Crianças com Síndrome de Down encantam a moda goiana

Um mundo justo e igualitário para todos não é impossível. E o amor e a oportunidade devem ser para todos, assim como o Sol e a Chuva são.

Sol? Oba! Muitos amam o verão e as oportunidades que eles nos trazem para se refrescar, Nada melhor que uma piscina, ou o mar. Aliás, até o banho divertido de mangueira vale, né?

Então, já falamos da cores da Ceci Moda Praia aqui, e que suas cores, junto com alegria e conforto, vieram pra ficar. Mas o mais legal de tudo que assim como nós aqui no Blog dos Perné’s, a marca ama Moda e também apoia a Inclusão Social, de fato nada mais natural que no lançamento da primeira coleção, tenha duas lindas crianças, mini modelos portadores do Cromossomos 21, isto é com Síndrome de Down. Vamos conhece-los?

  • Este é o Marcos Filho, tem 6 anos, um grande modelinho e “Dublador”. Por isso mesmo é artista, ele ama tirar fotos e desfilar, De todas brincadeiras, sua preferida é “Pique Esconde”. Atualmente estuda numa escola regular municipal. E faz acompanhamento com fonoaudiólogos no CRER, em Goiânia.
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Cadê o Marcos Filho? – Achooou!

 

  • Esta é a Yammane Vytória: Essa princesa, tem 5 aninhos e está sempre alegre e é muito carinhosa. Ama ir a escola, cantar e desfilar. Que linda!
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Que alegria! Amamos a desenvoltura dessa bailarina. 

 

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Juntos, só amor e companheirismo!

E nós, desejamos muita saúde para esses pimpolhos. Que Deus os abençoe sempre.Parabéns as mamães por cuidarem desses tesouros e a Ceci Moda Praia e equipe por dar essa oportunidade a eles, afinal moda, diversão e inclusão tem um ponto a mais. #VivaaInclusão!

O alfabeto da Língua Brasileira de Sinais

Este é o alfabeto manual da Língua Brasileira de Sinais, e é também a primeira lição a aprender para conversar com pessoas surdas. Vamos aprender?

O alfabeto da Língua Brasileira de Sinais Fonte: Reprodução

 

Você sabia:

  • Sabia que cada país tem a sua Língua de sinais?
  • Nem todos os surdos se comunicam em Língua de Sinais?
  • No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais é a segunda língua oficial do país?

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Como ajudar pessoas cegas!

Anatel publica vídeos em Libras para surdos

Já estão sabendo que a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações aprontou para nós surdos?

Então, ela acaba de disponibilizar no Youtube vídeos em Libras com o conteúdo do Regulamento Geral de Acessibilidade em Telecomunicações (RGA). Videos que promovem a inclusão e acesso, os quais são destinados aos usuários com deficiência auditiva.

 

Segundo o site da Revista D+,  a responsabilidade da Anatel é possibilitar às pessoas com deficiência o uso de equipamentos de telecomunicações em igualdade de oportunidade com as demais pessoas, por meio da eliminação de barreiras à comunicação e à informação.

Obrigações são relatadas no regulamento enviado para as empresas de grande porte como: disponibilizar, ao assinante com deficiência visual, a opção de receber seus contratos em braile, com fontes ampliadas ou outro formato eletrônico acessível, e disponibilizar em sua página na internet, e em todos os canais de atendimento, informações em formato acessível.

Planos de serviço para pessoas com deficiência auditiva também devem ser ofertados, garantindo que somente sejam cobrados os serviços plausíveis com o tipo de deficiência auditiva. Por exemplo: o consumidor quer contratar um pacote com a prestadora, mas não deseja que o serviço de voz esteja incluído ou quer utilizar somente o serviço de SMS.

Outro acordo é oferecer mecanismos de interação no canal de atendimento pela internet, assim como mensagem eletrônica, webchat e vídeochamadas. As operadoras também devem possuir atendimento especializado, pois assim possibilita uma melhor comunicação às pessoas com deficiência auditiva em suas lojas e garantir a acessibilidade de sua página na internet, proporcionando o pleno acesso às informações.

“Ele é muito necessário quando se trata do desafio da inclusão e a busca por garantir que a comunicação, que é um direito fundamental das pessoas, seja acessível a todos”, disse o conselheiro da Anatel, Aníbal Diniz.

