Etiqueta corporativa inclusiva e o ambiente de trabalho mais produtivo

Profissionais com deficiência devem receber as mesmas condições de inserção, permanência e progresso funcional que os demais colaboradores

Hoje quero compartilhar com vocês este artigo que recebi do Heberton do Grupo Halo, que fala sobre a igualdade e respeito as pessoas com deficiência – pcd, quando no local de trabalho. Afinal, não basta dar a vaga e deixar as pcd fazendo que “dá”, ajudando-as “quando podem”. Não é assim.

Tanto é que no meu local de trabalho, muitas vezes me senti discriminado por falta de desconhecimento dos colegas de como lidar melhor com uma pessoa surda. Vamos ao artigo?

Ser uma organização inclusiva vai muito além de apenas contratar profissionais com deficiência para o quadro funcional com o intuito de apenas cumprir as determinações da Lei de Cotas. E é com essa ideia que o Instituto Ester Assumpção, entidade sem fins lucrativos e sem apoio governamental, que tem o objetivo de promover a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, atua para conscientizar gestores e promover estratégias que fomentem a percepção do potencial produtivo destes indivíduos. E a etiqueta corporativa inclusiva faz parte das ações para promover uma cultura organizacional sem preconceitos e, consequentemente, mais que gere mais resultados.

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A psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção, Cíntia Santos, afirma que a inclusão é uma via de mão dupla. “Tanto os profissionais com deficiência quanto as empresas têm direitos e deveres. Os colaboradores devem se esforçar ao máximo para desempenhar suas funções e as organizações têm como obrigação zelar por um ambiente favorável, tanto nas estruturas físicas, quanto no clima interno. E isso é possível conscientizando os funcionários e gestores em um trabalho de quebra de preconceitos”, destaca a especialista.

Para a disseminação da etiqueta corporativa inclusiva, Cíntia Santos revela que existe uma série de desafios. “O processo de inclusão de profissionais com deficiência no ambiente de trabalho deve levar em conta as dificuldades que os indivíduos com e sem deficiência enfrentam nessa convivência. É fundamental que, ao incorporar em seu quadro de empregados profissionais com deficiência, a empresa prepare seu público interno e a equipe do Instituto Ester Assumpção coleciona casos de sucesso conquistados através das consultorias realizadas com organizações que precisavam de ajuda para se tornarem mais inclusivas”, conta.

Dicas da especialista

É comum ler e ouvir o termo ‘pessoa deficiente’, mas a psicóloga Cíntia Santos diz que essa não é a melhor forma ao se referir aos indivíduos com a condição. “O correto é dizer ‘pessoa com deficiência’, seguido pelo grupo à qual pertence, como a pessoa com deficiência física e pessoa com deficiência intelectual. No ambiente de trabalho, é mais adequado utilizar a nomenclatura ‘profissional com deficiência’, cuja sigla é PCD. Mas é importante dizer que, ao se dirigir ou se referir à pessoa, deve ser usado seu nome, evitando usar a sua deficiência como uma referência”, diz.

Muitas vezes, é normal que surjam curiosidades sobre a forma como a pessoa com deficiência lida com algumas situações do cotidiano. Porém, Cíntia Santos alerta que o bom senso deve ser um norteador das ações. “Fazer perguntas sobre a deficiência muito pessoais ou íntimas pode ser deselegante, constrangedor e invasivo. Há casos em que é necessário levantar algumas questões, como numa entrevista de emprego, em que as perguntas sobre a deficiência são essenciais para verificar a adequação à vaga oferecida e avaliar a necessidade de adaptações na empresa para receber o profissional contratado”, destaca a psicóloga.

