Livro: Bullying e surdez no contexto escolar

Hoje vou falar de um livro que me chamou atenção “Bullying e surdez no ambiente escolar”, que aborda a comparação entre o bullying envolvendo alunos surdos e ouvintes, analisando a percepção dos estudantes surdos em relação ao clima escolar.

Interessante é que os dados apresentados foram coletados através de relatos dos próprios alunos, tanto surdos quanto ouvintes, levando em consideração a visão que eles têm da escola e de si mesmos, o que pode divergir da realidade.

A obra se embasa nos estudos surdos, principalmente na educação de surdos, como o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo, além de compartilhar uma pesquisa descritiva sobre como os surdos enxergam o ambiente escolar e sua relação com o bullying.

O livro enfatiza a questão da identidade do pesquisador como alguém surdo e aborda temas como a vitimização entre os colegas, baseado na teoria da Bioecologia do Desenvolvimento Humano de Bronfen brenner (2011), a definição, classificação e consequências do bullying, os sinais em Libras relacionados ao tema, e o bullying entre surdos, surdos e ouvintes, no contexto escolar.

ISBN: 9788547312507
Casa Editora: Appris Editora; Edição inicial (20 de junho de 2018)
Língua: Portuguesa
Formato padrão: 101 folhas.
ISBN-10: 6525008611
Código de Barras : 978-8547312503
Medidas: 14.8 x 0.6 x 21 centímetros

Vamos combater o Bullying entre Nós!

O termo bullying refere-se  qualquer atitudes agressivas, físicas ou verbais, repetitivas e intencionais, exercidas por uma ou mais pessoas e que tenham o objetivo de intimidar ou agredir um indivíduo, causando nele dor e angústia. E Você sabia que segundo a UNICEF, uma em cada três crianças do mundo, entre os 13 e os 15 anos, é regularmente vítima de bullying na escola? E crianças abaixo dessa faixa etária e até adultos também passam por isso?

Por isso é necessário consciencializar a população para esta forma de violência e encontrar formas de preveni-las. E hoje, 7 de abril é o dia proposto para combater o bullying e a violência na escola, mas ninguém pode ficar de fora.

Dias atrás apresentei a vocês a leitura de um livro chamado “Entre silêncios e gestos”., que fala bastante sobre o assunto. Não viu? Veja aqui:

Dica de Leitura: “Entre silêncios e gestos” de Marcos Arthur.

Eu já tenho o meu exemplar, e iniciei a leitura na última semana. Mas ainda não havia publicado a conversa que tive com o Marcos, autor do livro, que também já sofreu muito bullying. vamos ao papo?

Qual a deficiência de Marcel? Já que teve “poliomielite”, assim como o autor, seria física?
Marcel Dantas Mascarenhas — o Tabó —, assim como eu, autor do livro, teve paralisia infantil (poliomielite), que atingiu sua perna direita. Eu falo um pouco sobre essa doença na página 38 e também sobre suas consequências.

Então, podemos dizer que o personagem foi inspirado na sua vida?
Muito do que aconteceu com Tabó aconteceu também comigo. Então sim, posso dizer que 60, 70% do livro é realidade que passei e o resto, ficção. 

Como a poliomielite o afetou, e como se inspirou para escrever a obra?
O vírus da poliomielite  me atingiu de uma forma menos agressiva, já que poupou outras partes de meu corpo. Há casos bem mais complexos e delicados, mas acredito que uma das coisas ruins, além de certas limitações físicas, era ter de enfrentar brincadeiras de mau gosto. Isso mexia demais comigo, nenhuma criança gosta de se sentir excluída. O que me inspirou essa história foi exatamente a história vivida por mim, com um final feliz de superação.

Foi difícil de se “aceitar” como uma pessoa com deficiência? Havia o muito “coitadinho” por ele ser “assim”?
Acredito que sempre me aceitei com minha deficiência. Os problemas maiores proviam da minha intensa timidez (talvez fruto da deficiência, não sei), que também, aos poucos, foram superados. E havia mais gozações e xingamentos do que “coitadinho dele”, o que, confesso, não sei o que seria pior. 

Estudou numa escola inclusiva ou regular? De qualquer modo deve ter sofrido muito Bullying…
Estudei em escolas comuns municipais (muito boas na época, por sinal), mas estaria mentindo se dissesse que não sofri bullying. Sofri, sim, como até hoje sofrem outras crianças.