Segundo ele, o RGA vai atender a cerca de 45,6 milhões de brasileiros que declararam algum tipo de deficiência, segundo o Censo de 2010, e também pode trazer benefícios para a população idosa, que deve chegar a 40 milhões de brasileiros em 2030 e está suscetível a apresentar alguma limitação.
Será ainda criado um ranking comparativo entre as prestadoras, de acordo com as ações de acessibilidades promovidas por elas, com a finalidade de incentivar melhorias no atendimento aos usuários com deficiência.

A tradução em Libras do regulamento para a Agência foi a Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos (APADA).

Para acessar o vídeo clique aqui.

Fonte da Notícia: Revista d+Gazeta do Estado.

Edição: Blog dos Pernés.

A amizade de Connor com uma cadela surda

Que lindo, que emoção a história de Conoor, um garotinho que foi adotado ao nascer por Brandi Guillet e seu marido.

Na época, eles já sabiam que o menino tinha uma desordem genética que causava uma deficiência na fala. Hoje, aos seis anos, ele já se comunica bem através da lingua de sinais – e o seu melhor amigo acaba de se tornar uma adorável cadela surda.

Foto: Brandi Guilet

Brandi contou a história em uma publicação na página Deaf Dogs Rock, no Facebook, onde encontraram milhares de pessoas apaixonadas pela incrível amizade entre o menino e a cadela.

“Eu adotei meu filho ao nascer sabendo que ele tinha uma desordem genética. Agora ele tem seis anos e é não-verbal, mas usa lingua de sinais para se comunicar.

Estamos cuidando de uma linda boxer surda (prestes a ser adotada por nós!). Ela é incrível com meu filho. Ela é a garota mais gentil e amável de todas. A parte mais LINDA desta adoção é que meu filho e seu cão podem realmente falar um com o outro!

Eu encorajo altamente a adoção de cães surdos. Ela é uma adição tão perfeita à nossa família. Nós fomos abençoados com a Ellie. <3“, escreveu ela.

A família já tinha outro cão da mesma raça, mas o menino só se conectou de verdade com a nova cadelinha, que é surda, segundo relatou Brandi nos comentários da publicação. “Há algo especial sobre este cão. Algo diferente…“, disse.

Fonte: Hypeness – A amizade de um garotinho com deficiência com uma cadela surda.

E aí gostaram? Conhecem alguma história assim, conte pra gente!

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Surdo constroi próteses de braço com sucatas

Como ajudar pessoas cegas!

Informação é fundamental para vencer as barreiras do preconceito e da discriminação, promovendo o respeito à diversidade humana. Muitas vezes, a principal barreira é a atitude em relação às pessoas com deficiência.

Portanto, lembre-se:

  • Sempre que quiser ajudar, pergunte qual é a melhor maneira de proceder;

  • Bom senso e naturalidade são essenciais no relacionamento com as pessoas com deficiência. Trate-as conforme a sua idade. Se for uma criança, trate-a como uma criança, ser for um adulto, trate-a como um adulto.

  • Não se ofenda se a oferta for recusada, pois nem sempre ela é necessária;

  • Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa com deficiência como se ela não tivesse uma deficiência, você vai ignorar uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não é real.

  •  Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração. Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.

  •  As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas. A isso chamamos de empoderamento das pessoas com deficiência, ou seja, ao fato de tomarem o poder de suas próprias vidas.

  • Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa sem deficiência. Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Pessoas com deficiência são iguais na diferença que as caracterizam.

Falando nisso, na última semana falei sobre alguma das dificuldades que enfrento por ser surdo, e esclareci alguns mitos e termos relacionados as pessoas com deficiência. Ainda não leu? Clique aqui. 

E continuando, essa semana é a vez de discutirmos as barreiras das pessoas com deficiência visual. Vamos nessa?

