Inclusão na hotelaria: atividades e áreas destinadas a crianças autistas e PcD

*Por Veronicah Sella


Com um movimento crescente em direção a acessibilidade e a sensibilidade às necessidades especiais dos hóspedes, várias empresas estão adotando medidas proativas para garantir que todos os seus visitantes desfrutem de uma experiência acolhedora e inclusiva.


A hotelaria tem se esforçado para atender às diversas necessidades dos hóspedes, mas a inclusão de crianças autistas e PcD representa um desafio específico que requer abordagens adaptativas e estratégias especializadas. No entanto, muitos hotéis no Brasil estão não apenas reconhecendo essa urgência , mas também investindo recursos significativos para garantir que todos se sintam atendidos durante sua estadia.


Como por exemplo, o desenvolvimento de atividades especificamente projetadas para crianças autistas. Essas iniciativas incluem espaços tranquilos e seguros, livres de estímulos excessivos, onde as crianças podem se sentir confortáveis e relaxadas. Além disso, treinamento de equipe para entender melhor as necessidades específicas das crianças autistas, promovendo um ambiente acolhedor e compreensivo.


A sensibilidade da equipe é fundamental para o sucesso da inclusão. Muitos hotéis estão implementando programas de treinamento que educam funcionários sobre como interagir e atender às necessidades específicas de crianças autistas e pessoas com deficiência.


De acordo com dados sobre o Ministério do Turismo em todo o país, 77% dos turistas com deficiência consideram a acessibilidade na escolha de destinos e atrativos turísticos. Isso é um ponto positivo para estabelecimentos que estão reformando suas instalações para garantir que todas as áreas sejam acessíveis, desde quartos adaptados até espaços comuns e áreas de lazer. Rampas, elevadores adequados, banheiros acessíveis e sinalização clara são apenas algumas das medidas adotadas para melhorar a acessibilidade e a conveniência para hóspedes com deficiência.


Alguns estabelecimentos também oferecem espaços voltados 100% para crianças com essa condição, como por exemplo: crachás e pulseiras, equipes treinadas para lidar com várias situações, identificar possíveis comportamento de crise, abafadores de som, a comunicação correta com a família e com as crianças, entre outros. Essa evolução não apenas enriquece a experiência de viagem deles, mas também fortalece a reputação da hotelaria brasileira como um setor inclusivo e progressista.


Em resumo, a inclusão na hotelaria não é apenas uma questão de conformidade, mas uma oportunidade para criar um ambiente acolhedor e acessível para todos os hóspedes, independentemente de suas necessidades especiais. Com o compromisso contínuo das empresas e a conscientização crescente, o futuro promissor da inclusão na hotelaria brasileira está cada vez mais próximo da realidade.


*Veronicah Sella é cofundadora da Criamigos, empresa de experiências interativas, emocionais e encantadoras.