E hoje, apesar das campanhas contra o bullying, o que você observa, o bullying hoje está maior ou menor que quando criança?
Como você disse, já houve e há campanhas imensas contra o bullying, além de um diálogo mais aberto sobre este tema tão delicado. Houve avanços, sim, não há como negar, mas ainda há muita, muita discriminação.

O que já foi feito, e o que ainda falta para uma sociedade mais justa e inclusiva?
Não sou especialista no assunto, mas sinto que avançamos, pois há um olhar mais atento para as diferenças. Ainda há muito por fazer, há uma lei a ser cumprida e se as pessoas se conscientizarem disso, caminharemos a passos largos, rumo a uma sociedade mais justa e inclusiva. Depende de todos nós.
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Bullying – Wentworth Miller, o Michael Scofield de Prison Break

Nós do Blog dos Perné’s gostamos muito de falar sobre saúde mental, uma vez que hoje em dia é raro pessoas que em algum momento de suas vidas não passam ou já passaram por desde uma simples ansiedade ou pressão psicológica até por algum tipo de doenças, distúrbios ou transtornos mentais.

Recentemente o ator Wentworth Miller que viveu o Michael Scofield, protagonista da série Prison Break, relatou o drama vivido por ele, onde passou por um momento de depressão grave a alguns anos atrás, sendo ainda tendo sofrido bullying por parte da impressa. Vamos ao relato?

“Hoje eu virei alvo de um meme na internet. Não foi a primeira vez. Mas este foi diferente dos outros. Em 2010, semiaposentado da atuação, eu levava uma vida discreta por várias razões.

 A primeira e mais importante, eu era suicida.

É um assunto do qual eu já falei, escrevi, compartilhei. Mas naquele tempo eu sofria em silêncio. Como muitos o fazem.  Envergonhado e sofrendo, me considerava uma mercadoria estragada. E as vozes na minha cabeça me levaram para um caminho autodestrutivo. Não foi a primeira vez. Sofro com depressão desde minha infância. É uma batalha que me custou tempo, oportunidades, relacionamentos e muitas noites sem dormir.

 Em 2010, no ponto mais baixo da minha vida adulta, eu estava procurando em qualquer lugar por um conforto, uma distração. E encontrei isso na comida. Poderia ter sido qualquer coisa. Drogas. Bebidas. Sexo. Mas comer se tornou a única razão para eu seguir em frente. Houve épocas em que o ponto alto da minha semana era minha comida favorita e um episódio novo de ‘Top Chef’. Às vezes, era o bastante. E eu engordei. Grande coisa.

 Um dia, durante uma caminhada com um amigo em Los Angeles, nós cruzamos com uma equipe filmando cenas para um reality show. E, sem eu saber, havia paparazzi por perto. Eles tiraram uma foto minha, que foi publicada ao lado de uma imagem minha de uma outra época na minha carreira. ‘Gato a Gordo’, ‘Forte a Flácido’, etc.

 Minha mãe tem uma dessas ‘amigas’ que é sempre a primeira a contar notícias ruins. Ela pegou um desses artigos de um revista e mandou por e-mail para minha mãe. Ela me ligou, preocupada.

Em 2010, batalhando pela minha sanidade mental, isso era a última coisa que eu precisava. Em resumo, eu sobrevivi. E as fotos também. Ainda bem.

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“Quando você escapa da prisão e descobre o monopólio do McDonald’s” – Dizia a legenda da montagem.

 Agora, quando vejo essa foto de mim com a camisa vermelha e um raro sorriso no rosto, eu lembro da minha luta. Minha resistência e perseverança frente a todos os meus demônios. Como um dente de leão que nasce pelas rachaduras do asfalto, eu persisti.

 A primeira vez que vi esse meme aparecer no meu feed de notícias, tenho que admitir, foi difícil. Mas, como tudo na vida, sou eu que escolho qual significado vou dar a isso.

E o significado que eu dou à essa imagem é Força. Cura. Perdão.

Se você ou alguém que você conhece está sofrendo, busque ajuda. Mande uma mensagem. Envie um e-mail. Pegue o telefone. Alguém se importa.

E essa pessoa está esperando para te ouvir.

Com amor, W.M.”  Continue reading “Bullying – Wentworth Miller, o Michael Scofield de Prison Break”