  1. Utilize naturalmente termos como “cego”, “ver” e “olhar”. Os cegos também os utilizam.
  2. Ao conversar com uma pessoa cega, não é necessário falar mais alto, a menos que ela o solicite.
  3. Ao conduzir uma pessoa cega, ofereça seu braço (cotovelo) para que ela segure. Não agarre-a, nem puxe pelo braço ou pela bengala.
  4. Ao explicar a direção para um cego, indique distância e pontos de referência com clareza: “tantos metros à direita, à esquerda”.
  5. Evite termos como: “por aqui” e “por ali”.
  6. Informe sobre os obstáculos existentes, como degraus, desníveis e outros;
  7. Quando houver necessidade de passar por lugares estreitos, como portas e corredores, posicione seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa segui-lo;
  8. Sempre que se ausentar do local, informe a pessoa, caso contrário ela ficará falando sozinha. O cão-guia nunca deve ser distraído de seu dever;
  9. Evite brincar com o cão, pois a segurança de uma pessoa pode depender do alerta e da concentração do cão.

E se for cego e surdo?

  1. Pergunte como deve se comunicar com o surdocego ao seu guia-intérprete ou acompanhante;
  2. Ao chegar perto de uma pessoa surdocega, toque-o levemente nas mãos, para sinalizar que está a seu lado;
  3. Alguns surdocegos comunicam-se colocando a mão em seu maxilar, para sentir a vibração do som que você está emitindo.

Sou surdo, mas tenho voz e exijo respeito – Mitos e Verdades!

 

Fonte: Bengala LegalPrefeitura de São Paulo.

Edicão e Atualização: Blog dos Pernés.

Imagens: Reprodução!

Até a próxima!

Sou surdo, mas tenho voz e exijo respeito – Mitos e Verdades!

  • Não escuto bem, as vezes falo alto, e em certas ocasiões pode parecer que apenas escuto quando quero ou quando me convém.

  • Talvez não tenha um temperamento fácil, e talvez nem sempre possa estar feliz e você entenda por ser surdo eu sou sempre nervoso ou muito revoltado.

  • Eu sou surdo, por isso devo ser conhecido como “surdo mudo”, ou devo ser tratado como “especial”, devido a minha “sensibilidade”.

  • Estou bem longe de escutar bem, por isso muitos acham que tenho o dom de justificar meus problemas devido a minha surdez, ou que sou expert na leitura labial.

Bem, quantas vezes você já pensou assim de uma pessoa surda ou com deficiência ou já ouviu alguém pensar ou comentar (mesmo que de brincadeira) desse modo? Pois bem, está na hora de sabermos a verdade e deixar para trás o preconceito. Vamos lá?

Primeiramente, nunca devemos generalizar, já que cada pessoa sendo surda ou não, é ímpar, tem suas particularidades, e em suas vidas infelizmente tem seus problemas.

Então podemos afirmar que a sensibilidade por exemplo, é uma característica que algumas pessoas desenvolvem, tendo ou não uma deficiência. Ou seja, qualquer pode apresentar diferentes limiares de sensibilidade.

 

E o que realmente acontece é as pessoas superprotegem, ou evitam críticas à pessoa com deficiência, preocupadas com sua “sensibilidade”. Mas a verdade e o contrario disso é que devemos tratar as pessoas com deficiência, da mesma maneira com que tratamos qualquer pessoa. Quando se superprotege, impedimos a pessoa com a exercitar sua auto-análise e assim, perceber e modificar-se, naquilo em que é inadequada.

O mesmo, podemos dizer em relação a “revolta ou nervosismo”, de alguém surdo ou que possuem qualquer deficiência. Esta é uma reação que qualquer pessoa pode sentir, quando não consegue administrar os problemas que enfrenta na vida, lidar com suas limitações, ou enfrentar situações de frustração. Todos conhecemos pessoas com deficiência bem resolvidas, que raramente vivenciam o sentimento de revolta.

Especificamente em relação ao nervosismo e aos surdos, a utilização de gestos, da ênfase na expressão facial, do esforço para falar e da ausência do feedback auditivo (não escutam os sons que emitem), fazem com que os ouvintes imaginem que os surdos estão “nervosos”. Na realidade, estão somente se comunicando, ou tentando se comunicar. Ser nervoso não é uma característica da surdez.

Por outro lado, todos também conhecemos pessoas que não têm uma deficiência, que se mostram verdadeiros “rebeldes sem causa”. O interessante é que dados da realidade não mostram uma correlação entre o grau de revolta apresentado por pessoas que nasceram com uma deficiência, e as que a adquiriram mais tarde na vida. O sentimento de revolta ou nervosismo relaciona-se com a forma com que cada pessoa administra sua relação com a realidade. Temos exemplos de pessoas que adquiriram uma deficiência quando já adultos, e que estão dispostos e prontos a enfrentá-la. Por outro lado, podemos observar pessoas que nasceram com algum tipo de deficiência e que nunca aceitaram essa condição, mantendo-se passivas, sem tomar qualquer providência para melhorá-la.

