Ela era alegria, era espontânea, era audaz, decidida e muito corajosa. Nos deixou no dia 5/2/2022, e deixou um legado de luta contra as injustiças, a maldade e ao que era contra ao que ela acreditava.
Gilma, era minha prima querida e ainda hoje não me recuperei da sua ausência, e daria tudo pra ter você aqui e/ ou para estar em seu lugar. O vazio da sua falta, a ferida aberta que não fecha, ainda dói. Mas adoro reviver as lembranças que tivemos juntos, tantas coisas boas, tantas risadas e histórias.
Estou triste, mas tranquilo em entender que você sabia o quanto era amada por mim, e por muitos de nós. Nunca me esquerecei de todas suas conquistas e tamanha coragem quando advogava. Que as cores de suas roupas coloridas, que as ondas dos babados infnitos de todos seus vestidos, que a curva do seu sorriso lindo, e o som da sua risada alvoraçada, nunca saia da minha mente.
Ela era forte, ela não desistia até então, obrigado por fazer minha vida mais feliz em momentos que eu nunca imaginava que se tornaria apenas lembranças: da Goiaba que você “roubou” de mim, do seu jeitinho de conseguir o que queria.
São essas lembranças com alegria, que ficaram. Te amo pra sempre!
Que a dor de perder alguém amado, seja ele o grau de parentesco ou amizade, esmaga o coração e nunca cura, não é novidade para ninguém. Mas só quem viveu e vive essa dor é que de fato entende o grau de sofrimento que quem ficou passa.
Falando da minha vida, de muitas perdas que tive, e posso afirmar que ficou marcado no meu coração, as primeiras foram lá na minha infância: perdi um tio paterno em 1997, e no mesmo ano irmãos de fé que congregava comigo. Essas talvez foram umas das primeiras perdas significativas, que de algum modo mudaram a vida de quem eu convivia e/ou de quem eu amava, e por que não, acabou mudando a minha própria também. Tempos depois perdi meu pai (um buraco que nunca será tampado, uma ferida que nunca será fechada inclusive), e depois uns anos minha avó paterna, mãe do meu papai.
Mais recentemente, infelizmente perdi minha prima querida, a Gilma. E há poucos dias completou 3 meses do seu falecimento.
E a dor ainda é recente e está bem grande, e muito difícil de lidar. E é tão tão doloroso e tão pesado carregar essa dor, que se torna praticamente impossível não ter no mínimo uma lembrança dela num período de 24 horas. Se estou acordado, e em qualquer lugar, lembro dela que poderia estar junto. Se estou dormindo tenho sonhos lindo e até pesadelos em que ela está.
Essa mesma dor que sinto também é compartilhada por pessoas bem próximas a ela, amigos e familiares, que eu amo, e os verem sofrendo dificulta ainda mais. Mesmo com a esperança que tenho e que me consola, que é que em breve posso reencontra-la, é agora que está sofrendo. Entendem?
Mas minha fé não morre, tenho que continuar por ela, pelo meu pai e por tantos outros amigos e familiares que se foram e também pelos que ficaram por aqui. Vamos em frente!
E se você tem a curiosidade de saber mais detalhes sobre minha esperança de reencontrar os que estão agora mortos, ou se perdeu alguém e está sofrendo e quer aprender aprender mais a respeito, indico um artigo de A Sentinela de março/2013:
“Que esperança maravilhosa! É como disse um erudito: “Ao passo que cemitérios talvez nos lembrem da brevidade da vida, a ressurreição nos dá a certeza da brevidade da morte.” De fato, a ressurreição de Jesus significa vida!”
A revista e artigo completo está disponível em mais de 1000 idiomas, inclusive Língua de Sinais no site Jw.org, que pode ser acessado clicando aqui.