Ser surdo: A vida como ela é!

Baseados em fatos reais:

Imagine que está num país que em você desconhece a língua falada local. Além disso, você está preso dentro de uma sala fechada de vidro, a prova de som. 

As pessoas passam, elas te enxergam, você as vê. Algumas tentam falar com você mas você não as entende. Pode ser que consiga entender uma palavra ou outra mas desconhece o significado ou contexto da mesma. 
As pessoas batem no vidro, gesticulam e fazem mímicas e você nada de entender. Algumas escrevem ou desenham. Outras gritam e perdem a paciência em se comunicar com você com o tempo. Como se sentiria? 

Imagine agora, que isso aconteça todos os dias e você não pode fazer nada a não ser esperar o dia passar e noite chegar. E no dia seguinte você acorda com esperança que esse dia vai ser diferente, mas tudo parece um “dejavu” do dia anterior. Tudo que aconteceu anteriormente se repete. Como se sentiria?

De fato, isso acontece diariamente com cerca de 9,7 milhões de surdos ou pessoas com problemas de audição no Brasil. Estamos presos numa sala de vidro, onde não somos compreendidos e não escutamos ou escutamos e não compreendemos o que é dito. Onde pessoas repetem quando não escutamos, em determinado momento gritam achando que vai nos ajudar e que temos obrigação de ouvir e entender tudo que eles dizem, já que muitos de nós temos até aparelhos auditivos.

Surdos, podem se isolar quando não se sentem amados por familiares e amigos próximos!

Diariamente os surdos lutam para sobreviver no mundo ouvinte e egoísta em que a grande maioria de fato nãos os compreendem. 
Muitas pessoas se sensibilizam é verdade. Mas poucos agem, poucos tem paciência e vontade de ajudar. Infelizmente, esta é a realidade de nossas vidas e ela não é fácil para muitos de nós surdos ou que não escutam bem. Falo por mim, por minha mãe, tias, primas, irmã e tantos amigos. Isso me deixa muito triste, mas do que alguém possa imaginar.

Quer ajudar? 
Ajude, mas que seja de coração. 
Seja paciente, bondoso e tenha empatia. 
Fale devagar e em tom normal.
Aprender a língua de sinais ajuda? Sim, ajuda demais, mas se você não tem as qualidades já mencionadas não vai ser de muita ajuda.

Para ler mais: 

Entrevista Inédita: Patricya Tobias (Blog das Gêmeas)

Elas tem os olhos claros, uma é loira e a outra nem chega a ser morena.
Elas são lindas, comunicativas, carismáticas, meigas, sapecas e estilosas. Não, não estamos falando de nenhuma uber-model internacional e sim das mini fashionistas gêmeas Lara e Sofia. São apenas 3 anos de idade, mas desde cedo conquistam a todos por onde passam. Nossa entrevistada de hoje é a mamãe Patrycia Tobias, que também é mãe do Nicolas. Ela se reinventa e se desdobra em 3 para dar conta da rotina apertada de criar e educar 3 filhos. 
 
 
O Nicolas tinha apenas 8 anos, quando se descobriu grávida de gêmeos, qual foi a sensação? Chegou a se desesperar, tipo: “Como vou dar conta de mais 2?
Quando resolvi engravidar novamente já sabia da probabilidade de vir mais de um. Minha família por parte de mãe é composta de vários gêmeos (risos). E minha médica já tinha me advertido, o que na época quase me fez desistir da ideia de ser mãe novamente. Mas meu sonho sempre foi ser mãe de menina, e tentei todos os métodos possíveis que me contavam em como engravidar de menina. Demorei 11 meses para engravidar. Ao pegar meu resultado positivo a secretaria do médico já me adiantou que o “beta” tinha dado alto demais e que pela experiência que tinha ou estava grávida de mais tempo ou era mais de 1 bebê. Fiquei na expectativa e quando se confirmou foi um grande um choque de felicidade e medo, será que ia dar conta? Acho que até hoje não vai muito na realidade. Mas acho que pra mim a maior felicidade foi quando descobri que Deus tinha me enviado duas meninas, foi minha grande realização. 
 

 

 

Dos 3 qual dá mais trabalho?
Nicolas é um menino doce, responsável, amigo e companheiro, nunca me deu trabalho algum, ao contrário, hoje me ajuda muito com as pequenas. Lara e Sofia são totalmente diferentes entre elas. Sofia é sapeca, comunicativa, tem personalidade forte, mas é carinhosa e ao mesmo tempo muito terrível. Lara já é mais tímida, de poucos amigos, intuitiva, caprichosa, delicada e carinhosa também, mas é muito destemida, por isso muitas vezes acaba dando mais trabalho.