Importante lembrar que até a década de 1980, a sociedade utilizava termos como “aleijado”, “defeituoso”, “incapacitado”, “inválido”…

Passou-se a utilizar o termo “deficientes”, por influência do Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU, apenas a partir de 1981. Em meados dos anos 1980, entraram em uso as expressões “pessoa portadora de deficiência” e “portadores de deficiência”.

Deste modo, a terminologia utilizada até então, passou a ser “pessoas com deficiência”, que permanece até hoje.

Esse termo faz parte do texto apro- vado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembleia  Geral da ONU, em 2006, e ratificada no Brasil em julho de 2008.

A diferença entre esta e as anteriores é simples: ressalta-se a pessoa à frente de sua deficiência. Ressalta-se e valoriza-se a pessoa acima de tudo, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais. Também em um determinado período acreditava-se como correto o termo “especiais” e sua derivação “pessoas com necessidades especiais”. “Necessidades especiais” quem não as tem, tendo ou não deficiência? Essa terminologia veio na esteira das necessidades educacionais especiais de algumas crianças com deficiência, passando a ser utilizada em todas as circunstâncias, fora do ambiente escolar.

Não se rotula a pessoa pela sua característica física, visual, auditiva ou intelectual, mas reforça-se o indivíduo acima de suas restrições. A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência. Por isso, vamos sempre nos lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima de tudo e simplesmente: pessoa. Então, nada de “especial ” tudo bem?

Gostaria também de levantar um ponto muito chato é que “sofro” bastante e “ouço” com frequência é relacionado ao usar a minha surdez para conseguir ou obter vantagem de algo. Sendo que tirar proveito de uma situação não é uma característica inerente à deficiência; e a pessoa com deficiência não necessariamente o fará. Entretanto, sabemos que algumas culturas estimulam o sentimento de piedade das pessoas, em relação à pessoa com deficiência e esta, por conseqüência, pode incorporar esse tipo de atitude em seu comportamento. Se pararmos para refletir, podemos observar que, em vários momentos de nossa vida, procuramos justificar nossos atos, utilizando nossas fraquezas como argumento.

Também, não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. As pessoas surdas apresentam condições físicas e fisiológicas necessárias para falar. Algumas não falam porque não foram ensinadas, outras porque acham que a língua favorece a efetivação e a agilidade na comunicação, e outras ainda por opção.

Todo surdo pode escutar algum tipo de som. A maioria ouve sons de forte intensidade e graves (trovão, batida de porta). Assim como a visão, a audição também se efetiva em graus. Alguns surdos conseguem ouvir a voz e escutar a fala ao telefone. A impressão de que às vezes o surdo responde a sons e outras não, fazendo com que o ouvinte pense que “escutam quando querem” deve-se a alguns fatores: a distância da emissão do som, a freqüência da voz da pessoa que fala, o tipo de som (grave/agudo), a intensidade do som (forte/fraco) e também, o nível de atenção do surdo ao som emitido.

Já em relação a leitura labial e finalizando nosso post de hoje, a leitura labial não é uma habilidade natural, em todo surdo. Esta precisa ser ensinada, como se ensina leitura, escrita, etc. Poucas pessoas surdas fazem uma boa leitura labial (ler a posição dos lábios), Especialmente porque a pessoa ouvinte, ao se comunicar com um surdo, esquece-se da deficiência, vira-se para os lados, usa bigode, e isso atrapalha a visualização da boca do falante. A maioria faz o que se chama leitura da fala (visualização de toda fisionomia da pessoa que fala, incluindo sua expressão fisionômica e gestos espontâneos). Isto produz alguns problemas na comunicação. Uma minoria não consegue fazer nenhuma dessas leituras e só se comunica através de sinais, aprendidos no decorrer de sua história de vida familiar e social, ou mesmo através da Língua Brasileira de Sinais.

Fonte: SIVC, Deficiente OnLine, Prefeitura de São Paulo.

Edicão e Atualização: Blog dos Pernés.

Imagens: Reprodução!

 

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Ser surdo: A vida como ela é!