Os colegas do profissional com deficiência podem não saber como ligar nas situações em que a pessoa tiver dificuldades para realizar alguma atividade. A psicóloga destaca que não é preciso ter receio em ajudar. “Se não souber como fazer, peça a ela orientação e respeite seus limites. Não faça nem mais nem menos do que for solicitado. Em situações embaraçosas, saiba que o respeito, aliado à delicadeza, sinceridade e bom humor, sempre ajudam a resolver. Outro ponto importante, principalmente aos gestores, é que o profissional com deficiência deve ser tratado como qualquer outro colega de trabalho. Mas, para isso, é necessário lembrar que as condições de trabalho e tratamento devem ser igualitárias em relação aos empregados com e sem deficiência. Para isso, a organização deve fazer todas as adaptações que o profissional com deficiência necessite para realizar suas atividades, desde rampas de acesso até cursos de formação e aperfeiçoamento, tanto dele quanto da equipe” salienta Cíntia Santos.

E a cultura de inclusão não termina com nas dependências físicas da organização. Cíntia Santos reforça que as atividades envolvendo os empregados não são apenas as realizadas no ambiente de trabalho. “Os compromissos externos, sejam de trabalho ou sociais, que envolvam profissionais com deficiência, como, treinamentos, cursos e confraternizações, devem ser planejados com base na especificidade da deficiência. Os locais e meios de transporte devem possuir condições de acessibilidade, garantindo o deslocamento e a participação em condições de igualdade. Outra situação bem comum é que muitas vezes os profissionais com deficiência precisam de equipamentos e acessórios para suprir suas limitações, como cadeiras de rodas, muletas, bengalas, próteses e guias. Esses objetos são pessoais, e só devem ser tocados e manejados quando solicitado, e claro, com o respeito como norteador de qualquer conduta, E se surgir alguma dúvida no relacionamento com o colega com deficiência no ambiente de trabalho, basta agir com respeito, empatia e bom senso”, completa a especialista.

Instituto Ester Assumpção

Fundado no ano de 1987, o Instituto Ester Assumpção é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada por Ester Assumpção, educadora nacionalmente conhecida pelo caráter pioneiro e inovador no campo da educação. A instituição atua no campo da inclusão da pessoa com deficiência e tem como foco contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade seja aceita e respeitada na sua integralidade. As principais frentes de atuação são a qualificação e inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e a consultoria para que as organizações se adequem e cumpram o papel social de promover a inclusão.

Site: https://www.ester.org.br 

Instagram: https://www.instagram.com/institutoesterassumpcao/

Facebook: https://www.facebook.com/institutoesterassumpcao/

Assessoria de imprensa:

Grupo Balo – www.grupobalo.com

Heberton Lopes – hlopes@grupobalo.com

Felipe de Jesus – imprensa@grupobalo.com

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Vejam também:

Obras táteis na super Pinacoteca De São Paulo



A Pinacoteca de São Paulo continua com tudo, e na última semana estive lá e trago para vocês como destaque, meios que possibilitam que pessoas com deficiência visual possam usufruir das exposições das obras de arte que fazem parte da história do Brasil e mundo.

Vamos conhecer uma delas?

O grande destaque deste post é a obra “Mulheres na Janela” – de Di Cavalcante, 1926.

Nota 10, sim ou com certeza? Parabéns a todos envolvidos com o projeto inclusivo, amamos!

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A acessibilidade da Pinacoteca

KLM, e a Inclusão em voos Internacionais

Hoje quero compartilhar com vocês, uma notícia encantadora.

E vamos falar do ato de viajar, que é bastante enriquecedor, já que permite entrar em contato com diferentes lugares, pessoas, sabores, culturas. 

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Porém, nem tudo são flores, pois muitas vezes, o caminho até o destino final é longo e cansativo, sendo necessária uma distração.

E no caso da pessoa com deficiência não é diferente.

 

E foi pensando em contribuir com uma viagem mais prazerosa para os passageiros com deficiência visual, a companhia aérea KLM do Brasil passou a oferecer no início do ano filmes com audiodescrição em voos internacionais.

Entre os títulos adaptados estão De Volta Para Casa, Kigsman, O Círculo Dourado e Lego Ninjago: O Filme. Para saber mais informações a respeito da iniciativa, acesse klm.com.br

Parabéns a KLM! São pequenos gestos em prol da inclusão que mudamos o mundo!