Como surgiu do IG e a oportunidade de vestir e fotografar as duas?
Assim que elas nasceram comecei a fotografá-las. O primeiro ensaio foi com 6 dias de vida (Newborn) e aí nunca mais parei. Qualquer roupa ou careta nova que faziam era um clique e comecei a postar no Facebook e no Instagram pessoal.
Quando elas tinham uns 3 meses comecei a trabalhar com moda infantil, outra realização pessoal, e elas começaram ser minhas “modelos”. Ao invés de fotografar as peças e postar na loja, fotografava elas vestidas com as peças, o que me rendia muito mais vendas, assim o IG foi crescendo, hoje elas não apenas fazem propaganda pra mim mas também pra várias outras lojas que nos contratam ou enviam peças para divulgação. 

 

 

 
Hoje ainda gasta bastante roupa para as duas? Como são feitas a escolha das peças e serem usadas, elas ajudam escolher?
Sempre fui muito consumista, e já gastei horrores com elas, hoje nem tanto, mas saía comprando tudo que gostava pela frente, e quando por algum motivo não conseguia alguma peça, mandava produzir. Mas isso mudou quando que surgiu minha loja de roupas fashion infantis online, que tem o nome em homenagem a elas: “Patricynhas” (http://patricynhas.com.br/loja/).
Sempre achei Lara com cara de cor de rosa (mesmo não gostando do rosa) mas ela tinha cara pra mim de doçura, romantismo.  Sofia sempre teve cara de loucura, alegria e por incrível que pareça é assim.
Lara sempre escolhes as roupas de cores mais clara como rosa, lilás, branco e amarelo.  Sofia ama azul, preto, vermelho. Hoje recebemos todo tipo de estilo, de roupas de bonecas as mais fashions, aceitamos todos, porém não deixo nossa personalidade de lado, acho que em todos os looks dá pra perceber nossa carinha.

Como são feitas as fotos e como é a rotina de uma mãe de 3? Não acha que uma rotina de tantas fotos e grande exposição não atrapalha o desenvolvimento delas como crianças?
As fotos já fazem parte da vida dela, como falei desde recém nascidas já fotografavam, pra elas isso tudo é normal.
Também não fotografamos todos os dias, tento deixar fluir como uma coisa mais natural, vestimos uma roupa, vamos passear, levo os acessórios na bolsa, no meio do passeio coloco os acessórios, fotografamos em questão 5 minutos e já estão liberadas. Muitas vezes fotografar é uma diversão e elas sentem faltam.
A rotina delas é como de qualquer criança, nada de diferente. E fala que mãe hoje que não sai clicando tudo o que a criança faz? Sobre a exposição dela, elas não têm noção ainda disso, tento ter alguns cuidados como não marcar nossa localização, esconder o emblema da escola, não postar nada no horário exato que fotografam, etc. 
 

 



E o seu marido, o que ele acha da exposição da imagem de suas filhas?
Ele super curte e acha tudo um máximo, não tem muita paciência pra fotografar mas quando está junto sempre incentiva pra que elas façam as poses ou olhe pra lente.  Sente maior orgulho dos filhos, sem contar que a praticamente a dois anos não gasta mais com roupas e sapatos, para pais de gêmeos isso é um verdadeiro alívio.

As pessoas costumam lhe criticar? Como você lida com isso?
As pessoas tendem a falar do que desconhecem, como se minhas filhas vivessem com todas aquelas roupas e fossem incentivadas a consumir e não tivessem liberdade de brincar e serem crianças. Quando na verdade o que acontece é o contrário, além de brincarem e muito, elas também ficam descalças e se sujam, como toda criança as incentivo a ajudarem o próximo, doar as peças que não servem ou que não usam. Levo elas na escola, gosto de vê-las brincando unidas e sendo amigas uma da outra e de outras crianças. E sempre as ensino tratar a todos com respeito. 
No começo havia muitas críticas de pessoas que eu não conhecia, falavam coisas absurdas. Todas as pessoas que ficam expostas estão dispostas a todos os tipos de comentários, então esse tipo de maturidade vem com o tempo. 
Antes eu não gostava, mas hoje já não me atinge mais, sei que cada um tem seu ponto de vista e muitas pessoas só querem interferir na felicidade dos outros, aliás a felicidade alheia incomoda não é?
Concordo com você e acho que o que vale é ter uma família unida e feliz.
Exato! Isso é o que importa: a união e a saúde e claro a felicidade da minha família. E como somos felizes!

 

 

 

Entrevista Inédita: Stela Freitas

 

Ela deu vida em 1978 a Cuca da primeira versão do Sítio do Pica Pau amarelo, esteve na novela de sucesso “Sassaricando” e no aclamado filme “Central do Brasil”. Hoje com mais de 40 anos de carreira e com 64 anos de idade, ela é mãe da Ana, atriz e diretora brasileira Maristela Andrade Freitas, mais conhecida como Stela Freitas fala da sua vida ao Blog.
Por que escolheu ser atriz?
Desde pequena eu queria ser atriz, foi o que eu fiz apesar das adversidades, nunca desisti. Procurei, estudei e trabalhei muito e continuo até hoje.
O que mudou na TV com o passar do tempo? Essas mudanças foram boas para a classe artística e como é sobreviver disso por tantos anos num país que passa por tantas crises econômicas?
O mundo mudou muito depois internet. Não só a TV, mas também a música, o teatro, e o áudio visual. Todos acabam se adaptando. Não podemos dizer o que será daqui em diante, talvez as novelas mudem.  As séries hoje são muito melhores, as produções independentes estão ocupando espaço. Não existe nenhuma segurança para o artista. Quem quiser segurança deve mudar de profissão, pois vivemos na corda bamba, desde a Idade Média e este é o nosso talento.
Cândida, a personagem aplicada da
“Escolinha do Professor Raimundo

Grandes investimentos são feitos pelas grandes Redes de TV. Mas as vezes penso que a qualidade da programação deixa a desejar, o que pensa sobre isso? O que acha ainda pode ser feito?