Surdos realizam trabalho exemplar no Superior Tribunal de Justiça (STJ)

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso contratou uma mão de obra muito especial e que está fazendo um trabalho extraordinário na Secretaria Auxiliar da Vice-Presidência, onde tramitam 14 mil processos. Desde outubro deste ano, o TJMT passou a contar com o trabalho de 10 surdos que atuam na higienização, digitalização e montagem de processos que são enviados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De um volume de 50 mil páginas de processos digitalizadas por mês, esse número saltou para mais de 164 mil páginas/mês com o trabalho minucioso realizado pelos surdos nos últimos dois meses.

“A contribuição é múltipla. Uma mão de obra especializada e com condições especiais de concentração, como é a pessoa que tem deficiência auditiva, não apenas colabora com essa triplicação de rendimento, mas principalmente com a inclusão social que isso significa. São 10 pessoas a mais que estão no mercado de trabalho e que representam um segmento que tem pouca chance no mercado”, frisou a vice-presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva.

Essa falta de chance é bem conhecida por Euzita Maria da Costa, 34 anos, que está trabalhando pela primeira vez com carteira assinada. “É muito difícil termos oportunidade. Estou muito alegre por trabalhar aqui, pois nunca trabalhei nessa área e nunca trabalhei de carteira assinada. O Tribunal de Justiça está me dando uma oportunidade que normalmente só é dada para quem ouve. Tenho aprendido muita coisa”, afirmou Euzita com o auxílio da intérprete e supervisora do departamento de digitalização, Janaine Souza.

“É muito importante porque é um meio de estarmos incluídos dentro da sociedade e do meio trabalhista. Lá fora, o percentual de trabalho é muito pouco para os surdos. Sempre é um trabalho escravizado, difícil, sofrido. Aqui nos deram uma oportunidade e estamos nos esforçando para fazer um bom trabalho”, observa Karine Diglianne, 39 anos, que também é professora na rede municipal de ensino e trabalha na Prefeitura de Cuiabá.

A vice-presidente visitou os servidores da Secretaria Auxiliar da Vice-Presidência e os parabenizou pelos bons resultados alcançados nos dois anos em que esteve à frente da Vice-Presidência, bem como pelo projeto de contratação dos surdos para aprimorar ainda mais o trabalho que já é eficiente.

“Quero agradecer a dedicação dessa equipe especial, valiosa, que alcançou resultados consolidados e é um exemplo de inclusão social e um exemplo de que todos precisamos muito uns dos outros”, enfatizou a magistrada.

De acordo com a gestora-geral da Secretaria, Paula Paranaguá, atualmente o TJMT cumpre determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que ao menos 80% dos processos devem ser remetidos por envio eletrônico para que o Estado tenha isenção de remessa e retorno. Com isso, os custos com envio por meio físico pelos Correios são reduzidos.

“Foi a melhor opção para nossa instituição. O desempenho deles é exemplar. Toda a sociedade ganhou com um trabalho de qualidade, especializado – é a mão de obra que mais se mostrou apta para essa atividade – e a instituição acabou prestando esse benefício da inclusão em uma atividade que não é comum conseguir ocupá-los”, disse a gestora.

Fonte: http://expressomt.com.br/matogrosso/surdos-realizam-trabalho-exemplar-no-tjmt-170379.html

Projeto no Amazonas promove teatro inclusivo para surdos

As lendas da Amazônia estão sendo contadas em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, por surdos e para surdos, no município de Maués, no Amazonas. O projeto, chamado Teatro Inclusivo, ocorre desde 2014, produzido pelo Instituto Federal de Educação do Estado (Ifam), no campus na cidade.

Segundo o professor Maxiliano Batista de Barros, que coordena o trabalho, a ideia é fazer com que as pessoas com deficiência auditiva tenham acesso à cultura da região onde vivem. “Isso que é gratificante. Eles terem acesso a essas histórias que fazem parte da cultura, não por serem surdos, mas por serem amazônidas, pessoas da região que têm o direito de conhecer nossa cultura local, que é riquíssima”.

