhe ao seu redor, aos seus familiares e amigos, e pense no quanto a presença deles em sua vida lhe faz bem. Além de agradecer por tê-los por perto, sugiro também alguns exercícios no relacionamento:

– Perdão: experimente perdoar. Você dificilmente será um ser humano totalmente completo enquanto não perdoar mágoas mal resolvidas;

Elogie: teça elogios à pessoa. Esses pequenos gestos fazem a diferença no dia a dia do relacionamento;

Valorize o positivo: às vezes, mesmo que sem perceber, destacamos apenas o que é negativo. Procure focar no que a pessoa tem de positivo;

Expresse seu amor: seja por meio de um abraço ou dizendo “te amo”, expressar sentimentos positivos é sempre revigorante para a relação.

* A autora é realizadora do 1º Congresso Mundial da Gratidão (Comgratidão), que reuniu 40 mil participantes em 2016. Mais informações em www.marcialuz.com e www.facebook.com/marcialuz.fanpage.

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