Estou inspirado!
Tal inspiração se deu após a leitura de um artigo bem reflexivo: “ESSA MODA DE TATUAR BANDIDO SERVE PARA CORRUPTO TAMBÉM?” que foi escrito pela da carioca, professora e psicóloga clínica: Mônica Raouf El Bayeh*.
Todos nós já sabemos, do “de menor”, que após ter roubado uma bicicleta de um homem também pobre, e sem perna foi acusado de ser ladrão e vacilão, e que teve essas mesmas palavras tatuadas em sua testa. Aí foi que dois vizinhos resolveram fazer justiça com as próprias mãos.
O que vocês acharam dessa história? Será que “Bem feito?”, “Mereceu?”, “Achei pouco!”, foram um dos pensamentos que passaram pela vossas mentes? Ou: “Que barbaridade!”, Não se faz justiça com as próprias mãos!” ou coisa do tipo?
Procuro não sou hipócrita, e confesso que por viver aflito ao redor de tanta insegurança e criminalidade, assim como muita gente me senti vingado. Mas lembre-se que Isso pode ser compreensível, embora não o ideal ou aceitável. Não, não vou defender nenhum dos lados do caso “tatuagem: Vacilão e ladrão”, pois ambos foram infelizes, mas não tenho um bandido de estimação e estou certo que cada um deve pagar pelo que fez.
Mais também não sou perfeito, e creio que cabe a nós refletir: e se fosse a nossa testa, o que estaria tatuado? Para sempre? Sem disfarce? Sem uma segunda chance ou sem recomeço.
Será que também não seria algo semelhante? Uma coisa é certa e concordo com o que a Mônica disse no artigo: “A gente vacila também. Pode não (…) roubar ou matar. Mas vacila. Não há quem não tenha um podre. Quem possa, de peito aberto, atirar a primeira pedra”.
Mas se é pra julgar, vamos julgar primeiro a nós mesmos. Que tal então nós como agente de mudanças, começar hoje mesmo a procurar o melhor dentro de cada um de nós, para que quando na fila da vida para “fazer uma tatuagem”, seja escrito na nossa testa: “multiplicador do amor”, “tolerante”, “paciente”, e “solidário”?
*Mônica também é escritora de vários livros e de um blog, o Poesia Toda Prosa e está no Facebook, Twitter.