De acordo com o professor, os surdos criaram sinais para representar, principalmente, símbolos característicos da cultura amazônica, como é o caso do guaraná. “O guaraná é uma identidade, não da comunidade surda, mas, sim, do povo Maué, da etnia Sateré-Mawé, do município de Maués. O guaraná é a identidade local da cidade. O povo Mawé foi o primeiro a cultivar o guaraná, então, teríamos que ter um sinal próprio, nosso, para representar isso em Libras de forma identitária”, ressaltou. Para criar as peças em Libras, duas alunas fizeram uma pesquisa de campo para coletar as histórias que são contadas por idosos, nas comunidades ribeirinhas. “Isso foi algo que vi a partir da minha própria realidade. Quando eu era criança, quem contava essas histórias era a minha bisavó, que era indígena baré. E aí surgiu a ideia de fazer, através de um projeto de extensão, a catalogação de algumas histórias. Nós delimitamos que as alunas fizessem o levantamento de cinco histórias e elas fizeram seis. Esse material, que foi filmado e depois transcrito, nós levamos para o Instituto, convidamos a comunidade surda, e eles começaram a criar os sinais que não existiam ainda”, disse Barros.

A história da origem do guaraná é uma das três lendas que já viraram peça teatral. As outras são a do boto e a do Jurupari, também conhecido como Mapinguari, que é um ser mitológico da Amazônia. A ideia é que, em breve, outras lendas, como da Matita Pereira, da Cobra Grande, do curandeiro Anselmo, sejam também interpretadas em Libras. As apresentações são feitas uma vez por ano no instituto e em eventos da cidade de Maués. Atualmente, oito pessoas fazem parte do grupo. Entre elas, além dos surdos, há participantes com outros tipos de deficiências.

“Tem um cadeirante que tem paralisia cerebral que atua magnificamente. Ele incorpora o personagem. O trabalho fica riquíssimo com a participação, não somente dos surdos, mas de alunos com outras deficiências. É por isso que, em 2017, nós queremos dar oportunidade para a participação de alunos e pessoas com outras deficiências nos nossos projetos.”

“Na verdade, esse é um trabalho de sensibilização. Fazer com que justamente as famílias busquem aprender a língua de sinais. A procura só tende a aumentar aqui no instituto. Quando a gente divulga um curso de Libras, em dois dias, no máximo três, todas as 30 vagas são preenchidas. É rápido. A gente vê que a família gosta, que fica emocionada quando vê o seu filho realizar uma atividade que nunca imaginaria que ele teria essa potencialidade”, contou o professor. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), de 2010, mostram que Maués tem 53 mil habitantes e 14 mil deles têm algum tipo de deficiência em variados níveis. As pessoas com deficiência auditiva seriam cerca de 2 mil. Segundo o professor, há 33 surdos na cidade, com deficiência severa, que são usuários da Libras, e que precisam de intérpretes. Ele conta que o projeto também tem estimulado parentes e amigos de surdos a se interessarem pela Língua Brasileira de Sinais.

A expectativa é que o projeto também seja transformado em vídeo, em 2017, com as peças teatrais das lendas interpretadas em Libras. Além disso, essas histórias poderão ser contadas ainda para pessoas com deficiência visual, por meio de audiodescrição e um livro em braile.

Edição: Maria Claudia (Agência Brasil)

Mais Inclusão: 13/12 – Dia do Cego

Com a finalidade principal de diminuir o preconceito e a discriminação, foi criado o Dia do Cego, que é celebrado em 13 de dezembro. A data foi instituída em julho de 1961 pelo presidente Jânio Quadros, através do decreto Nº 51.045, e marcou um importante passo para a diminuição dos preconceitos em relação aos deficientes visuais.

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Pensando nisso, recebi uma dica muito interessante uma vez que muitas pessoas e entidades, chamam a atenção da sociedade para a questão da acessibilidade, mas – de uma forma mais abrangente – com foco no desenho universal. O conceito nada mais é que promover a acessibilidade de forma universal, para todos, sem limitação de grupos ou especificações. Por exemplo: as calçadas das ruas precisam ser pensadas para garantir o ir e vir com segurança de todas as pessoas e não só de idosos e deficientes visuais. Agindo assim, haverá uma sociedade mais humana e cidadã.