A TV aberta se destina a um público de baixa renda mas isso tem mudado. Existem muitas opções na web, as TVs sabem estão testando tudo pela audiência.
Penso que o melhor é apostar na diversidade de programas e no futuro deve ser “On Demand” (cada um escolhe sua programação).
O Sítio do Pica Pau Amarelo”, “Sassaricando”, “Senhora do Destino”, “Escolinha do Professor Raimundo” são alguns destaques da sua carreira. Como é fazer personagens para diferentes públicos? Qual a personagem que mais se identificou até hoje, qual mais gostou de fazer?

Gosto de fazer personagens bem diferentes, para públicos distintos, um exercício muito interessante. Gosto muito de fazer comédia, se for possível faze-lo em novelas (Sassaricando) ou em programas de Humor é muito bom. Mas se o personagem é bom, tanto faz, as vezes o drama pode ser muito rico.

“Carolininha” e Saraiva de Zorra Total
que tinham tolerância zero para perguntas idiotas.
Stella em pé atuando em Escolinha do Professor Raimundo com grandes nomes como Grande Otelo,
Tássia Camargo, Zezé Macedo e Claudia Jimenez – FOTO: Memória GLOBO
No Teatro o que fez que mais gostou?

” Foram tantas peças, tanta coisa boa e que gostei, dentre tantas posso mencionar “Aurora da minha vida”, “O doente imaginário” e “Querida Mamãe”. 
Amo as cenas de sua participação em “Central do Brasil”, onde viveu a Yolanda. Como foi fazer parte de uma produção tão premiada e internacional que mostrou a cara do povo brasileiro e contracenar com grandes nomes?

Central do Brasil foi um filme muito especial, principalmente pela direção de Walter Salles e pelos atores: Fernanda Montenegro, Marilia Pera, Vinícius de Oliveira, Othon Bastos, Mateus Nachtergaele, e muitos outros com menores participações. Tudo era muito bom: o roteiro, a fotografia, a arte, a produção, tudo isso com a direção segura e inspirada do Walter. Eu adorei fazer, era um papel totalmente diferente pra mim. Fernanda é uma grande colega além da generalidade como atriz, isso ajuda muito. Fizemos todas as nossas cenas de primeira.
O que gosta de fazer quando não está gravando?
Sou Coach: Life Coach (ajudo as pessoas realizarem seus sonhos). Gosto de ler, caminhar, fazer exercícios, viajar, sair com amigos, ir ao teatro e cinema.

 

Sobre amizades, tenho certeza que fez muitas amizades com grandes nomes da TV e Teatro, alguma em especial? 

Foram muitas amizades com muitos atores a atrizes incríveis que contracenei nessa trajetória de 40 anos, alguns são amigos queridos desde adolescência, além de grandes atores amigos, entre eles: Edwin Luisi, Cristina Pereira. Mais tarde: Sylvia bandeira, Betty Faria.Álbum:

Stela e um dos grande amigos, Edwin Luisi 

 

 

 

Divulgação de uma peça com a atriz Cássia Linhares
Com a filha Ana Freitas e a grande amiga Sylvia Bandeiras

 

 

Diva do dia: Carmem Miranda – O que é que essa baiana tem?

Se estivesse viva,  Carmem Miranda teria exatamente 106 anos de idade. E hoje, 05 de agosto de 2015, faz 60 anos da morte da cantora e atriz portuguesa mais brasileira do mundo, Carmem Miranda. Embora tenha nascido em Portugal, mudou-se para o Brasil com os pais quando tinha apenas um ano.  

Duvido que exista alguém que não conheça ou tenha ouvido falar dela. 
Os filmes, as músicas, os sucessos no exterior, a alegria, as cores, as frutas na cabeça, a baixa estatura e sua beleza e vaidade. Adotou a Bahia como terra natal com suas vestes estilizadas, e os arranjos de flores e frutas tropicais que carregava sobre a cabeça – marcas definitivas de sua imagem.


 Vejamos ensaios e editoriais inspirados nessa super star: 


Entre as boas recordações que surgem e ressurgem ao redor do nome famoso, reina uma absoluta e altiva certeza: A saia dessa baiana ainda roda, Carmem é cool, Carmem é uma estrela que segue brilhando, Carmem ainda está na moda.E aí, você ainda duvida da força que essa baiana tem? #VivaCarmemMiranda