Um dos maiores desafios da minha vida é o tema da redação do ENEM 2017

Como muitos já sabem, o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017 teve questões de humanidades com carga de leitura e exigiu dos candidatos conhecimentos de história, geografia, filosofia, sociologia e até atualidades.

A polêmica da vez foi o tema da redação, que foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

A prova teve quatro textos motivadores, sendo que um deles incluiu dados sobre o número de alunos surdos na educação básica entre 2010 e 2016. Outro apresentou um trecho da Constituição Federal afirmando que todos têm direito à educação, com já falamos aqui. Um terceiro mostrou aos candidatos a lei de 2002, que determinou que a Língua brasileira de sinais (Libras) se tornasse a segunda língua oficial do Brasil.

O tema causou polêmica, mas eu não entendi o motivo, já que a redação do Enem costuma funcionar como forma de conscientizar as pessoas sobre o tema escolhido. Ou seja, as famílias, país afora, discutem o assunto que caiu na prova. É o que aconteceu com a questão da persistência da violência contra a mulher, por exemplo.

Mas pelo que vi, e fiquei indignado é que para muitos não é tão importante o fato de que os surdos terem vencidos barreiras, e lutaram para terem acesso a educação, onde até certo período, nem direito de ir a escola tinham já que eram considerados “incapazes’, ou de sofrerem o bullying e o preconceito, ou serem ignorados pela família e a sociedade e ainda hoje seguirem excluídos na escola e mercado de trabalho, mesmo que tenham a capacidade e formação educacional, necessária ou mesmo tendo um excelente rendimento como pessoa ouvinte, assunto que também já discutimos aqui.

Não podemos negar que houve avanços nas leis inclusivas no Brasil, e que estamos caminhando para um país “igual para todos”. Sim, as leis existem, e até impulsionou as matrículas dos estudantes com deficiências, por exemplo, que praticamente dobraram. Porém muita coisa está longe de se tornar realidade, sair do papel, já que construir uma educação ou mercado de trabalho inclusivo vai muito além da mera criação de vagas.

Um exemplo disso, e é que eu passei e ainda passo por isso, é que ocorre com todos surdos: embora muitos tenham passado a frequentar a escola regular, ou trabalhar numa empresa que respeita a lei de cotas, é comum que os professores, empregadores e a maioria dos estudantes e colegas de trabalho não dominem a Língua de Sinais, o que coloca em risco a socialização. Não falar a língua do outro é uma forma velada de desprezo e rejeição: o surdo até está no mesmo espaço, mas não é devidamente atendido ou respeitado. De fato, eu que vos escrevo me sinto transtornado pelo despreparo da sociedade em relação a isso, das escolas que estudei e dos lugares que trabalhei e até daqui onde hoje trabalho.

Para parafrear, cito as palavras da colunista Andrea Ramal: “Para que a educação e o mercado de trabalho seja inclusivo de fato, é preciso adaptar a infraestrutura das empresas e escolas, e que estas precisam contar com recursos multifuncionais e serem planejadas com acessibilidade arquitetônica e tecnológica. Além disso, é necessário a capacitação dos ouvintes para aprimorar as práticas necessárias, de forma que o ambiente seja um ambiente de oportunidades reais para todos”.

Já em relação, a vagas e estações de trabalho para surdos, falamos com o jovem Enzo Matheus, de 20 anos, que fez a redação do ENEM ontem, no estado do Ceará. Segundo ele, é necessário não apenas ampliação de ofertas de empregos, mas também projetos sociais envolvendo os surdos e a Língua de Sinais, de modo que também que envolva toda a comunidade. Para ele seria uma forma de intensificar as relações interpessoais de surdos e ouvintes.

De fato, a principal mudança está na atitude da comunidade. Teremos escolas e empresas inclusivas quando todos os que fazem parte destes – acreditarem que no convívio com os “diferentes” poderemos aprender, nos tornamos pessoas melhores, mais sábias, tolerantes e talvez até capazes.