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Dentro desta proposta se enquadra perfeitamente o audiolivro, uma forma de se consumir cultura, o ouvir livros, que chegou com o novo comportamento das pessoas de usarem a tecnologia e ficarem mais tempo conectados à internet. “Esse serviço é democrático e pode ser usado por qualquer pessoa – com ou sem deficiência visual”, diz Eduardo Albano, diretor de conteúdo do Ubook, maior serviço de audiolivros por streaming da América Latina. “Esse é o avanço da acessibilidade, serviços e produtos que sirvam e tragam benefícios para todos, sem nenhum tipo de segregação”, completa.

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Esse olhar promove a inclusão social de forma mais natural e eficiente, uma vez que respeita e pensa na diversidade humana. Ao pensar nessa variedade e em ofertar obras interessantes, o Ubook tem no catálogo mais de 10.000 títulos em português, espanhol e inglês, divididos em categorias, entre elas culinária, moda, literatura clássica, economia, material de apoio para quem está estudando para prestar um concurso, entre outros – que vão dos atuais bestsellers aos antigos sucessos.

Os audiolivros têm conquistado cada vez mais adeptos, pois, na correria do dia a dia, é prático, cômodo e acessível ouvir um livro enquanto caminha, no trânsito ou na academia, por exemplo. “A ideia é mostrar para as pessoas como é fácil incluir o hábito de ouvir um livro ou revista em seu cotidiano”, comenta Albano.

O aplicativo do Ubook também tem a versão com acessibilidade, destinada aos deficientes visuais. “Eles são leitores em potencial e queremos colocar à disposição a maior variedade de obras em áudio para eles, assegurando o direito de acesso à informação”, diz o diretor.

O serviço funciona como o Netflix para vídeos ou o Spotify ou Deezer para música: por um valor mensal, ou semanal, o usuário pode ouvir quantos livros quiser disponíveis no catálogo. A plataforma está disponível para Web, iOs e Android. Basta acessar www.ubook.com ou baixar o aplicativo nas App Store ou GooglePlay. Entre as vantagens está o de poder começar a ouvir no smartphone, por exemplo, e continuar de onde parou no tablet. Além disso, depois de baixar o audiolivro, não é mais necessário ter conexão com a internet para conseguir ouvi-lo.

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Sobre o Ubook: Lançado no início de outubro de 2014, o Ubook é o primeiro serviço de assinatura de audiolivros por streaming do Brasil. Ele funciona como o Netflix para vídeos ou o Spotify para música: por um valor mensal, ou semanal, é possível ter acesso ilimitado a todo o catálogo através do aplicativo. A plataforma está disponível para Web, iOs, Android e Windows Phone.

Para saber mais acesse: www.ubook.com. 

Esta publicação não é um publipost.

Língua de Sinais para o seu bebê!

Em parceria com a nossa amiga virtual Fernanda Bastos, lá do Instagram, que mora em Lisboa/ Portugal, hoje vamos falar da Língua de Sinais para bebês.

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E sabe o diferencial? Você e seu bebê não precisam ter problemas auditivos. Vamos saber mais?  Ela conta tudo pra gente:

Objetivos: Os principais objetivos da Língua de Sinais para Bebês são facilitar a comunicação entre pais e bebês, e diminuir a frustração do bebê. Por isso não importa se você decidir ensinar para o seu bebê sinais baseados em ASL (Língua de Sinais Americana), na LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) ou se você até mesmo inventar alguns sinais. A técnica e os princípios são os mesmos: diversão, repetição, motivação e expansão.

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Vantagens: A Língua de Sinais para Bebês requer habilidades motoras básicas para que o bebê possa fazer os sinais. Ao ensinar essa técnica para o seu bebê, você ganha mais ou menos um intervalo de 1 ano no qual você pode se comunicar com o seu bebê através de sinais, enquanto ele ainda não aprende a falar. À medida que os bebês vão aprendendo a falar, eles naturalmente vão deixando de se comunicar através de sinais e a fala se torna a sua forma dominante de comunicação.

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Porém, se você decidir continuar ensinando para o seu bebê a Língua de Sinais, mesmo depois que ele aprenda a falar, isso terá 2 vantagens principais: (1) seu filho irá aprender uma segunda língua, o que será muito bom para o currículo acadêmico dele no futuro e (2) ele também irá desenvolver a capacidade de se comunicar com pessoas com deficiência auditiva. Não é demais?

Para saber mais:

  • Siga o Instagram: @maozinhasquefalam

 

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Compreendendo o mundo dos diferentes.

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Ser Surdo: A Vida como ela é!