É juntos com os surdos e demais pessoas com deficiência, que iremos construir oportunidades, e assim uma nova sociedade mais justa possa começar.

 

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Mais Inclusão: 13/12 – Dia do Cego

Com a finalidade principal de diminuir o preconceito e a discriminação, foi criado o Dia do Cego, que é celebrado em 13 de dezembro. A data foi instituída em julho de 1961 pelo presidente Jânio Quadros, através do decreto Nº 51.045, e marcou um importante passo para a diminuição dos preconceitos em relação aos deficientes visuais.

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Pensando nisso, recebi uma dica muito interessante uma vez que muitas pessoas e entidades, chamam a atenção da sociedade para a questão da acessibilidade, mas – de uma forma mais abrangente – com foco no desenho universal. O conceito nada mais é que promover a acessibilidade de forma universal, para todos, sem limitação de grupos ou especificações. Por exemplo: as calçadas das ruas precisam ser pensadas para garantir o ir e vir com segurança de todas as pessoas e não só de idosos e deficientes visuais. Agindo assim, haverá uma sociedade mais humana e cidadã.

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Dentro desta proposta se enquadra perfeitamente o audiolivro, uma forma de se consumir cultura, o ouvir livros, que chegou com o novo comportamento das pessoas de usarem a tecnologia e ficarem mais tempo conectados à internet. “Esse serviço é democrático e pode ser usado por qualquer pessoa – com ou sem deficiência visual”, diz Eduardo Albano, diretor de conteúdo do Ubook, maior serviço de audiolivros por streaming da América Latina. “Esse é o avanço da acessibilidade, serviços e produtos que sirvam e tragam benefícios para todos, sem nenhum tipo de segregação”, completa.

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Esse olhar promove a inclusão social de forma mais natural e eficiente, uma vez que respeita e pensa na diversidade humana. Ao pensar nessa variedade e em ofertar obras interessantes, o Ubook tem no catálogo mais de 10.000 títulos em português, espanhol e inglês, divididos em categorias, entre elas culinária, moda, literatura clássica, economia, material de apoio para quem está estudando para prestar um concurso, entre outros – que vão dos atuais bestsellers aos antigos sucessos.

Os audiolivros têm conquistado cada vez mais adeptos, pois, na correria do dia a dia, é prático, cômodo e acessível ouvir um livro enquanto caminha, no trânsito ou na academia, por exemplo. “A ideia é mostrar para as pessoas como é fácil incluir o hábito de ouvir um livro ou revista em seu cotidiano”, comenta Albano.

O aplicativo do Ubook também tem a versão com acessibilidade, destinada aos deficientes visuais. “Eles são leitores em potencial e queremos colocar à disposição a maior variedade de obras em áudio para eles, assegurando o direito de acesso à informação”, diz o diretor.

O serviço funciona como o Netflix para vídeos ou o Spotify ou Deezer para música: por um valor mensal, ou semanal, o usuário pode ouvir quantos livros quiser disponíveis no catálogo. A plataforma está disponível para Web, iOs e Android. Basta acessar www.ubook.com ou baixar o aplicativo nas App Store ou GooglePlay. Entre as vantagens está o de poder começar a ouvir no smartphone, por exemplo, e continuar de onde parou no tablet. Além disso, depois de baixar o audiolivro, não é mais necessário ter conexão com a internet para conseguir ouvi-lo.

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Sobre o Ubook: Lançado no início de outubro de 2014, o Ubook é o primeiro serviço de assinatura de audiolivros por streaming do Brasil. Ele funciona como o Netflix para vídeos ou o Spotify para música: por um valor mensal, ou semanal, é possível ter acesso ilimitado a todo o catálogo através do aplicativo. A plataforma está disponível para Web, iOs, Android e Windows Phone.

Para saber mais acesse: www.ubook.com. 

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